terça-feira, 6 de junho de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pela União de Leiria na I Divisão

Dez figuras marcantes na história da União de Leiria
Fundada a 6 de junho de 1966 por um grupo de funcionários do Banco Nacional Ultramarino e no resultado da fusão entre o Sporting Clube Leiriense e o Coliponense, a União Desportiva de Leiria conquistou o primeiro título de campeão distrital logo no ano imediato à sua fundação e desde cedo se afirmou como um grande embaixador da cidade do Lis no futebol nacional.
 
A União de Leiria precisou de menos de década e meia de existência para se estrear na I Divisão, em 1979-80, época em que somou a primeira de 18 presenças no patamar maior do futebol português. No entanto, foi nos anos 1990 que os leirienses começaram a cimentar a sua posição no primeiro escalão, tendo somado dez presenças consecutivas entre 1998-99 e 2007-08, período no qual atingiram por duas vezes o 5.º lugar, em 2000-01 e 2002-03, e por outras tantas a 6.ª posição, em 1994-95 e 1998-99.
 
Paralelamente, o emblema da cidade do Lis atingiu a final da Taça de Portugal em 2002-03 – e as meias-finais em 1995-96 e 1997-98 – e participou na Taça UEFA em 2003-04 e 2007-08.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pela União de Leiria na I Divisão.
 
 

10. Costinha (112 jogos)

Costinha
Guarda-redes internacional jovem português que concluiu a formação no Boavista, passou por Sporting, FC Porto e pelos espanhóis do Tenerife antes de ingressar na União de Leiria no verão de 2000.
Em seis épocas na cidade do Lis foi titular em três e meia – as outras duas e meia foram vividas na sombra de Hélton –, tendo amealhado 112 encontros e 130 golos sofridos na I Liga, ajudando o conjunto leiriense a alcançar o 5.º lugar do campeonato em 2000-01 e 2002-03, tendo contribuído igualmente para a caminhada até à final da Taça de Portugal também em 2002-03.
No verão de 2006 seguiu com Jorge Jesus para o Belenenses.
Após pendurar as luvas radicou-se em Leiria, onde se casou com a filha de um dos fundadores da União, e abriu uma academia no Outeiro da Fonte.
 
 
 

9. Paulo Gomes (126 jogos)

Paulo Gomes
Médio natural de Viseu, despontou no Académico de Viseu e passou por Tondela, Lousada, Vitória de Guimarães e Sp. Braga antes de assinar pela União de Leiria no verão de 2002.
Em cinco temporadas na cidade do Lis totalizou 126 partidas (101 a titular) e dois golos na I Liga, ajudando a equipa a alcançar o 5.º lugar no campeonato e a presença na final da Taça de Portugal em 2002-03, tendo ainda contribuído para os dois apuramentos europeus da história do clube.
No verão de 2007 transferiu-se para o Paços de Ferreira.
 
 
 

8. João Paulo (131 jogos)

João Paulo
Defesa central/médio defensivo natural de Leiria e formado na União, estreou-se pela equipa principal pela mão de Manuel José num jogo frente ao Sporting em Alvalade em janeiro de 2000, quando tinha apenas 18 anos e seis meses, mas teve de passar por um empréstimo ao União de Tomar para atuar pela primeira vez na I Liga, em agosto de 2001 e sob o comando técnico de José Mourinho.
Ao longo de quatro temporadas – apenas interrompidas por um empréstimo ao Sporting na primeira metade de 2003 – somou 131 encontros (117 a titular) e 16 golos no primeiro escalão, tendo contribuído para a obtenção do 5.º lugar no campeonato e para a presença na final da Taça de Portugal em 2002-03. Pelo meio, tornou-se internacional sub-21, olímpico e B por Portugal.
“O Leiria fez de mim jogador. Na época passada fui ver um jogo do Leiria e, nos camarotes, estava uma fotografia minha. Até me arrepiei”, admitiu ao Maisfutebol em novembro de 2017.
No verão de 2006 deu o salto para o FC Porto.
 
