Atlético visitou por três vezes o FC Porto desde 2000 |
Um histórico que contabiliza 24
presenças na I
Divisão, chegou a obter o 3.º lugar no campeonato em 1943-44 e 1949-50 e
esteve nas finais da Taça
de Portugal em 1945-46 e 1948-49, o Atlético
Clube de Portugal está afastado do primeiro
escalão desde 1976-77, mas desde então que tem defrontado por várias vezes
equipas do patamar
maior do futebol português.
2000-01: 4.ª eliminatória
Numa altura em que o Atlético
militava na II Divisão B, era orientado pela glória benfiquista
António Veloso e tinha nas suas fileiras jogadores com passagens pela I
Divisão como o central Pedro Valido, o lateral direito José Carlos, o médio
Filipe e o extremo Amaral,
visitou o Estádio das Antas depois de eliminar Atlético
e Maia
nas rondas anteriores.O FC Porto de Fernando Santos, que era detentor do troféu, abriu o ativo no final da primeira parte, por intermédio de um chapéu de Capucho, e chegou ao 2-0 à passagem da hora de jogo, através de Pizzi, a passe de Chaínho. À beira do apito final Nélson reduziu para os alcantarenses (89’), num cabeceamento após canto de Fajardo.
“Uma exibição útil do FC Porto bastou para resolver o problema da passagem à quinta eliminatória da Taça de Portugal. Diante de um adversário com história no futebol nacional, os dragões foram diligentes profissionais. Com uma equipa recheada de jogadores que habitualmente não são titulares, a gestão do esforço foi cuidada, o que permitiu ao Atlético manter o seu reduto incólume quase até ao final do primeiro tempo. Mesmo cumprindo a obrigação de jogar ao ataque, os portistas estiveram longe da agressividade que tem caracterizado as suas exibições a outros níveis de competição. O aproveitamento mortífero que fez a imagem de marca do dianteiro Pena, ou da própria equipa diante de Aves e Espanyol, deu lugar a uma versão muito mais distendida. O hispano-argentino Pizzi funcionou, aliás, como paradigma, reclamando para si o direito a errar seis remates como contraponto ao golo que conseguiu colocar no registo pessoal”, escreveu o jornal Record.
2001-02: 4.ª eliminatória
Vitória
de Setúbal 2-1 Atlético (17
de novembro de 2001)
Um ano depois da visita às Antas,
uma deslocação ao Estádio
do Bonfim, outro dos palcos míticos do futebol nacional.Ao contrário do que havia acontecido no Porto, os alcantarenses então orientados por José Rachão marcaram primeiro, por Dieb, a passe de Luís Carlos, logo aos onze minutos.
A vantagem da equipa lisboeta durou até ao início da segunda parte, quando Hugo Alcântara, no seguimento de um livre, empatou para os sadinos então orientados por Jorge Jesus (54’). E, ao cair do pano, o guarda-redes do Atlético, João Paulo, marcou um autogolo na sequência de um cruzamento de Jean Paulista (88’).
“Esteve quase a acontecer Taça, ontem, no Bonfim, num jogo revivalista que juntou duas equipas com história no futebol português e que não se encontravam desde a temporada 1975/76, altura em que os sadinos receberam e venceram os lisboetas por 3-1, em jogo do Campeonato Nacional da I Divisão. O Atlético, agora na II Divisão B Zona Sul, esteve em vantagem durante 51 minutos, perdeu por mais de uma vez o ensejo de dilatar a vantagem (Gilmar, 25’, e Vasco Varão, 33’), e não fosse um lance infeliz do guarda-redes João Paulo, ao minuto 88, o mais certo era o encontro ir a prolongamento, ficando adiada, pelo menos por mais meia hora, a resolução da partida”, escreveu o Record.
2003-04: 4.ª eliminatória
Em 2003-04 o Atlético
de Luís Perdigão militava na III Divisão Nacional – e viria a alcançar a
promoção à II Divisão B –, mas nem o estatuto de equipa do quarto escalão do
futebol português impediu os alcantarenses
de fazer frente àquela que estava a ser uma das equipas-sensação da I
Liga, o Rio
Ave de Carlos Brito.Valeu aos vila-condenses o golo solitário de Evandro, à passagem do minuto 58.
