quarta-feira, 28 de junho de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Fafe no Campeonato de Portugal

Dez jogadores marcantes na história recente do Fafe
Fundado a 28 de junho de 1958, a Associação Desportiva de Fafe nasceu da fusão de dois clubes do concelho, o Sporting Clube de Fafe e Futebol Clube de Fafe.
 
Após ter passado até ao início da década de 1970 entre a III Divisão Nacional e a I Distrital da AF Braga, o emblema minhoto estabeleceu-se na II Divisão – Zona Norte e, ao cabo de duas décadas, conseguiu uma inédia promoção à I Divisão em 1988.
 
Em 1987-88 o Fafe, orientado por José Rachão, beneficiou da regra que nessa temporada permitia a promoção dos dois primeiros classificados de cada uma das três zonas da II Divisão e da punição administrativa aplicada ao Famalicão, que alegadamente teria aliciado o Macedo de Cavaleiros, para ser promovido ao patamar maior do futebol português.
 
Seguiu-se uma época na I Divisão. Se os justiceiros beneficiaram dos regulamentos para subir, foram prejudicados pelos mesmos na única participação entre a elite nacional, uma vez que desciam cinco equipas e o Fafe terminou o campeonato precisamente como a primeira equipa abaixo da chamada linha de água. Antes já tinha tido protagonismo na Taça de Portugal ao chegar às meias-finais em 1976-77 e 1978-79.
 
Desde então que os fafenses têm andado pelas divisões secundárias do futebol português. Em 2016-17 participou na II Liga, mas não foi além de um 20.º lugar (em 22 equipas) que resultou na despromoção ao Campeonato de Portugal. Presentemente compete na Liga 3.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Fafe no Campeonato de Portugal.
 
 

10. Ricardo Fernandes (65 jogos)

Ricardo Fernandes
Defesa central natural da freguesia vimaranense de Azurém, foi formado no Vitória de Guimarães, mas não encontrou espaço na equipa principal e por isso foi ganhar rodagem para o Fafe entre 1997 e 1999, tendo contribuído para a promoção à II Divisão B em 1997-98.
Entretanto deu o salto para a I Liga, tendo representado Salgueiros, Moreirense, Nacional e os romenos do Rapid Bucareste antes de regressar aos justiceiros no verão de 2013, numa altura em que já tinha 35 anos.
Em três épocas nesta segunda passagem pelo emblema fafense amealhou 65 partidas (53 a titular) e dois golos no Campeonato de Portugal, tendo contribuído para a subida à II Liga em 2015-16.
“Sempre disse que queria terminar aqui no Fafe. Foi neste clube que comecei a minha carreira de sénior e onde desejo encerrar a mesma. Felizmente, tive um bom percurso enquanto jogador e estou no sítio onde quero e sempre quis estar. Aqui sempre foi normal os jogadores e treinadores ficarem muito tempo. Sinceramente, acho bom e o clube beneficia diretamente com isso. Existe uma boa identidade e os resultados estão à vista”, afirmou ao jornal Record em março de 2015.
Consumada a promoção, mudou-se para o União Torcatense.
 
 

9. Ofori (71 jogos)

Richard Ofori
Lateral esquerdo internacional sub-20 ganês que teve passagens pelos belgas do Charleroi e Lierse e pelos alemães do Kaiserslautern, passou por Académica, Beira-Mar e Sp. Covilhã antes de ingressar no Fafe no verão de 2017.
Em três épocas ao serviço dos justiceiros totalizou 71 partidas (70 a titular) e três golos no Campeonato de Portugal, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2018-19.
No verão de 2020 transferiu-se para o Vizela, clube pelo qual voltou a jogar na I Liga.
 
 
 

8. Nei (77 jogos)

Nei
Avançado móvel brasileiro que representou clubes modestos do seu país e os uruguaios do Danubio, entrou no futebol português precisamente pela porta do Fafe no verão de 2017.
Nessa primeira passagem pelos justiceiros, de apenas uma época, atuou em 28 jogos (16 a titular) no Campeonato de Portugal e apontou seis golos, diante de Bragança, Mondinense, Juventude Pedras Salgadas, União Torcatense (dois) e Câmara de Lobos.
Em 2018-19 representou o São Martinho, mas depois regressou ao Fafe para somar mais 49 encontros (38 a titular) e quatro remates certeiros no anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores entre 2019 e 2021, ajudando os fafenses a apurarem-se para a Liga 3 e atingirem os oitavos de final da Taça de Portugal em 2020-21.
No início de 2022, após meio ano a representar o Fafe na Liga 3, transferiu-se para o Pevidém.
 