   
 
 

7. Alhandra (133 jogos)

Alhandra
Lateral/médio esquerdo internacional jovem português e formado no Sporting, esteve emprestado pelos leões ao Lourinhanense e ao Alverca e passou também por FC Porto B e Académica antes de ingressar na União de Leiria no verão de 2002.
Em seis anos ao serviço do emblema leiriense amealhou 133 partidas (87 a titular) e cinco golos na I Liga, ajudando a equipa a alcançar o 5.º lugar no campeonato e a presença na final da Taça de Portugal em 2002-03, tendo ainda contribuído para os dois apuramentos europeus da história do clube. Por outro lado, mostrou-se impotente para impedir a despromoção à II Liga em 2007-08.
Após a descida de divisão transferiu-se para os cipriotas do ENP.
 
 
 

6. Leão (133 jogos)

Leão
Disputou o mesmo número de jogos de Alhandra, mas amealhou mais 2297 minutos em campo – 10 318 contra 8021.
Médio de características defensivas formado maioritariamente no Salgueiros depois de ter jogado ao lado de Nélson e Folha nos iniciados do FC Porto, despontou no emblema de Paranhos, de onde saiu para o Sporting antes de ingressar na União de Leiria no verão de 1998.
Em cinco anos na cidade do Lis totalizou 133 partidas (120 a titular) e três golos na I Liga, ajudando o conjunto leiriense a alcançar o 5.º lugar do campeonato em 2000-01 e 2002-03, tendo contribuído igualmente para a caminhada até à final da Taça de Portugal também em 2002-03.
No verão de 2003 voltou ao norte do país para representar o Leixões.
 
 

5. Luís Vouzela (148 jogos)

Luís Vouzela
Médio natural de Vouzela que despontou no Académico de Viseu, trocou o emblema da Beira Alta pela União de Leiria no verão de 1996.
Na primeira época na cidade do Lis disputou 28 jogos (27 a titular) e marcou um golo ao Gil Vicente na I Liga, mostrando-se impotente para impedir a despromoção à II Liga.
Em 1997-98 sagrou-se campeão do segundo escalão e nas quatro temporadas que se seguiram somou mais 120 partidas (106 a titular) e três golos no patamar maior do futebol português, tendo contribuído para a obtenção do 5.º lugar no campeonato em 2000-01.
Paralelamente, disputou um jogo ao serviço da seleção nacional B em agosto de 2000 e despertou o interesse do Sporting. “Em outubro/novembro de 1999 começou a falar-se muito de uma transferência para o Sporting. Até dei uma entrevista a falar disso, porque parecia tudo encaminhado, mas acabou por não acontecer e isso marcou-me. Sabia que, se chegasse lá, representaria um enorme salto na minha carreira. Foi uma pena, até por isso. Anos mais tarde, tive o Augusto Inácio como treinador no Beira Mar e ele confirmou-me tudo. Só não fui para o Sporting porque o Leiria pediu mundos e fundos por mim”, contou ao Maisfutebol em janeiro de 2022.
“Foi por isso, por ter sentido isso, que acabei por não renovar pela União de Leiria ao fim de seis épocas no clube. Tinha renovado anteriormente, novamente por números baixos. Em 2001-02, propuseram-me um contrato que era humilhante para mim, alguém que estava ali há seis anos e que merecia mais reconhecimento. Tive uns problemas no último ano por causa disso, mas o treinador, o Vítor Pontes, foi espetacular comigo e disse-me que me ia utilizar até ao fim”, acrescentou.
No verão de 2002 transferiu-se para o Santa Clara.
 
 

4. Paulo Duarte (154 jogos)

Paulo Duarte
Defesa central natural de Massarelos, concelho do Porto, concluiu a formação no Boavista e passou pelo União de Coimbra antes de passar pela primeira vez pela União de Leiria entre 1988 e 1991, na altura para jogar na antiga II Divisão Nacional e na II Liga.
Seguiram-se passagens por Salgueiros e Marítimo antes de voltar à cidade do Lis no verão de 1995. Nas duas primeiras épocas após o regresso ao clube somou 57 encontros (56 a titular) e dois golos na I Liga, mostrando-se impotente para impedir a despromoção à II Liga em 1996-97.
Em 1997-98 sagrou-se campeão do segundo escalão e nas seis temporadas que se seguiram amealhou 97 partidas (78 a titular) e dois golos no patamar maior do futebol português, ajudando o conjunto leiriense a alcançar o 5.º lugar do campeonato em 2000-01 e 2002-03, tendo contribuído igualmente para a caminhada até à final da Taça de Portugal também em 2002-03.
Em 2004 pendurou as botas, aos 35 anos. Logo a seguir tornou-se treinador, tendo exercido as funções de treinador-adjunto e de técnico principal na União de Leiria até novembro de 2007.
 
