quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Trofense na I Liga

Dez jogadores que ficaram na história do Trofense
Fundado a 28 de setembro de 1930, o Clube Desportivo Trofense viveu o momento alto da sua história em 2008, quando se sagrou campeão da II Liga e alcançou uma inédita presença na I Liga, não indo além do 16.º e último lugar.
 
Ainda assim, foi um feito enorme para um clube que até 1984 ainda não tinha competido nos campeonatos nacionais e que até 2006 ainda não tinha sido visto nas ligas profissionais e um motivo de orgulho para um concelho com quase 40 mil habitantes.
 
Embora tenha terminado o campeonato como lanterna vermelha, pontuou frente aos três grandes: empatou em casa com o Sporting e com o FC Porto no Dragão e venceu o Benfica na Trofa e empatou na Luz.
 
No total, averbou cinco vitórias, oito empates, 17 derrotas, 25 golos marcados e 42 sofridos ao longo das 30 jornadas.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Trofense na I Liga.
 
 

10. Paulinho (19 jogos)

Paulinho
Lateral direito brasileiro, entrou no futebol português pela porta do Vitória de Setúbal em 2007-08, tendo conquistado a primeira edição da Taça da Liga nessa época.
Na temporada seguinte mudou-se para o Trofense, tendo disputado 19 jogos (18 a titular) e marcado um golo ao Benfica em pleno Estádio da Luz, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu mais um ano na Trofa, rumando depois ao futebol cipriota.
 
 
 

9. Delfim (20 jogos)

Delfim
Médio internacional português natural de Amarante que ficou conhecido pelo seu pontapé-canhão, notabilizou-se ao serviço de Boavista e Sporting, tendo ainda passado pelos franceses do Marselha, os suíços do Young Boys e por Moreirense e Naval antes de ingressar no Trofense no verão de 2008.
“Venho para o Porto, mentalizado para terminar a carreira e em agosto volta à carga o Trofense ‘Delfim, Delfim, Delfim’. Pensei: ‘Estou a 28km de casa, porque não? Vou fazer mais uma época’. Ainda estava com o bichinho do treino e lá fiz mais uma época”, contou à Tribuna Expresso em fevereiro de 2018.
Na única temporada que passou na Trofa atuou em 20 partidas (18 a titular), não conseguindo evitar a despromoção à II Liga.
Após a descida de divisão encerrou, aos 32 anos, uma carreira marcada por graves lesões. “Em maio decidi acabar definitivamente a carreira porque em março ou abril dessa época tive que operar o joelho direito pela quarta vez. Mais uma artroscopia. Decidi que estava na altura de preparar-me para ter qualidade de vida e não me sujeitar à decadência”, acrescentou.
 
 
 

8. Reguila (21 jogos)

Reguila
Um dos primeiros nomes que nos vem à cabeça quando se fala de Trofense.
Avançado natural de Cabanelas, no concelho de Vila Verde, foi subindo a pulso no futebol, tendo começado no Laje, do terceiro escalão da AF Braga. Ao Trofense chegou pela primeira vez em 2002, para contribuir para a subida à II Divisão B.
Em 2004-05 estreou-se na II Liga com a camisola do Gondomar, mas na época seguinte regressou à Trofa para contribuir para a promoção ao segundo escalão, patamar em que se sagrou campeão em 2007-08.
Seguiu-se uma temporada na I Liga, na qual participou em 21 encontros (16 a titular) e apontou três golos, um dos quais um dos golos numa vitória sobre o Benfica de Quique Flores. “Não direi que foi o [golo] mais marcante, mas o mais mediático. Nunca escondi: sempre fui benfiquista. E ainda hoje as pessoas abordam-me na rua para falar desse golo. Recordo com satisfação. Irá ficar para a vida”, afirmou ao Maisfutebol em fevereiro de 2018. Ainda assim, e apesar de também ter marcado a Marítimo e Paços de Ferreira, mostrou-se impotente para evitar a despromoção, numa altura em que já tinha 30 anos.
Após a descida de divisão manteve-se no Trofense, clube que representou ao longo de mais três épocas na II Liga. Em 2009-10 foi o melhor marcador do campeonato, com 15 golos, e na temporada que se seguiu esteve à beira de alcançar nova subida de divisão.
Depois de sete anos ininterruptos e nove intercalados na Trofa, transferiu-se para o Santa Clara no verão de 2012.
 
 
 

7. Hugo Leal (21 jogos)

Hugo Leal
Disputou o mesmo número de jogos de Reguila, mas amealhou mais 197 minutos em campo – 1659 contra 1462.
Médio internacional português que na viragem do milénio se perfilava como uma das principais promessas do futebol luso, foi revelado pelo Benfica e passou ainda por clubes como Atlético Madrid, Paris Saint-Germain, FC Porto, Académica, Sp. Braga e Belenenses antes de reforçar o Trofense já depois da janela de verão de 2008 do mercado de transferências ter encerrado.
“Estava a treinar no Estoril, porque o treinador, o Tulipa, era meu amigo, e quem estava na direção era meu conhecido. Treinava com o plantel. Estive dois meses a treinar lá, até que o Tulipa vai para o Trofense e pede-me para ir para lá”, contou à Tribuna Expresso.
“Nesse momento as conversas em casa foram do género, "vamos para o Trofense porque o Tulipa está a pedir, é uma ajuda para ele"… é que ir para o Trofense significava voltar a viver no Porto e a minha mulher não tinha gostado de viver no Porto. As dúvidas punham-se, mas acabamos por decidir ir. Essa segunda experiência curiosamente correu muito bem, a minha mulher gostou muito mais de estar por lá e foram sete meses que estive a representar o Trofense”, acrescentou o centrocampista.
Na única temporada que passou no clube atuou em 21 partidas (18 a titular) na I Liga e apontou três golos, diante de Nacional, Belenenses e FC Porto, ainda assim insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão voltou a Espanha para representar o Salamanca.
 
