segunda-feira, 2 de junho de 2025

Recorde aqui grandes jogos da Taça de Portugal

Taça de Portugal foi implementada em 1938-39
Tomba-gigantes, triunfos inéditos, reviravoltas épicas, jogos marcados por grandes golos, goleadas que não estavam no programa, recordes, duelos renhidos entre titãs e muito mais. Tem sido essa a toada da apaixonante Taça de Portugal.
 
Recorde aqui alguns dos grandes jogos da história da prova.
 
 



23/05/1971 – Oitavos de final
Sporting 21-0 Mindelense
Numa altura em que as antigas colónias faziam parte de Portugal, representantes dos territórios ultramarinos entravam em cena na Taça de Portugal nos oitavos de final. Em 1970-71, calhou aos cabo-verdianos do Mindelense visitar o Sporting de Fernando Vaz no Estádio José Alvalade.
A equipa africana jogou pela primeira vez num relvado e foi brindada com aquela que ainda hoje é a maior goleada da história da prova: 21-0! Fernando Peres marcou sete golos e Figueiredo seis. Pedras apontou um e Fernando Tomé bisou, ao passo que Chico Faria e Marinho terminaram o jogo com um golo cada.
"O assédio inicial do Sporting ao reduto defensivo do clube de Cabo Verde havia de repetir-se por todo o espaço de tempo numa manifestação de superioridade e de nível técnico do conjunto leonino que depois o volumoso resultado confirmaria [...] algumas vezes chegaram à baliza do Damas e até poderiam ter marcado um ou dois golos não fosse a atrapalhação que movia os avançados do Mindelense nas ocasiões soberanas", escreveu o Diário de Notícias na crónica do jogo, onde a grande maioria do espaço foi dedicado a descrever os golos marcados pelos leões.
Desse encontro, Tomé recorda a generosidade dos cabo-verdianos. “Estavam verdadeiramente fascinados por estar no mesmo relvado que algumas figuras. Tratavam os internacionais por senhor. Era senhor Damas para aqui, senhor José Carlos para ali, senhor Peres para acolá. E, para cúmulo, nunca tinham jogado futebol num relvado, só em pelados. Imagina o desconforto, não é? Nem nunca tinham jogado com tanta gente no estádio”, afirmou ao jornal I, recordando a troca de guarda-redes na equipa adversária e o despique entre Peres e Figueiredo: “Ao intervalo havia 13-0. Saiu um [Funa], entrou outro [Armando], que sofreu mais oito, mas que fez uma grande exibição. Olhe, ainda evitou uns quantos… E a verdade é que também ficou só 21 a zero porque o Peres e o Lourenço entretiveram-se a rematar à baliza a torto e a direito para conseguirem o maior número de golos possível. Eles queriam bater recordes pessoais e até do clube.”

Jogadores de Sporting e Mindelense conviveram antes e depois do jogo


29/05/1982 – Final
Sporting 4-Sp. Braga
O dia em que o Sporting, sob a orientação de Malcolm Alisson e liderado em campo pelo tridente ofensivo composto por António Oliveira, Manuel Fernandes e Rui Jordão, venceu a 11.ª Taça de Portugal e completou a quinta dobradinha.
Após eliminar Loures (3-0), Oliveira do Bairro (2-1), Boavista (3-2), Belenenses (1-0), Penafiel (3-0) e Ginásio de Alcobaça (2-1) na caminhada até à final da Taça de Portugal, os leões golearam o Sp. Braga de Quinito no Jamor por 4-0.
Oliveira bisou (37 e 86 minutos), enquanto Manuel Fernandes (66’) e Jordão (71’) marcaram os restantes golos.
 


03/06/1990 – Finalíssima
Numa rara final que não envolveu qualquer um dos chamados três grandes, Estrela da Amadora e Farense necessitaram de um segundo jogo para apurar o vencedor da Taça de Portugal, depois de um empate a um golo no primeiro duelo no Jamor, a 27 de maio.
Diante de um conjunto algarvio orientado pelo espanhol Paco Fortes e que tinha acabado de garantir a subida à I Divisão, os tricolores comandados por João Alves aplicaram a lei do mais forte e venceram por 2-0, com bonitos golos de fora da área por parte de Paulo Bento aos 30 minutos e de Ricardo Lopes aos 63’.
 

em atualização






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