quinta-feira, 24 de junho de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Imortal na II Divisão B

Equipa do Imortal campeã da Zona Sul em 1998-99
Fundado a 24 de junho de 1920 por um grupo de jovens albufeirenses, o Infantil Futebol Clube passou a denominar-se Imortal Futebol Clube dois anos depois e viria a ganhar a designação de Imortal Desportivo Clube em 1932 após a fusão com a Sociedade dos Artistas Agremiação Recreativa que existia em Albufeira.
 
Assim, o clube que tinha no futebol a única modalidade desportiva, ganhou uma forte componente cultural, destacando-se a criação de uma biblioteca.
 
Em termos desportivos, o emblema algarvio viveu a fase de maior fulgor da sua história durante a viragem do milénio, quando disputou a II Liga durante duas temporadas consecutivas, tendo obtido como melhor classificação o 15.º lugar em 1999-00.
 
Essas participações numa liga profissional foram o culminar de um crescimento que começou em meados da década de 1980, quando o Imortal se estabeleceu nos campeonatos nacionais. Após várias épocas na III Divisão, subiu em 1991 e em 1996 à II Divisão B, tendo sido promovido à II Liga em 1999, apos uma luta titânica com o Barreirense.
 
Depois da despromoção à II Divisão B em 2001 que o clube de Albufeira permaneceu nos campeonatos nacionais não profissionais até 2008, quando caiu nos distritais da AF Algarve.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Imortal ao longo de oito participações na II B.
 
 

10. Seul (55 jogos)

Seul
Ponta de lança angolano, surgiu no futebol português em 1995-96 para atuar no Comércio e Indústria e passou ainda pelo Juventude Évora antes de ingressar no Imortal no verão de 1997.
Nas primeiras duas épocas em Albufeira amealhou um total de 55 jogos (35 a titular) e apontou 17 golos na II Divisão B, ajudando o emblema algarvio a alcançar a subida à II Liga em 1998-99, numa época em que até esteve tapado por Catarino.
Na temporada que se seguiu chegou a jogar pelos albufeirenses no segundo escalão, mas mudou-se para o Olhanense nos derradeiros meses de 1999.
 
 


9. Eufigénia (57 jogos)

Eufigénia
Possante defesa central (1,86 m) maioritariamente formado no Portimonense, não encontrou espaço na equipa principal dos alvinegros quando subiu a sénior e por isso ingressou no Imortal no verão de 1994, numa altura em que os albufeirenses militavam na III Divisão.
Em 1995-96 fez parte da equipa que alcançou a subida à II Divisão B, patamar em que totalizou 57 encontros (56 a titular) e um golo (ao Machico, em maio de 1998) durante as duas temporadas que se seguiram.
No verão de 1998 transferiu-se para o Louletano na companhia de Calú, Paulo Jorge e Calita.
 
 

8. Hélio (57 jogos)

Hélio
Disputou o mesmo número de jogos de Eufigénia, mas amealhou mais 126 minutos em campo – 4914 contra 4788.
Defesa central/médio defensivo possante (1,88 m) e com o carimbo das seleções jovens portugueses, foi formado no Vitória de Setúbal, mas fez a maior parte da carreira em clubes alentejanos e algarvios, como Vasco da Gama de Sines, Juventude Évora, União de Montemor e, claro, o Imortal.
Chegou a Albufeira no verão de 1998 e estabeleceu-se como um dos esteios da equipa que, com Ricardo Formosinho ao leme, logrou a inédia promoção à II Liga. Nessa gloriosa temporada participou em 30 partidas (todas como titular) e apontou três golos no campeonato, diante de União de Montemor, Seixal e Desp. Beja.
Apos a despromoção dos algarvios, Hélio manteve-se na II Liga ao serviço do Maia, tendo ainda passado por Dragões Sandinenses e Gondomar antes de regressar a Albufeira em 2005-06 para atuar em 27 partidas (26 a titular) na II Divisão B e marcar dois golos, frente a Silves e Mafra.
Depois transferiu-se para o Messinense juntamente com Pituca e Luís Graça.
 
 

7. Nilson (57 jogos)

Nilson
Disputou o mesmo número de jogos de Hélio e Eufigénia, mas amealhou mais minutos em campo: 4990.
Defesa central brasileiro, entrou no futebol português pela porta do Farense em 1986-87. Após jogar pelos leões de Faro e pelo Penafiel na I Divisão e por Olhanense e Académico Viseu nas divisões secundárias, reforçou o Imortal no verão de 1996, aos 33 anos.
Apesar de vir de um ano de inatividade, rapidamente se tornou uma peça nuclear na equipa, tendo atuado em 57 encontros (todos a titular) e apontado seis golos ao longo de duas temporadas nos albufeirenses.
Após duas épocas no Algarve, transferiu-se para o Machico no verão de 1998 na companhia de Hermê.
 
 

6. Pituca (63 jogos)

Pituca
Médio de baixa estatura (1,69 m) com praticamente toda a carreira feita no Algarve, começou a jogar futebol no Silves, mas no verão de 2002 mudou-se para o Imortal.
Na primeira temporada em Albufeira atuou em 34 partidas (26 a titular) na II Divisão B e apontou quatro golos, frente a União Micaelense, Mafra, Amora e Olivais e Moscavide, insuficientes para evitar a descida à III Divisão.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao Portimonense, então na II Liga.
No entanto, a estadia em Portimão foi curta, com Pituca a regressar aos albufeirenses a meio da época 2004-05, a tempo de contribuir para a subida à II B, patamar em que disputou 29 jogos (28 a titular) e faturou por duas vezes, diante de Silves e Odivelas.
No verão de 2006 transferiu-se para o Messinense.
 