 
 

6. Pinheiro (22 jogos)

Pinheiro
Médio de características ofensivas que passou pelas camadas jovens e representou Gil Vicente, Ovarense, Estoril e Belenenses nas ligas profissionais, ingressou no Trofense no verão de 2007, aos 30 anos.
Na primeira época na Trofa foi decisivo para a conquista do título de campeão da II Liga, contribuindo com seis golos que fizeram dele o melhor marcador da equipa.
Em 2008-09 perdeu algum espaço, mas ainda assim participou em 22 jogos (nove a titular) e apontou três golos, frente a Sporting (em Alvalade), Vitória de Setúbal e Rio Ave, insuficientes para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão rumou ao Feirense, clube pelo qual somou a terceira subida ao primeiro escalão – a primeira foi ao serviço do Estoril em 2004.
 
 
 

5. Mércio (25 jogos)

Mércio
Médio brasileiro que entrou no futebol português pela porta do Rio Ave em 2001, representou Desp. Aves na I Liga antes de reforçar o Trofense no verão de 2008.
Na primeira época no clube disputou 25 jogos (24 a titular) no primeiro escalão, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão continuou mais um ano na Trofa, tendo rumado depois aos cipriotas do Olympiakos Nicosia.
 
 
 

4. Miguel Ângelo (25 jogos)

Miguel Ângelo
Disputou o mesmo número de jogos de Mércio, mas amealhou mais 261 minutos em campo – 2250 contra 1989.
Defesa central internacional jovem português formado no Sporting ao lado de Cristiano Ronaldo, Hugo Viana, José Fonte, Ricardo Quaresma, Miguel Veloso, SemedoYannick Djaló e Silvestre Varela, entre outros, chegou pela primeira vez ao Trofense em 2006-07, proveniente do Barreirense, precisamente o clube pelo qual se estreou nas ligas profissionais.
Após ter ajudado o emblema da Trofa a assegurar a permanência na II Liga, mudou-se para o Portimonense, mas haveria de regressar ao conjunto nortenho em 2008-09 para disputar 25 partidas (todas como titular) e marcar um golo à Naval, insuficiente para evitar a despromoção.
A seguir à descida de divisão transferiu-se para o Marítimo.
 
 
 

3. Milton do Ó (27 jogos)

Milton do Ó
Defesa central internacional jovem pelo Brasil, entrou no futebol português pela porta do Marítimo em 2006-07. Na temporada seguinte mudou-se para o Trofense e foi um elemento muito importante para a promoção à I Liga.
No primeiro escalão manteve o estatuto de titular indiscutível, tendo atuado em 27 partidas (todas no onze inicial) no campeonato. Porém, mostrou-se impotente para impedir a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu mais alguns meses no clube, mas foi obrigado a encerrar a carreira, aos 30 anos, após sofrer uma grave lesão no joelho direito.
“Eu tive a lesão no menisco no meio da II Liga, só que optei por não fazer a cirurgia para poder terminar o campeonato. Faltavam sete jogos, joguei os sete, mas o meu joelho inchava muito e acabei lesionando-o ainda mais. Por um lado, valeu a pena, porque eu fiz o golo que decretou a nossa subida à I Liga. Só que arrebentou com meu joelho, afetou a cartilagem e consegui jogar somente mais um ano no clube. Cheguei a operar o joelho, mas tive que encerrar a carreira”, explicou ao Globoesporte.
 
 
 

2. Hélder Barbosa (28 jogos)

Hélder Barbosa
Extremo internacional jovem português e grande promessa da formação do FC Porto, foi emprestado pelos dragões ao Trofense em 2008-09.
Na única temporada que passou no clube disputou 28 jogos (22 a titular) na I Liga e marcou um golo na vitória sobre o Benfica na Trofa, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
“Fizemos um excelente campeonato com os grandes, mas não foi suficiente para garantirmos a permanência. Estamos tristes porque o clube tem boas condições, os salários estão em dia e não merecia esta descida”, afirmou no final da época, em jeito de balanço.
Após a descida de divisão voltou a ser emprestado pelos portistas, desta feita ao Vitória de Setúbal.
 
 
 

1. Valdomiro (28 jogos)

Valdomiro
Disputou o mesmo número de jogos de Hélder Barbosa, mas amealhou mais 570 minutos em campo – 2469 contra 1899.
Defesa central brasileiro de elevada estatura (1,92 m), chegou a Portugal para reforçar a União de Leiria em 2006-07, mas na época seguinte rumado ao Trofense.
Na primeira temporada na Trofa contribuiu para a conquista do título de campeão da II Liga e para a consequente promoção à I Liga, patamar em que atuou em 28 encontros (todos a titular) e apontou cinco golos, frente a Vitória de Setúbal, Rio Ave, Belenenses, Naval e Benfica, registo que faz dele o melhor marcador de sempre do clube no primeiro escalão, mas que se revelou insuficiente para evitar a despromoção.
“O mundo não acabou pela descida do Trofense. A vida continua. Infelizmente trata-se de um clube que tem os salários em dia e que oferece todas as condições que um atleta precisa. Mas o futebol é assim e por incapacidade nossa não fomos felizes durante esta época”, afirmou no final do campeonato, em jeito de balanço.
Após a descida de divisão rumou ao Al Wasl, dos Emirados Árabes Unidos.
 




 







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