segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Penafiel na I Divisão

Dez jogadores que ficaram na história do Penafiel
Fundado a 8 de fevereiro de 1951, o Futebol Clube de Penafiel surgiu para colmatar a ausência de um clube que representasse a cidade, depois da extinção do Clube Desportivo Penafiel, que em 1933 foi originado pela fusão do Sport Club de Penafiel e da União Desportiva Penafidelense.
 
Nas décadas que se seguiram o emblema rubro-negro foi ganhando protagonismo a nível distrital e nacional, tendo chegado pela primeira vez à III Divisão em 1957, à II em 1965 e, finalmente, ao patamar maior do futebol português em 1980.
 
A década de 1980 foi, aliás, aquela em que os durienses foram mais pujantes, uma vez que iniciaram aí um ciclo de dez presenças na I Divisão em 12 anos, conseguindo obter em 1980-81 e em 1987-88 o 10.º lugar, a melhor classificação alguma vez alcançada no primeiro escalão.
 
Após ser despromovido à II Divisão em 1992, o Penafiel regressou ao convívio entre os grandes entre 2004 e 2006 e mais tarde em 2014-15.
 
Paralelamente, atingiu as meias-finais da Taça de Portugal em 1985-86 e os quartos de final em 1978-79, 1981-82, 1987-88, 1991-92, 1995-96 e 2013-14.
 
Em 13 participações, 180 futebolistas jogaram pelo Penafiel na I Divisão. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.
 
 

10. Caetano (86 jogos)

Caetano
Extremo de baixa estatura (1,62 m) natural de Penafiel e formado no clube da terra, estreou-se na equipa principal quando os rubro negros militavam na I Divisão, em 1985-86.
Nessa temporada foi utilizado em 14 jogos (três a titular) e contribuiu para a caminhada até às meias-finais da Taça de Portugal, mas foi impotente para evitar a despromoção.
Na época seguinte foi importante para garantir a subida ao primeiro escalão, patamar em que participou nas 38 jornadas (todas como titular) do campeonato de 1987-88, tendo apontado dois golos, diante de Sp. Covilhã e Sporting, contribuindo para a obtenção do 10.º lugar.
Na derradeira temporada no Estádio Municipal 25 de Abril atuou em 34 partidas (32 a titular) e marcou um golo ao Beira-Mar, dando depois o salto para o FC Porto.
Embora não tivesse sido feliz nas Antas, recuperou protagonismo no Tirsense, que o catapultou para a seleção nacional AA.
O seu filho, o também baixinho Rui Caetano, representou o Penafiel em 2015-16 e entre 2017 e 2019.
 
 
 

9. Fernando (86 jogos)

Fernando
Disputou o mesmo número de jogos que Caetano, mas amealhou mais 1139 minutos em campo – 7481 contra 6342.
Defesa central brasileiro que jogou ao lado de Zico no Flamengo, entrou no futebol português pela porta do Boavista, tendo ainda passado pelo Académico de Viseu antes de reforçar o Penafiel no verão de 1981.
Na primeira época no Municipal 25 de Abril foi totalista no campeonato, uma vez que cumpriu os 2700 minutos referentes aos 30 jogos, tendo apontado dois golos, diante de Vitória de Setúbal e Estoril, que foram insuficientes para evitar a despromoção.
Na temporada seguinte venceu a II Divisão – Zona Norte e subiu ao primeiro escalão, patamar em que competiu em 36 encontros (todos como titular) em 1983-84.
Na época que se seguiu foi utilizado em 26 partidas (22 a titular) e marcou um autogolo num encontro frente à Académica, ajudando uma vez mais os penafidelenses a assegurarem a permanência.
Embora muito utilizado nos rubro negros, no verão de 1985 transferiu-se para o Leixões, então a militar na II Divisão.
 
 

8. Rebelo (94 jogos)

Rebelo
Extremo natural de Penafiel e formado no clube da terra, subiu à equipa principal em 1987-88, tendo estado em campo durante 28 minutos numa derrota às mãos do FC Porto no Estádio das Antas.
Na temporada seguinte também foi alvo de escassa utilização, não indo além de 21 minutos distribuídos por dois jogos, na visita ao Marítimo e uma vez mais nas Antas diante do FC Porto.
Em 1989-90 começou a ganhar espaço na equipa principal, tendo participado em 32 encontros (16 a titular) e apontado três golos, diante de Boavista, Belenenses e Sporting.
Na época seguinte apresentou números idênticos, tendo disputado 30 partidas (16 a titular) e faturado por duas vezes, frente a Desp. Chaves e Boavista, ajudando uma vez mais a assegurar a permanência.
Por fim, em 1991-92 foi utilizado em 29 jogos (25 a titular) e apontou dois golos, diante de Salgueiros e Benfica, não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida à II Divisão manteve-se no patamar maior do futebol português ao serviço do Famalicão.
 
