terça-feira, 18 de outubro de 2022

Os 10 jogadores com mais jogos pela U. Santiago na II Divisão

Dez figuras históricas do União de Santiago do Cacém
Fundada a 18 de outubro de 1938, a União Sport Club de Santiago do Cacém viveu o período de maior fulgor da sua história entre o final da década de 1980 e o início da de 1990, quando participou por três vezes na II Divisão e quatro na II Divisão B.
 
Após uma longa travessia nos campeonatos distritais da Associação de Futebol de Setúbal, o emblema do Litoral Alentejano chegou à III Divisão Nacional em 1974 e à II Divisão em 1986, tendo competido durante três épocas consecutivas no segundo escalão nacional, concluindo sempre o campeonato da Zona Sul entre o 13.º e o 16.º lugar.
 
Após a reformulação dos quatros competitivos em Portugal em 1990, os santiaguenses foram inseridos na II Divisão B, tendo obtido um terceiro lugar em 1991-92 – foi o mais perto que o clube esteve de chegar às ligas profissionais.
 
Desde 2005 remetidos nos distritais setubalenses, os unionistas contabilizam três títulos de campeão da AF Setúbal (1973-74, 1983-84 e 2001-02) e 27 presenças na Taça de Portugal, tendo defrontado o FC Porto nas Antas em 1975 (0-6).
 
Vale por isso a pena recordar os dez futebolistas com mais jogos pela União de Santiago na II Divisão.
 
 

10. Silvério (51 jogos)

Silvério
Um filho da terra e um produto da formação da União de Santiago, que ascendeu à equipa principal em 1978-79, então na III Divisão. Em 1981 mudou-se para o vizinho e rival Vasco da Gama de Sines, mas voltou ao Miróbriga dois anos depois para contribuir para duas promoções, à III Divisão em 1984 e à II em 1986.
Os bons desempenhos deste médio captaram a atenção do Belenenses, que lhe deu a possibilidade de se tornar profissional e jogar na I Divisão em 1986-87, tendo até sido alvo de uma utilização bastante razoável.
Porém, no final dessa temporada regressou a Santiago do Cacém, tendo amealhado 51 jogos (42 a titular) e cinco golos na II Divisão entre 1987 e 1989, mostrando-se impotente para evitar a descida à III Divisão.
Haveria de permanecer no clube até 1995, despedindo-se da carreira de futebolista com nova descida à III Divisão.
 
 

9. Batista (52 jogos)

Batista
Avançado brasileiro natural de Fortaleza, entrou no futebol português precisamente pela porta do União de Santiago do Cacém e acabaria por se tornar no melhor marcador de sempre do clube na II Divisão, com 15 golos.
Na primeira época no emblema do Litoral Alentejano, em 1986-87, atuou em 21 partidas (19 a titular) e faturou por oito vezes no campeonato, diante de Olhanense, Estrela da Amadora, Samora Correia (dois), Esperança de Lagos, Cova da Piedade, Estoril e Vitória de Setúbal, ajudando os unionistas a assegurar a permanência.
Valorizado, deu o salto para o Gil Vicente, mas em 1988-89 regressou aos santiaguenses para participar em 31 encontros (24 a titular) e apontar sete golos na II Divisão, frente a Olhanense (dois), Olivais e Moscavide, Alverca, Esperança de Lagos (dois) e Torreense, ainda assim insuficientes para evitar a descida à III Divisão.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao Samora Correia na companhia de Jorge Chow. Porém, em 1991-92 regressou ao União de Santiago do Cacém para competir na II Divisão B, numa época em que contabilizou 16 remates certeiros.
 
 

8. Januário (64 jogos)

Januário
Defesa central natural de Beja, fez a formação no Despertar, mas iniciou o seu percurso como sénior no Desportivo de Beja, tendo ainda passado por Lusitano Évora e Vasco da Gama de Sines antes de ingressar no União de Santiago do Cacém no verão de 1984.
Na segunda época nos unionistas alcançou a subida à II Divisão Nacional, patamar em que amealhou 64 encontros (59 a titular) entre 1986 e 1989, não conseguindo impedir a descida à III Divisão.
Haveria de permanecer mais dois anos no clube, tendo contribuído para a promoção à II Divisão B em 1990.
No verão de 1991 transferiu-se para O Grandolense na companhia de Dinis, Fã e Russo.
 
 

7. Flávio (69 jogos)

Flávio
Médio nascido na Guiné-Bissau, fez praticamente toda a carreira no Litoral Alentejano. Após ter concluído a formação e iniciado o trajeto no futebol sénior ao serviço do Vasco da Gama de Sines, passou pela primeira vez pela União de Santiago em 1985-86.
Na temporada seguinte representou o Juventude Évora, mas logo a seguir voltou ao Miróbriga para totalizar 69 partidas (67 a titular) e seis golos na II Divisão Nacional entre 1987 e 1989, não conseguindo impedir a descida à III Divisão.
Até se transferir para o Alcacerense em 1995 na companhia de Manuel, haveria de alcançar ainda duas subidas à II Divisão B (1990 e 1994) e duas descidas à III Divisão (1993 e 1995).
 