“Um golo de Evandro colocou com justiça o Rio Ave na eliminatória seguinte da Taça de Portugal. Os vila-condenses eram favoritos; só que, para o provarem, foram obrigados a passar por enormes dificuldades. É que o Atlético, apesar de disputar um escalão muito inferior, ainda não tinha perdido em casa esta época, e lutou até final por um desfecho diferente. Não se pode dizer que a vitória do Rio Ave tenha sido anormal. Foi o conjunto que dominou nas fases importantes da partida, que mais atacou, que marcou tal como lhe competia e que seguiu em frente na competição. Vandinho (6'), Paulo César (24'), Evandro (25') e Bruno Mendes (42'), procuraram, mas não conseguiram o golo na primeira parte, sendo também certo que, do lado do Atlético, os experientes Sabugo (7') e Renato (30') chegaram com perigo à baliza de Candeias”, escreveu o Record.
2006-07: 4.ª eliminatória
Seis épocas depois, FC
Porto e Atlético
voltaram a encontrar-se na Taça
de Portugal, também na cidade Invicta, mas desta feita no Estádio do
Dragão.Depois de uma primeira parte sem golos, David da Costa adiantou os alcantarenses, então orientados por Toni Pereira e a militar na II Divisão B, à passagem da hora de jogo, num lance algo atabalhoado e no qual Vítor Baía – a poucos meses de encerrar a carreira – não ficou isento de culpas.
Ao cair do pano, Ricardo Quaresma dispôs se uma grande penalidade que poderia dar o empate aos dragões de Jesualdo Ferreira, mas acertou no poste.
2006-07: Oitavos de final
Depois de eliminar o FC
Porto no Dragão, o Atlético
de Toni
Pereira afastou o Santa
Clara, da II
Liga, na Tapadinha.Nos oitavos de final, houve lugar a novo duelo frente a uma equipa da I Liga, desta feita a Académica, comandada por Manuel Machado.
A turma lisboeta voltou a bater-se muito bem, mas sucumbiu no final dos 90 minutos, com Cláudio Pitbull, curiosamente um jogador emprestado pelos dragões, a marcar o golo solitário da briosa ao cair do pano.
“A Académica continua na Taça de Portugal graças à sua maior maturidade competitiva, através da qual Manuel Machado soube ir gerindo os acontecimentos na Tapadinha, deixando que o adversário gastasse todas as munições e forças para, no final, atiçar-lhes com um “esfomeado”... Pitbull! O Atlético tudo fez para se manter em competição, lutando com garra e determinação, apesar de nem sempre com a manha necessária para fazer das suas fraquezas forças. O empenho dos lisboetas foi total e com isso o jogo ganhou emoção, assistindo-se a um desafio repartido no domínio de jogo e nas ocasiões de golo, apesar de os estudantes terem chegado a meter a bola na baliza ainda na primeira parte, numa cabeçada de Joeano na sequência de um pontapé de canto, mas Augusto Duarte não validou por alegada falta do avançado alvinegro”, escreveu o Record.
2007-08: 4.ª eliminatória
Atlético
0-1 Vitória
de Guimarães (9 de dezembro de 2007)
Numa altura em que o Atlético
era orientado por Carlos Manuel e se estava a estabelecer como um dos
principais candidatos à subida à II
Liga na série mais a sul da II Divisão B, a Tapadinha recebeu a visita do Vitória
de Guimarães de Manuel Cajuda, que na altura estava a fazer uma época
extraordinária na I
Liga, ao ponto de ter terminado o campeonato no 3.º lugar.Ainda assim, os alcantarenses venderam cara a derrota, tendo resistido durante mais de uma hora e disposto de uma grande penalidade no final da primeira parte, com Simões a permitir a defesa de Nilson. Contudo, um autogolo de Rolão aos 63 minutos apurou os vimaranenses para a quinta eliminatória.
