Os dez jogadores com mais jogos pelo Vitória na II Liga |
Líder destacadíssimo e invicto da
Série H do Campeonato
de Portugal, o Vitória
Futebol Clube está em posição privilegiada para assegurar uma vaga na fase
de promoção à II
Liga.
Caso venham a regressar ao segundo
escalão após 17 anos de ausência, os sadinos
vão voltar a um patamar no qual competiram por cinco vezes, sendo que quatro
delas culminaram na promoção à I
Liga.
Ainda que nunca se tivessem
sagrado campeões, os setubalenses
alcançaram o segundo lugar em três ocasiões (1995-96, 2000-01 e 2003-04),
curiosamente nas últimas três participações. Nas duas primeiras concluíram o
campeonato na quinta posição em 1991-92 e no último degrau do pódio na época
seguinte.
Em 170 jogos na II
Liga, o Vitória
somou 89 triunfos, 43 empates, 38 derrotas e um saldo de 302-169 em golos.
Ao longo dessas cinco presenças,
105 futebolistas jogaram pelos sadinos na prova.
Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram mais vezes.
10. Paulo Gomes (36 jogos)
Na primeira época no Vitória
participou em 21 jogos (17 a titular) e apontou três golos, diante de Estrela
da Amadora, Olhanense
e Benfica Castelo Branco.
Haveria de permanecer em Setúbal
até 1995, rumando depois ao Belenenses.
9. Nunes (40 jogos)
Nunes |
Médio defensivo natural de Manteigas, mas radicado na margem
sul desde tenra idade, jogou nos juvenis do Vinhense e nos juniores e nos
seniores do Barreirense
antes de representar pela primeira vez o Vitória
entre 1982 e 1984, quando se tornou internacional AA.
No segundo
escalão, disputou 28 jogos (27 a titular) em 1991-92. Na temporada seguinte
foi mais utilizando, tendo atuado em 12 partidas (seis a titular), mas apontou
dois golos, diante de Amora
e Desp.
Aves, e ajudou os sadinos
a alcançar a promoção.
Haveria de continuar no clube até
1995, quando se mudou para o Desp.
Beja.
8. Manuel do Carmo (42 jogos)
Manuel do Carmo |
Extremo veloz natural da vila do Redondo, reforçou o Vitória
no verão de 1998, proveniente do Lusitano
Évora. No entanto, não foi muito feliz em Setúbal,
uma vez que não foi além de um total de 16 jogos nas duas primeiras épocas no
clube, ambas na I
Liga.
Em 2000-01 representou os sadinos
na II
Liga e disputou 15 partidas (oito a titular) no campeonato, tendo marcado
um golo ao União de Lamas e contribuído para a promoção ao primeiro
escalão.
Após a subida de divisão esteve
dois anos no Portimonense,
regressando aos setubalenses
em 2003-04 para participar em mais 27 encontros (12 a titular) na II
Liga e contribuir para nova subida de divisão.
Depois mudou-se para o Louletano
e passou ainda por Barreirense,
Lusitano
Évora, Redondense e O
Elvas antes de pendurar as botas.
7. Meyong (55 jogos)
6. Yekini (62 jogos)
Na primeira época apontou 22 golos em 30 jogos (29 a titular), tendo
faturado diante de Belenenses,
Benfica Castelo Branco (dois), Portimonense
(quatro), Ovarense
(cinco), Estrela
da Amadora (dois), Olhanense,
Feirense, União
de Leiria, Leixões
(dois), Desp.
Aves e Rio
Ave (dois).
Na temporada seguinte foi mais longe e estabeleceu um recorde que ainda
perdura na II
Liga: 35 golos (em 32 partidas). Rio
Ave (dois golos), Académica
(sete), Ovarense,
Nacional
(dois), Campomaiorense (quatro), Penafiel
(três), Felgueiras, União
de Leiria, Estrela
da Amadora, Leixões
(quatro), Desp.
Aves (três), União da Madeira, Louletano
(dois) e Amora
(três) foram as vítimas de Rashidi Yekini.
Na época seguinte já atuou na I
Liga e também foi o artilheiro-mor, com 21 remates certeiros, sendo o único
futebolista de sempre a acumular os títulos de melhor marcador das duas ligas
profissionais portuguesas.
Enquanto representava os sadinos,
foi eleito melhor jogador africano em 1993 e melhor jogador da Taça
das Nações Africanas em 1994, prova que venceu ao serviço da Nigéria.
Contratado aos costa-marfinenses do Africa Sports em 1990, saiu para o Olympiacos
quatro anos depois, voltando ao Bonfim,
mas sem o mesmo brilho, na segunda metade da temporada 1996-97.
5. Rui Carlos (72 jogos)
Rui Carlos |
Lateral/médio esquerdo nascido em Luanda, mas desde tenra idade radicado
em Portugal, concluiu a formação e estreou-se no futebol sénior pelo Caldas.
De lá foi para o Gil
Vicente, transferindo-se no verão de 1992 para o Vitória,
então na II
Liga.
