quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Oito jogadores que jogaram por Vitória FC e Moitense

Vitória de Setúbal e Moitense vão defrontar-se domingo no Bonfim
Dois clubes do mesmo distrito que fazem do verde uma das principais cores, Vitória de Setúbal e Moitense têm, além disso, muito pouco em comum. Enquanto os sadinos já venceram três Taças de Portugal e uma da Taça da Liga e somaram mais de 70 presenças na I Divisão e uma dezena de participações nas provas europeias; o emblema da Moita passou quase toda a sua existência nos distritais da AF Setúbal, à exceção de seis participações na III Divisão (1959-60, 1971-72 e entre 1981-82 e 1984-85), tendo conquistado o principal campeonato do seu distrito por duas ocasiões (1970-71 e 1980-81).
 
No próximo domingo, 9 de novembro, os dois conjuntos vão defrontar-se pela primeira vez na história, numa partida agendada para as 15 horas, no Estádio do Bonfim, a contar para a 6.ª jornada da I Divisão Distrital.
 
Vale por isso a pena recordar os oito jogadores que passaram pelas equipas principais de ambos os clubes.
 

Soeiro (defesa/médio)

Soeiro
Jogador polivalente natural da Moita capaz de atuar em várias posições da defesa e do meio-campo, despontou no Moitense, estreando-se como sénior ao serviço do clube da terra em 1943-44, nos campeonatos regionais.
No início da época seguinte foi contratado pelo Vitória de Setúbal, tendo amealhado 15 jogos na I Divisão ao longo de três temporadas.
Valorizado pelas boas campanhas à beira-Sado, deu o salto para o Sporting em 1947.
 
 

Tiago Nunes (lateral esquerdo)

Tiago Nunes
Extremo convertido em lateral, surgiu nos juniores do Moitense em 2019-20, depois de ter passado pelas camadas jovens de 1º de Maio Sarilhense, Pinhalnovense, Marítimo Rosarense e Galitos.
Em 2020-21 transitou para sénior, numa época em que a equipa da Moita lutou pelo título distrital da AF Setúbal até ao último segundo do campeonato, mas foi na temporada que se seguiu que se afirmou no Juncal, tendo apontado sete golos em 35 jogos nas várias competições.
Após passagens por Pinhalnovense e Comércio e Indústria, ingressou no Vitória de Setúbal no verão de 2024. Desde então que tem sido quase sempre suplente de Heta, mas soma já 19 jogos oficiais, dois golos e um título distrital da II Divisão pelos sadinos.
 
 

Rodrigo Jorge (médio defensivo)

Rodrigo Jorge
Médio de características defensivas que começou a jogar futebol nas camadas jovens do Fabril, mudou-se para os iniciados do Vitória de Setúbal em 2015-16 e transitou para sénior em 2020-21, tendo integrado logo a equipa principal, então recém-despromovida administrativamente ao Campeonato de Portugal.
Tapado por José Semedo e André Pedrosa, foi titular nos primeiros dois jogos da temporada, diante de Moncarapachense e Esperança de Lagos, mas perdeu espaço de tal forma que concluiu a época com apenas seis encontros efetuados.
No verão de 2021 mudou-se para o Barreirense, de onde saiu para o Moitense em fevereiro de 2022, tendo atuado em 15 jogos e marcado um golo pelo conjunto do Juncal até ao final dessa temporada.
No início da época seguinte ingressou no Fabril, mas em janeiro de 2023 voltou ao Moitense, a tempo de atuar em 19 jogos até ao final da temporada.
 
 

Cobra (médio)

Cobra
Médio natural de Alhos Vedros, concelho da Moita, concluiu a formação e iniciou-se como sénior no Montijo, de onde saltou para o Vitória de Setúbal no verão de 1987, tendo integrado um plantel onde pontificavam nomes como Mészáros, Neno, Eurico, Hélio, Vítor Madeira, Maside, Rui Jordão, Manuel Fernandes e Aparício, entre outros.
Tapado por tantos craques, não foi além de um jogo pelos sadinos, entrando a um quarto de hora do fim numa goleada sobre o Varzim no Bonfim (5-0), numa partida a contar para a I Divisão.
Entretanto voltou ao Montijo e passou por Benfica Castelo Branco, União de Leiria, Boavista, Leixões, Académico de Viseu, Atlético e Loures antes de vestir a camisola do Moitense entre 2000 e 2004, sempre na I Divisão Distrital da AF Setúbal. Em 2002-03 esteve perto da subida à III Divisão, mas a luta foi perdida para o Fabril.
 