 

5. Paulo Jorge (64 jogos)

Paulo Jorge
Lateral direito natural de Quarteira, fez toda a formação e os primeiros anos como sénior no Quarteirense, de onde se transferiu para o Imortal no verão de 1996.
Em duas temporadas no emblema de Albufeira foi presença assídua no onze inicial, tendo amealhado um total de 64 encontros (63 a titular) e apontado dois golos na II Divisão B.
Após essas duas épocas, transferiu-se para o Louletano.
 
 

4. Carlos Piteira (64 jogos)

Carlos Piteira
Disputou o mesmo número de jogos de Paulo Jorge, mas amealhou mais 115 minutos em campo – 5693 contra 5578.
Defesa central alentejano, natural de Cuba, passou por clubes como Mineiro Aljustrelense e Desp. Beja e chegou a jogar na I Liga com a camisola do Campomaiorense antes de ingressar no Imortal no verão de 1997.
Titularíssimo nas duas temporadas que passou em Albufeira, disputou um total de 64 encontros (63 a titular) e marcou um golo ao Sintrense (em outubro de 1998) na II Divisão B, contribuindo para a história promoção à II Liga.
Após a subida de divisão mudou-se para o Felgueiras.
Entretanto passou por emblemas como Marco, Sp. Covilhã e Sanjoanense e voltou ao Desp. Beja antes de regressar ao Imortal em 2004-05 para contribuir para nova promoção, mas desta feita à II Divisão B.
Depois de mais uma subida de divisão transferiu-se para o Castrense.
 
 

3. Álvaro (69 jogos)

Álvaro
Lateral esquerdo natural de Setúbal, fez grande parte da formação no Vitória de Setúbal e jogou no Comércio e Indústria e no Estrela de Vendas Novas antes de reforçar o Imortal em 1998 pela mão de um conterrâneo, Ricardo Formosinho.
Importante para a promoção à II Liga em 1998-99, atuou em 31 partidas (todas a titular) no campeonato e apontou três golos, diante de Olhanense (dois) e Sintrense, ao longo dessa gloriosa temporada.
Depois acompanhou os albufeirenses no segundo escalão do futebol português, mas permaneceu no clube após a descida à II Divisão B, patamar em que participou em 38 encontros (37 a titular) e marcou um golo ao Operário em 2001-02.
No verão de 2002 transferiu-se para o Leça, então na II Liga.
 
 

2. Pelé (73 jogos)

Pelé
Uma das joias da coroa da formação do Imortal, talvez o jogador formado no clube de Albufeira – e natural de Albufeira - que atingiu um nível mais alto no futebol mundial, uma vez que jogou na Premier League pelo West Bromwich e foi internacional por Cabo Verde.
Defesa central de possante (1,86 m), estreou-se pela equipa principal do clube que o formou aos 19 anos, em dezembro de 1997, e fez parte do trajeto que culminou com a inédia promoção à II Liga em 1999, ao disputar 35 jogos (32 a titular) na II Divisão B ao longo de duas temporadas.
Após duas épocas no segundo escalão, permaneceu no clube apesar da descida à II B, tendo sido totalista no campeonato em 2001-02, ao cumprir os 3420 minutos referentes às 38 jornadas. Nessa temporada apontou três golos, frente a Casa Pia, Amora e Louletano.
No verão de 2002 voltou à II Liga para jogar pelo Farense e de lá saltou para o patamar maior do futebol português para representar o Belenenses ao longo de três temporadas.
 
 

1. Pitico (79 jogos)

Pitico
O jogador mais conceituado desta lista, um médio ofensivo brasileiro que brilhou na I Divisão portuguesa com a camisola do Farense.
Após uma passagem pelo Beira-Mar, ingressou no Imortal no verão de 1996, quando já tinha 33 anos, mas impôs-se facilmente na equipa albufeirense. “O mais importante na vida de um jogador é estar num grupo bom e fazer aquilo que gosto e eu gosto de jogar futebol e sinto-me satisfeito por ter vindo para o Imortal. Em toda a minha vida de jogador é um dos melhores grupos em que trabalhei, em termos técnicos, a nível dos jogadores e em tudo o resto. Isso vem ajudar-me bastante. O Imortal tem uma aspiração muito boa que é lutar para subir”, afirmou pouco tempo após reforçar o clube de Albufeira, num recorte recuperado pelo blogue Antigas Glórias do Futebol Algarvio e Alentejano.
Ao longo de três temporadas na II Divisão B amealhou 79 jogos (76 a titular) e apontou 21 golos, registo que faz dele o melhor marcador de sempre dos algarvios nesse patamar competitivo a par de Catarino. Em 1998-99, ambos formaram uma dupla temível que em muito contribuiu para a subida à II Liga. “Nunca escondi e sempre o disse que Pitico foi sem dúvida o melhor jogador com quem joguei”, vincou Catarino a O Blog do David em junho de 2012.
Pitico acompanhou o Imortal no segundo escalão ao longo de uma temporada, mas depois transferiu-se para o Olhanense.











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