A minha primeira memória de… um jogo entre Newcastle e Everton

Fellaini e Jonas Gutiérrez disputam a bola em Goodison Park

Numa altura em que era completamente vidrado na Premier League, passei a noite de segunda-feira de 17 de setembro de 2012 a assistir a um encontro entre duas equipas candidatas a ficar na primeira metade da tabela classificativa, até porque frente a frente estavam o 7.º classificado (Everton) e o 5.º (Newcastle) da época anterior.

 

Eram bons tempos para ambas as equipas. Os toffees, orientados por David Moyes, tinham nas suas fileiras jogadores internacionais como o guarda-redes norte-americano Tim Howard, o central inglês Phil Jagielka, o lateral esquerdo inglês Leighton Baines, o médio inglês Phil Neville, o médio belga Marouane Fellaini, o extremo belga Kevin Mirallas, o médio ofensivo sul-africano Steven Pienaar e o avançado croata Nikica Jelavic. Já os magpies, comandados por Alan Pardew, tinham como principais estrelas os avançados senegaleses Papiss Cissé e Demba Ba, mas havia outros jogadores internacionais como o defesa argentino Fabricio Coloccini (que se encontrava lesionado), o lateral italiano Davide Santon, o médio argentino Jonás Gutiérrez e os médios franceses Yohan Cabaye e Hatem Ben Arfa.

 

Num encontro animado, o Everton começou melhor, com Baines a abrir o ativo aos 15 minutos após bonita combinação com Pienaar. À passagem da meia hora, a formação de Liverpool, que jogava em casa, esteve perto do 2-0, com Jagielka a acertar no poste.

 

Ao intervalo, Alan Pardew fez Demba Ba saltar do banco e o senegalês correspondeu, tendo apontado o golo do empate logo aos 49’, a passe de Cabaye. Pienaar voltou a fazer uma assistência para um golo dos toffees, ao servir Anichebe para o 2-1 (88’), mas ao cair do pano Demba Ba voltou a restabelecer a igualdade, a passe de Shola Ameobi (90’).

 

Num jogo em que foram anulados dois golos limpos ao Everton, um por alegado fora-de-jogo e outro em que a equipa de arbitragem não viu a bola ultrapassar completamente a linha de baliza, destaquei numa crónica redigida para este blogue que os “comandados por David Moyes entraram muito fortes, bastante pressionantes, agressivos e com caudal ofensivo, perante a passividade e desconcentração do Newcastle”. “Até ao intervalo, a toada manteve-se, no entanto, na segunda parte, com a entrada de Demba Ba, a passagem do 4x2x3x1 para 4x4x2, troca de posições entre Perch e Anita, e uma aposta mais concreta no jogo direto, os magpies entraram com outra atitude e conseguiram chegar à igualdade”, prossegui. “A partir daí, assistiu-se a um grande jogo de futebol, com qualidade, emoção e até polémica, fruto dos tais dois golos invalidados ao Everton”, pode ler-se.

 

Individualmente salientei o estilo “muito ofensivo e intenso” de Baines, a inteligência, “visão de jogo e capacidade de passe” de Pienaar, a estampa física e qualidade técnica de Fellaini, o “recorte técnico” de Ben Arfa e os dois golos de Demba Ba em 45 minutos.

 

O empate neste referente à 4.ª jornada da Premier League permitiu a ambas as equipas prosseguir a meio da tabela: o Everton em 7.º lugar com sete pontos, o Newcastle em 11.º com cinco.