 

6. Toninho (69 jogos)

Toninho
Disputou o mesmo número de jogos de Flávio, mas amealhou mais 33 minutos em campo – 5936 contra 5903.
Lateral esquerdo natural de Santiago do Cacém e formado no União, transitou para a equipa principal, tendo competido na III Divisão e no campeonato distrital da AF Setúbal antes de totalizar 69 jogos (68 a titular) e um golo (ao União da Madeira, em 1986-87) na II Divisão B entre 1987 e 1989, não conseguindo evitar a despromoção na época de despedida.
Após a descida de divisão mudou-se para o Alcacerense, tendo ainda atuado noutro emblema santiaguense, o Deixa-o-Resto, antes de encerrar a carreira.
 
 

5. Dinis (70 jogos)

Dinis
Guarda-redes formado no Vitória de Setúbal ao lado de Venâncio, passou por Praiense, Comércio e Indústria e Benfica Castelo Branco antes de ingressar no União de Santiago do Cacém no verão de 1985.
Na primeira época no clube alcançou a subida à II Divisão Nacional, patamar em que amealhou 70 partidas (todas como titular) e 101 golos sofridos ao longo de três temporadas, não conseguindo evitar a descida à III Divisão em 1989.
Após a despromoção permaneceu mais dois anos no emblema do Litoral Alentejano, tendo festejado a subida à II Divisão B em 1990.
No verão de 1991 transferiu-se para O Grandolense na companhia de Januário, Fã e Russo.
 
 

4. Ferreirinha (71 jogos)

Ferreirinha
Extremo de baixa estatura, mas rápido e habilidoso natural de Ermidas do Sado, no concelho de Santiago do Cacém, começou a jogar futebol em pequenos clubes da sua área de residência, como Vitória Ermidense, Alvaladense e Lousalense.
Em 1983 mudou-se para o União e por lá se manteve até 1997, quando pendurou as botas, tornando-se capitão e figura importante na história do emblema santiaguense, além de ter subido de divisão por quatro vezes e descido em três ocasiões.
Em termos de II Divisão Nacional totalizou 71 encontros (67 a titular) e dez golos pelo conjunto do Litoral Alentejano ao longo de três épocas, não conseguindo evitar a descida à III Divisão em 1989.
Noutras temporadas, também vestiu a camisola dos unionistas nos distritais da AF Setúbal, na III Divisão e na II Divisão B.
 
 

3. Hipólito (76 jogos)

Hipólito
Defesa cabo-verdiano que no seu país representou o Boavista da Praia, entre outros, só vestiu a camisola do União de Santiago do Cacém em Portugal, curiosamente nas três épocas em que o clube do Litoral Alentejano militou na II Divisão Nacional, ou seja, entre 1986-87 e 1988-89.
Nesse período totalizou 76 encontros (63 a titular) no campeonato, mostrando-se impotente para evitar a descida à III Divisão em 1989.
 
 

2. Zé Rui (77 jogos)

Zé Rui
Defesa central internacional cabo-verdiano que no seu país representou o Sporting da Praia, reforçou o União de Santiago do Cacém em janeiro de 1987.
Com impacto imediato na equipa, tornou-se rapidamente titular, tendo totalizado 77 encontros (todos no onze inicial) e oito golos na II Divisão no espaço de dois anos e meio, mostrando-se impotente para evitar a descida à III Divisão em 1989.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao O Elvas.
 
 


1. Nélson Raimundo (94 jogos)

Nélson Raimundo
Jogador polivalente, capaz de atuar como lateral direito e fazer várias posições do meio-campo, foi campeão nacional de juniores no Benfica ao lado de José Carlos e transitou diretamente da formação das águias para os seniores do União de Santiago no verão de 1986.
Nas três primeiras temporadas no clube amealhou 94 partidas (93 a titular) e seis golos na II Divisão Nacional, não conseguindo evitar a descida à III Divisão em 1989.
Em 1992 transferiu-se para O Elvas na companhia de Briguel, passando ainda pelo Vasco da Gama de Sines antes de regressar ao Miróbriga em 1994-95, temporada em que se mostrou uma vez mais impotente para evitar a despromoção à III Divisão.
Muito penalizado por uma lesão grave no joelho direito, haveria de se manter no clube até 1997, quando se mudou para o Alcacerense juntamente com Nuno Pereira, Marinho e Jorge Pereira.












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