 
 

7. Djão (96 jogos)

Djão
Extremo moçambicano, entrou no futebol português pela porta do Desp. Chaves, mas foi ao serviço do Belenenses que ganhou notoriedade, ao ponto de se ter tornado internacional AA por Portugal.
No verão de 1987, aos 29 anos, transferiu-se para o Penafiel, tendo sido uma das principais figuras da equipa que em 1987-88 alcançou o 10.º lugar na I Divisão, ao atuar em 35 jogos (29 a titular) e apontar cinco golos, diante de Sp. Braga, Rio Ave, Sporting, Desp. Chaves e Vitória de Guimarães.
Na temporada seguinte foi utilizado em 37 partidas (35 a titular) e somou sete remates certeiros, frente a Desp. Chaves (dois), Nacional, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, Leixões e Académico de Viseu.
Por fim, em 1989-90, disputou 24 encontros (15 a titular) e marcou dois golos, diante de Belenenses e Vitória de Guimarães.
“No Penafiel fiz as últimas épocas na primeira divisão. Foram as melhores épocas do clube na primeira divisão. Essa equipa tinha o Caetano, o Elias, o Rui Manuel, o Cerqueira… Bons tempos”, recordou ao Maisfutebol em setembro de 2017.
Depois rumou ao Marco, acabando por ficar radicado na região Norte.
 
 
 

6. Amâncio (96 jogos)

Amâncio
Disputou o mesmo número de jogos de Djão, mas amealhou mais 1339 minutos em campo – 8065 contra 6726.
Ponta de lança paraguaio de baixa estatura (1,67 m) mas com apurado faro para o golo, é o melhor marcador de sempre do Penafiel na I Divisão, com 26 golos – mais onze do que o brasileiro César, o segundo da lista.
Recrutado no verão de 1986 aos uruguaios do Nacional de Montevideu, foi determinante para a subida ao patamar maior do futebol português na época de estreia, ao apontar onze golos.
Em 1987-88, na estreia no primeiro escalão, participou em 30 partidas (26 a titular) e apontou sete golos, diante de Sp. Braga, Rio Ave, Farense, Sp. Espinho, Académica, Belenenses e Varzim, ajudando os durienses a igualar a melhor classificação de sempre do clube, o 10.º lugar.
Na temporada seguinte explodiu, ao marcar 15 golos em 37 jogos (todos a titular). Leixões, Beira-Mar (dois), Nacional (quatro), Sp. Espinho (dois), Benfica, Sporting, Boavista, Portimonense, Académico de Viseu e Belenenses foram as vítimas de Amâncio. Apenas o benfiquista Vata, com 16 golos, faturou mais nesse campeonato.
Por fim, em 1989-90, disputou 29 jogos (28 a titular) e marcou quatro golos, frente a Desp. Chaves, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal e Portimonense.
Depois mudou-se para o Vitória de Setúbal.
 
 
 
 

5. Branco (97 jogos)

Branco
Médio com experiência de I Divisão ao serviço de Boavista e Famalicão, reforçou o Penafiel no verão de 1980.
Na primeira época de rubro negro, que ficou marcada pela estreia do clube no primeiro escalão, disputou 29 jogos (todos como titular) e marcou um golo ao Marítimo, ajudando os durienses a obter um muito honroso 10.º lugar.
Na temporada seguinte foi utilizado em 28 encontros (27 a titular), mas foi impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu no Municipal 25 de Abril, sagrando-se campeão da II Divisão – Zona Norte. Em 1983-84, no regresso à I Divisão, atuou em 24 partidas (19 a titular) e apontou quatro golos, diante de Sporting, Portimonense, Recreio de Águeda, Salgueiros e Desp. Chaves.
Na época que se seguiu, a última ao serviço dos penafidelenses, esteve presente em 16 jogos (12 a titular) e marcou um golo ao Benfica.
Depois mudou-se para o Paredes, então a militar na II Divisão.
 
 
 