 

Gonçalo Santos (extremo esquerdo)

Gonçalo Santos
Extremo esquerdo também capaz de desempenhar as funções de lateral, fez quase toda a formação no Barreirense, de onde saiu para os juniores do Vitória de Setúbal em 2019-20.
Na época seguinte, a primeira enquanto sénior, integrou a equipa principal dos sadinos, então recém-despromovida administrativamente ao Campeonato de Portugal. Muito pouco utilizado pelo treinador Alexandre Santana, entrou a um minuto do fim em dois jogos, curiosamente duas vitórias fora de casa por 3-2, sobre Olhanense e Estrela da Amadora.
No verão de 2021 assinou pelo Barreirense, tendo depois passado pelo Fabril antes de representar o Moitense em 2023-24, temporada na qual atuou em 12 partidas e apontou dois golos.
Desde então que não voltou a jogar futebol.
 
 

Marco Véstia (avançado)

Marco Véstia
Avançado móvel, internacional sub-17 por Portugal e capaz de desempenhar várias funções no ataque, nasceu no Barreiro e fez toda a formação no Barreirense. Depois passou por Alcochetense (duas vezes) e Cova da Piedade antes de ingressar no Moitense no verão de 2016.
Na única temporada que passou no Juncal faturou por nove vezes em 32 jogos.
Entretanto passou por Fabril, Estrela de Vendas Novas, Coruchense, O Grandolense, Olímpico Montijo e novamente por Alcochetense antes de assinar pelo Vitória de Setúbal no início desta época, somando um golo em dois encontros pelos sadinos.
 
 


Juvenal (ponta de lança)

Juvenal
Avançado luso-angolano com grande faro para o golo, começou a mostrar essa veia goleadora ao serviço de União de Coimbra, Moura e Juventude de Évora, tendo assinado pelo Vitória de Setúbal no verão de 1989 após 20 golos ao serviço dos eborenses na II Divisão Nacional.
No entanto, a aventura no Bonfim não lhe correu de feição. Tapado por jogadores como Mladenov, Makukula, Lufemba ou Aparício, não foi além de três jogos pelos sadinos, apenas um como titular.
Entretanto foi continuando a marcar golos nas divisões secundárias com as camisolas de clubes como União de Leiria, Campomaiorense, Nacional, Beira-Mar, Marco, Leixões, Seixal, Vasco da Gama de Sines, Coruchense, Pinhalnovense e Fabril até reforçar o Moitense no início da temporada 2003-04, numa altura em que tinha já 37 anos.
Passou apenas um ano no Juncal, ajudando a turma da Moita a alcançar um honroso 3.º lugar no campeonato da I Divisão Distrital da AF Setúbal.
Depois foi para o Alcacerense encerrar a carreira.
 
 

Diego Zaporo (ponta de lança)

Diego Zaporo
Ponta de lança brasileiro de elevada estatura (1,90 m), entrou no futebol português precisamente pela porta do Vitória de Setúbal no verão de 2006, mas ao cabo de apenas um jogo oficial e de cerca de meio ano mudou-se para o Beira-Mar.
“Entrei numa partida frente ao Sporting, na qual já estávamos a perder por 3-0. Quando te estreias queres sempre mostrar serviço, mas naquele jogo, que já estava perdido, foi complicado. Depois acabei por ficar com menos oportunidades”, contou ao Record em setembro de 2015.
Na reta final de uma carreira de muitos golos nas divisões secundárias do futebol português, após passagens por clubes como Olivais e Moscavide, Pinhalnovense, Torreense, União de Leiria, Mirandela, Caldas, Vilafranquense, Estrela da Amadora e Oriental, defendeu as cores do Moitense na I Divisão Distrital da AF Setúbal entre 2022 e 2024. Nesses dois anos amealhou 19 golos em 64 partidas.
Depois voltou ao Pinhalnovense










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