 

3. Renato (220 jogos)

Renato
Defesa central que despontou no Salgueiros, passou sem sucesso pelo Sporting e representou o Vitória de Setúbal antes de ingressar na União de Leiria no verão de 1999.
Em nove temporadas na cidade do Lis – apenas com um pequeno interregno em 2003-04, quando o jogador esteve ao serviço do Leixões – totalizou 220 partidas (215 a titular) e seis golos na I Liga, ajudando o conjunto leiriense a alcançar o 5.º lugar do campeonato em 2000-01 e 2002-03, tendo igualmente contribuído para a caminhada até à final da Taça de Portugal também em 2002-03. Porém, em 2007-08 mostrou-se impotente para impedir a despromoção à II Liga.
Após a descida de divisão regressou ao Salgueiros para encerrar a carreira.
 
 
 

2. João Manuel (226 jogos)

João Manuel
Jogador polivalente, mas que atuava preferencialmente como médio centro, começou a jogar futebol no clube da sua terra, o Moimenta da Beira, tendo depois passado por Viseu e Benfica, Académico de Viseu e Académica antes de assinar pela União de Leiria no verão de 1995.
Nas duas primeiras épocas na cidade do Lis somou 55 partidas (54 a titular) e dois golos na I Liga, mostrando-se impotente para impedir a despromoção à II Liga em 1996-97. Ainda assim, convenceu o então selecionador Artur Jorge a convoca-lo para o jogo da seleção nacional A frente à Alemanha, em dezembro de 1996.
Em 1997-98 sagrou-se campeão da II Liga e nas seis temporadas que se seguiram amealhou mais 171 encontros (158 a titular) e dois golos no patamar maior do futebol português, ajudando o conjunto leiriense a alcançar o 5.º lugar do campeonato em 2000-01 e 2002-03, tendo igualmente contribuído para a caminhada até à final da Taça de Portugal também em 2002-03.
No verão de 2004 transferiu-se para o Moreirense.
Haveria de morrer em maio de 2005, vítima de esclerose múltipla. Dois meses antes, havia sido homenageado no Estádio Municipal de Leiria. Na ocasião, a claque Frente Leiria ostentou uma faixa onde se podia ler: “João, serás sempre um dos nossos.”
 
 

1. Bilro (246 jogos)

Bilro
Possivelmente o primeiro nome que nos vem à cabeça quando pensamos em União de Leiria. Foram muitos os jogadores que representaram o emblema da cidade do Lis que depois atingiram outros patamares, mas ao longo de onze anos o onze leiriense foi composto por Bilro… e mais dez.
Lateral direito internacional jovem português e formado no Sporting ao lado de Secretário, Paulo Torres, Amaral e Abel Xavier, chegou a integrar o plantel principal, mas não conseguiu estrear-se de leão ao peito.
No verão de 1993 mudou-se para a União de Leiria, tendo logo na primeira época no clube contribuído para a promoção à I Liga, patamar em que totalizou 73 jogos (71 a titular) entre 1994 e 1997, contribuindo para a obtenção do honroso 6.º lugar em 1994-95 e para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal em 1995-96.
Em 1997-98 voltou à II Liga para se sagrar campeão e nas seis temporadas que se seguiram somou mais 173 partidas (172 a titular) e nove remates certeiros no primeiro escalão.  Em 2002-03 marcou o golo que levou o conjunto leiriense à única final da Taça de Portugal da sua história e, tal como em 2000-01, ajudou a equipa a alcançar um brilhante quinto lugar na I Liga. Na época seguinte esteve na estreia do clube da Beira Litoral na Taça UEFA.
Em janeiro de 2004 deixou a União de Leiria em litígio com o presidente João Bartolomeu, aventurando-se depois nos açorianos do Lusitânia e no futebol de praia.
Em 2012-13 regressou ao clube como treinador da equipa B (que pertencia ao clube, numa altura de litígio com a SAD), tendo assumindo o comando técnico do plantel principal na época seguinte.
 




      



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