 
 

7. Landinho (79 jogos)

Landinho
Médio natural de Amarante e que passou pela formação do Boavista, representou AmarantePortimonense e Felgueiras enquanto sénior antes de reforçar o Fafe no verão de 2015.
Na primeira época nos justiceiros atuou em 30 partidas (todas como titular) no Campeonato de Portugal e apontou dois golos, o primeiro diante do Varzim B na fase regular e o segundo frente ao Casa Pia no playoff que valeu a promoção à II Liga. “Não me sinto herói, o herói fomos todos nós porque trabalhámos para isto. Eu só empurrei a bola para dentro das redes. O Fafe já merecia isto há muito tempo”, afirmou ao Maisfutebol na altura.
Em 2016-17 mostrou-se impotente para evitar a despromoção ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores e no final dessa época transferiu-se para o Bragança.
Em dezembro de 2017 voltou ao emblema minhoto para somar mais 49 jogos (47 a titular) e sete remates certeiros no Campeonato de Portugal ao longo de ano e meio, tendo contribuído para o apuramento para a fase de promoção à II Liga em 2018-19.
Em 2019 deixou o Fafe e rumou ao Vizela, mas voltou uma vez mais aos justiceiros em 2021-22 para competir na Liga 3.
 
 
 

6. Vasco Cruz (81 jogos)

Vasco Cruz
Lateral direito natural do concelho de Fafe, ingressou nos juvenis do Fafe em 2009-10 e transitou para a equipa principal em 2012-13, fazendo a estreia aos 18 anos e oito meses numa receção ao Mirandela, numa partida da II Divisão B.
Entre 2013 e 2016 amealhou 77 encontros (68 a titular) e dois golos no Campeonato de Portugal, tendo contribuído para a promoção à II Liga em 2015-16 e, consequentemente, cumprido a promessa, tal como João Nogueira, de percorrer 40 quilómetros a pé ao São Bentinho da Porta Aberta, um local emblemático para muitos peregrinos em Terras de Bouro, em caso de subida de divisão.
Em 2016-17 mostrou-se impotente para impedir a descida de divisão ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores.
Após a despromoção transferiu-se para o Varzim, mas depois de uma passagem pelo Merelinense voltou a estar vinculado aos justiceiros em 2018-19, época em que não foi além de quatro partidas (todas como titular) no Campeonato de Portugal, ajudando o emblema fafense a atingir a fase de subida à II Liga.
No verão de 2019 transferiu-se para o São Martinho.
 
 

5. Xavi (93 jogos)

Xavi
Defesa central natural de Fafe e formado maioritariamente na Associação Desportiva de Fafe, mudou-se para o Pica quando transitou para o futebol sénior, mas regressou aos justiceiros no verão de 2004 e por lá permaneceu durante 13 anos.
Ao longo desse período viveu uma descida à III Divisão Nacional em 2007-08, uma subida à II Divisão B em 2009-10, uma promoção à II Liga em 2015-16 e uma despromoção ao Campeonato de Portugal em 2016-17.
No que concerne ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, totalizou 93 partidas (92 a titular) e seis remates certeiros entre 2013 e 2016, despedindo-se do clube e da carreira de futebolista em 2017, aos 34 anos.
 
 
 

4. Silvestre (94 jogos)

Silvestre
Médio canhoto natural de Brito, concelho de Guimarães, despontou nos Caçadores das Taipas e passou por União de Leiria, Tourizense, Pampilhosa e Moreirense antes de vestir a camisola do Fafe pela primeira vez entre 2009 e 2011, tendo contribuído para a promoção à II Divisão B em 2009-10.
Em 2011-12 representou a União da Madeira, mas na temporada que se seguiu regressou ao emblema fafense.
Entre 2013 e 2016 somou 94 partidas (92 a titular) e 21 golos no Campeonato de Portugal, tendo ajudado os justiceiros a alcançar a promoção à II Liga em 2015-16.
Em 2016-17 mostrou-se impotente para impedir a descida de divisão ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores e logo a seguir transferiu-se para o Brito, numa altura em que já tinha 33 anos.
 