4. Cerqueira (133 jogos)

Cerqueira
Mais um filho da terra e um produto da formação do clube, neste caso um guarda-redes, que subiu à equipa principal em 1976-77, então na II Divisão, e só deixou de jogar no Penafiel em 1997, à beira dos 40 anos – pelo meio, teve apenas uma passagem pelo Valonguense em 1983-84.
Ainda assim, demorou a conquistar o seu espaço, tendo atuado em apenas 11 jogos (10 a titular) e sofrido 20 golos durante as duas primeiras épocas dos durienses no primeiro escalão, entre 1980 e 1982. Na altura, era Luz o dono da baliza.
Depois de ter estado no Valonguense deparou-se com a concorrência de Trindade, não tendo ido além de 28 encontros (26 a titular) e 34 golos sofridos na I Divisão entre 1984 e 1986. Ainda assim, ajudou os rubro negros a atingir as meias-finais da Taça de Portugal em 1985-86.
Após ter contribuído pela terceira vez para a promoção dos penafidelenses ao patamar maior do futebol português, em 1987, viveu um ano na sombra de Amaral, mas agarrou a titularidade nas temporadas que se seguiram, tendo somado um total de 69 partidas e 85 golos sofridos entre 1988 e 1990.
Nas duas derradeiras épocas na I Divisão, 1990-91 e 1991-92, viveu na sombra de Quim e Musil, não indo além de um total 25 jogos e 29 golos sofridos.
Haveria de permanecer no clube por mais cinco anos, mas quase sempre com o estatuto de segunda escolha para a baliza duriense.
Em 1997-98 pendurou as luvas ao serviço do Rebordosa e desde a época que se seguiu que está ligado ao Penafiel como treinador de guarda-redes.
 
 
 

3. Elias (151 jogos)

Elias
Jogador natural de Paredes, mas formado no Penafiel, assumiu-se como patrão do meio-campo duriense durante as duas passagens pela equipa principal, a primeira entre 1982 e 1989 e a segunda entre 1994 e 1998.
Depois de ter estado na subida à I Divisão na primeira época de sénior, afirmou-se como titular logo em 1983-84, na estreia no primeiro escalão, tendo disputado 25 jogos (23 a titular) e apontado dois golos, diante de Farense e Rio Ave.
Na temporada seguinte foi utilizado em 27 partidas (23 a titular) e somou dois remates certeiros, frente a Belenenses e Vizela.
Já em 1985-86 participou em 24 encontros (20 a titular) e faturou por quatro vezes, diante de Vitória de Guimarães (dois), Sp. Braga e Desp. Chaves, mostrando-se impotente para evitar a despromoção. Ainda assim, ajudou os durienses a chegar às meias-finais da Taça de Portugal.
Após a descida à II Divisão manteve-se no clube, tendo contribuído para o regresso ao patamar maior do futebol português em 1987. No regresso à elite, foi utilizado nas 38 jornadas (sempre a titular) do campeonato e apontou dois golos, frente a Varzim e Sp. Espinho, ajudando os rubro negros a igualarem a melhor classificação de sempre da sua história, o 10.º lugar.
Por fim, em 1988-89 marcou presença em 37 jogos (todos como titular) e marcou um golo ao Marítimo.
Entretanto passou por Estrela da Amadora e Tirsense, regressando ao Municipal 25 de Abril em 1994 para jogar quatro anos na II Liga.
 
 
 

2. Artur (182 jogos)

Artur Fonte
Lateral esquerdo internacional jovem português e formado no Sporting ao lado de Rui Águas, Ademar e Mário Jorge, passou pelo Vila Real antes de reforçar o Penafiel no verão de 1980, aquando da subida dos durienses à I Divisão.
Na primeira época no clube e também no primeiro escalão disputou 26 jogos (23 a titular) e marcou um golo ao Amora, contribuindo para a obtenção do 10.º lugar.
Na temporada seguinte participou em 29 partidas (todos como titular), não conseguindo evitar a despromoção.
Após a descida de divisão mudou-se para o Vitória de Setúbal, mas regressou ao Municipal 25 de Abril em 1983-84, quando marcou presença em 28 encontros (todos como titular). Durante essa época, a 22 de dezembro, foi pai de um menino chamado… José Fonte.
No verão de 1984 transferiu-se para o Belenenses, mas quatro anos depois voltou a Penafiel para mais quatro temporadas na I Divisão. Entre 1988 e 1992 disputou um total de 99 jogos (98 a titular) e foi pai de um menino chamado… Rui Fonte, despedindo-se dos rubro negros com a despromoção à II Liga.
Após a descida de divisão rumou ao Malveira, último clube da carreira.
 
 

1. Vasco (196 jogos)

Vasco Alves
Defesa central natural de Penafiel e formado no clube da terra, subiu à equipa principal em 1982-83, tendo nessa época contribuído para a promoção à I Divisão.
Na estreia no primeiro escalão foi utilizado regularmente (20 jogos), mas nos dois anos que se seguiram não foi além de seis e sete encontros, não conseguindo evitar a descida à II Divisão em 1985-86, temporada em que os durienses até atingiram as meias-finais da Taça de Portugal.
Após nova descida à II Divisão regressou ao patamar maior do futebol português em 1987 para mais cinco anos de convívio com os grandes. Nesse período amealhou um total de 163 encontros (162 a titular) e apontou três golos, diante de Salgueiros (1987-88) e Farense e Benfica (ambos em 1991-92), não conseguindo evitar mais uma despromoção em 1992.
Após jogar um ano pelo Penafiel na II Liga, em 1993-94 regressou à I Divisão pela porta do Gil Vicente.








 





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