Após duas épocas no primeiro
escalão, regressou à II
Liga em 1995-96 para participar em 26 partidas e apontar cinco golos,
diante de Famalicão,
Ovarense
(dois), Sp. Espinho e Desp.
Aves, ajudando os sadinos
a regressar ao patamar
maior do futebol português.
Seguiram-se quatro anos entre a elite
antes de voltar a competir na II
Liga em 2000-01, já na fase descendente da carreira e numa altura em que as
lesões não davam tréguas, despedindo-se do clube com nova subida de divisão,
numa época em que apenas atuou em 17 partidas (nove a titular) e apontou três
golos, frente a Freamunde, Santa
Clara e Leça.
Depois mudou-se para o Seixal, tendo ainda passado por clubes como Portimonense
e Alcochetense antes de pendurar as botas.
4. Figueiredo (79 jogos)
Depois de ter jogado na I
Divisão nas duas primeiras épocas no Bonfim,
seguiram-se dois anos no inferno na II
Liga, tendo entre 1991 e 1993 disputado 54 encontros (todos como titular)
no segundo
escalão, contribuindo para a promoção à I
Liga em 1992-93.
Depois de mais duas temporadas no patamar
maior do futebol português, voltou à II
Liga em 1995-96, tendo atuado em 25 partidas (todas como titular) na
competição e ajudando os sadinos
a alcançarem nova subida de divisão.
3. Sandro (85 jogos)
Sandro Mendes |
Médio de características defensivas nascido em Pinhal Novo, concelho de
Palmela, deu os primeiros toques na bola no bairro da Bela Vista e iniciou-se
no futebol federado em “Os Pelezinhos” antes de chegar ao Vitória ainda
como iniciado, em 1990-91.
A estreia na equipa principal
aconteceu quando ainda era júnior de segundo ano, em 1995-96, precisamente numa
época em que os sadinos
militavam na II
Liga. Lançado por Quinito, atuou em 28 partidas (27 a titular) e apontou
três golos, diante de Famalicão,
Alverca
e Ovarense,
contribuindo assim para a subida de divisão.
Entretanto estreou-se na I
Liga e passou pelo futebol espanhol antes de regressar a Setúbal
no verão de 2000, mais uma vez para jogar no segundo
escalão, tendo disputado 25 jogos (19 a titular) e marcado um golo ao Santa
Clara, voltando a ajudar os setubalenses
a subir ao patamar
maior do futebol português.
Após duas épocas entre a elite,
haveria de voltar a jogar na II
Liga pelo Vitória
em 2003-04, tendo marcado presença em 32 encontros (31 a titular) e marcado um
golo ao Maia, festejando uma vez mais a promoção à I
Liga.
Ao serviço dos sadinos
haveria ainda de conquistar a Taça
de Portugal em 2004-05, ser finalista vencido na época seguinte e tornar-se
o primeiro capitão de equipa a erguer a Taça
da Liga, em 2007-08. Pelo meio, assinou pelo FC
Porto no verão de 2005, esteve alguns meses cedido pelos dragões aos turcos
do Manisaspor e tornou-se internacional por Cabo
Verde.
“Tive muitos treinadores que me
marcaram. Jorge
Jesus, Daúto Faquirá, Rui Águas, Diamantino, enfim... Mas há que foi
especial porque apostou em mim e me lançou, que foi o Quinito", confessou
ao Record em
outubro de 2017.
Depois de pendurar as botas
continuou ligado ao clube: começou por ser treinador na formação, foi team
manager da equipa principal e chegou a técnico principal.
2. Quim (104 jogos)
Quim |
Defesa central natural de Beja e revelado pelo Desportivo
local, saltou para o Vitória em
1985, mas só um ano depois se estreou pela equipa principal dos sadinos,
tendo jogado em Setúbal até
encerrar a carreira em 2001.
Depois de ter jogado na I
Divisão e na antiga II Divisão nos primeiros anos e de se ter tornado
internacional sub-21 durante os primeiros anos Bonfim,
competiu na II
Liga entre 1991 e 1993, tendo amealhado um total de 57 jogos (55 a titular)
na prova e ajudado os setubalenses
a voltar ao primeiro
escalão.
Após mais dois anos de I
Liga, regressou ao segundo
campeonato mais importante do futebol português em 1995-96, quando
participou em 32 encontros, marcou um golo ao Penafiel
e contribuiu para nova subida de divisão.
Entretanto voltou ao convívio com
os grandes, jogou na Taça
UEFA em 1999 e regressou à II
Liga em 2000-01, tendo disputado 13 partidas (10 a titular) nessa que foi a
última temporada da carreira, despedindo-se dos relvados aos 34 anos, com nova
promoção à I
Liga.
Após pendurar as botas voltou ao
clube noutras funções, tendo orientado os infantis e os juniores e chegando a
comandar interinamente a equipa principal em 2009-10.
“Tenho já mais anos de Setúbal do
que de Beja, de onde saí com 18 anos. Até agora tenho vivido sempre em Setúbal e
estado ligado ao Vitória,
um clube centenário onde eu já vivi cerca de um quarto de século. É com bastante
orgulho que o refiro, são factos que não se podem apagar”, afirmou ao
blogue Desporto
no Alentejo.
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