 
 

3. João Nogueira (95 jogos)

João Nogueira
Médio ofensivo natural de Fafe e formado na Associação Desportiva de Fafe, esteve emprestado ao Arões na primeira época de sénior, em 2005-06, mas depois voltou aos justiceiros para se estabelecer na equipa principal durante onze anos.
Ao longo desse período viveu uma descida à III Divisão Nacional em 2007-08, uma subida à II Divisão B em 2009-10, uma promoção à II Liga em 2015-16 e uma despromoção ao Campeonato de Portugal em 2016-17.
No que concerne ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, amealhou 95 partidas (94 a titular) e oito golos entre 2013 e 2016. Quando subiu à II Liga, cumpriu a promessa, tal como Vasco Cruz, de percorrer 40 quilómetros a pé ao São Bentinho da Porta Aberta, um local emblemático para muitos peregrinos em Terras de Bouro.
No verão de 2017 transferiu-se para o Juventude de Pedras Salgadas, após não ter sido convidado a renovar. “É com as lágrimas no rosto que escrevo este texto, mas tenho valores que os meus pais me passaram, dos quais não abdico por nada deste mundo… Mais uma vez esperei pelo Fafe até ao limite, nunca falei com outros clubes sem falar primeiro com quem dirigia o meu clube, mas não posso continuar à espera do que não vai chegar. Abdiquei de muitos direitos para jogar no Fafe. Engoli sapos, defendi na praça pública decisões indefensáveis daqueles que gerem o clube. Ao contrário do que fizeram comigo, nunca os difamei em restaurantes, cafés, etc. Falam em limpeza de balneário como se os que estavam cá há mais anos fossem o ‘lixo’ do clube. Esse ‘lixo’ abdicou de muitos direitos para jogar no Fafe, fez por manter o grupo unido quando quem dirige o clube só o dividia e nem sequer fez greve uma única vez mesmo com meses de salário em atraso! Talvez por ser assim, direto, frontal e defensor dos meus colegas, tenha saído prejudicado. Estou de rastos e lamento profundamente ter que sair desta forma. Com uma descida de divisão com um plantel que tinha tudo para ficar numa zona tranquila da tabela. Sem uma palavra de agradecimento ou, no mínimo, a frontalidade que se exigia de me dispensarem para poder seguir a minha vida profissional. Pelo Fafe sempre, com o Fafe eternamente!”, escreveu no Facebook aquando da despedida.
No entanto, regressou ao Fafe em 2021-22 para competir na Liga 3, depois de passagens por Sp. Covilhã, Limianos, Bragança e Brito.
 
 
 

2. André (97 jogos)

André
Defesa central/médio defensivo internacional jovem português, sagrou-se campeão europeu de sub-16 em 2000 ao lado de Bruno Vale, Raul Meireles, Hugo Viana, Custódio e Quaresma. Produto da formação do Sp. Braga, chegou a ser convocado por Jesualdo Ferreira para a equipa principal dos bracarenses, mas acabou por não ir a jogo.
Sem espaço na Pedreira, passou dois anos no Maria da Fonte antes de iniciar, no verão de 2008, uma aventura de nove anos no Fafe. Depois de subir à II Divisão B em 2010, totalizou 97 encontros (todos como titular) e dois golos no Campeonato de Portugal entre 2013 e 2016, tendo contribuído para a promoção à II Liga em 2015-16.
No verão de 2017, após a estreia nas ligas profissionais aos 33 anos e a descida de divisão ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores, transferiu-se para o Juventude de Pedras Salgadas.
 
 
 

1. Ferrinho (187 jogos)

Ferrinho
Extremo canhoto natural de Fafe, passou por Fornelos e Atei antes de ingressar na Associação Desportiva de Fafe no verão de 2018, tendo iniciado aí um percurso de 14 anos no principal clube da terra.
Depois de vivenciar uma subida à II Divisão B em 2009-10, somou 90 encontros (86 a titular) e 14 golos no Campeonato de Portugal entre 2013 e 2016, tendo contribuído para a promoção à II Liga em 2015-16.
Em 2016-17 fez a estreia nas ligas profissionais, aos 30 anos, mas mostrou-se impotente para impedir a despromoção ao anteriormente denominado Campeonato Nacional de Seniores.
Nas quatro temporadas que se seguiram amealhou mais 97 partidas (49 a titular) e cinco remates certeiros no Campeonato de Portugal, ajudando os justiceiros a alcançar a fase de promoção à II Liga em 2018-19 e a conseguir o apuramento para a edição inaugural da Liga 3 e a atingir os oitavos de final da Taça de Portugal em 2020-21.
“O Fafe acolheu-me bem, é um clube respeitador e tenho um orgulho enorme em representar este clube. Nunca me faltou com nada, vai ficar para toda a vida”, afirmou ao jornal O Jogo em outubro de 2021. “Muito sinceramente, sinto-me como um rei de Fafe. Já dei muito a este clube e vou continuar a dar. Sinto muito esta camisola, dou tudo de mim em campo e este é, sem dúvida, o meu grande amor. Esta é a pura realidade”, acrescentou.
No verão de 2022, após uma época a competir ao serviço dos fafenses na Liga 3, mudou-se para o Arões.
 










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