“O Vitória de Guimarães eliminou um Atlético que, na temporada passada, tinha feito história ao afastar o FC Porto da Taça de Portugal. Os vimaranenses não foram brilhantes, mas mantiveram o controlo da partida, num ritmo quase sempre baixo e onde a paciência foi uma virtude. Paciência essa que teve como prémio um autogolo de Rolão, já na segunda parte. O Guimarães, certamente ainda a recordar que, na última época, caiu no terreno do modesto Mafra, pôde então respirar mais um pouco, segurando uma vantagem difícil de conseguir”, resumiu o jornal O Jogo.
2009-10: 3.ª eliminatória
Atlético
0-2 Vitória
de Setúbal (18 de outubro de 2009)
Dois anos depois na receção ao Vitória
de Guimarães, a Tapadinha recebeu a visita de outro
Vitória, o de Setúbal, na altura comandado pela antiga glória sadina Quim.Ao contrário de ocasiões anteriores, o Atlético, então comandado por Toni Pereira e ainda a militar na II Divisão B, sofreu um golo ainda nos primeiros minutos, curiosamente por intermédio de um antigo jogador dos alcantarenses, o médio ofensivo Vasco Varão (oito minutos). Luís Carlos fez o segundo golo dos setubalenses pouco depois da hora de jogo (63’).
“Os sadinos foram à mítica Tapadinha marcar o mesmo número de golos que lograram em sete jornadas na I Liga: dois. Concretizações que serviram não só para eliminar o Atlético da prova, mas, também, para afastar o fantasma da concretização. Mas se esse é um dos problemas de fundo de um conjunto em apuros na I Liga, o outro (tentos sofridos), foi disfarçado num jogo em que os sadinos ficaram a dever apenas a si um resultado mais dilatado”, resumiu o jornal O Jogo.
2010-11: Oitavos de final
Numa temporada marcada pela
promoção à II
Liga, o Atlético
de Toni
Pereira visitou o Rio
Ave de Carlos Brito nos oitavos de final da Taça
de Portugal e saiu de Vila do Conde goleado.No espaço de pouco mais um quarto de hora, os vila-condenses apontaram quatro golos no final da primeira parte, por Yazalde aos 29 e 36 minutos, Bruno Gama aos 42’ e Éder Fernandes aos 44’. No segundo tempo Rolão apontou o tento de honra dos alcantarenses (55’).
“O Rio Ave está pela segunda época consecutiva nos quartos-de-final da Taça de Portugal. Depois de há um ano terem chegado às meias-finais, onde foram afastados pelo FC Porto, os vila-condenses voltam a estar muito perto de atingir o sonho de estar no Jamor pela segunda vez na sua história. Para se aproximar desse feito de 1984, o Rio Ave contou com um Yazalde inspiradíssimo, que depois de ter marcado ao Estrela de Vendas Novas e ao Feirense, bisou diante do Atlético – igualou João Tomás com sete golos esta temporada –, começando assim a destruir o sonho de um adversário que ainda não tinha perdido esta época”, escreveu o jornal O Jogo.
2013-14: Oitavos de final
Sete anos após ter chocado o país,
o Atlético,
então a militar na II
Liga e com Professor Neca como treinador, voltou ao Dragão, mas saiu de lá expressivamente
goleado.A resistência alcantarense durou apenas 24 minutos. Depois Silvestre Varela inaugurou o marcador, tendo Steven Defour ampliado a vantagem dos azuis e brancos, então orientados por Paulo Fonseca, ainda antes do intervalo (37’). No segundo tempo, Fábio Marinheiro na própria baliza (46’), novamente Varela (43’), Otamendi (75’) e Kelvin (90’) engordaram o triunfo portista.
“O jogo resume-se numa ideia: foi somar e seguir. Fantasmas de eliminações passadas, nem vê-los, porque do outro lado não esteve o Atlético da Tapadinha, mas um Atlético de tapadinhos, encolhido num sistema arcaico que até teve num médio (Marco Bicho) a unidade mais adiantada. É certo que o futebol não se joga com lirismos, mas a história também não é assim tão generosa na recompensa a quem só pensa pequenino. O pior ataque da II Liga saiu do Dragão de saco cheio, porque à natural qualidade do FC Porto se associou um bloco defensivo gelatinoso e algumas exibições individuais risíveis”, resumiu o jornal O Jogo.
2014-15: 4.ª eliminatória
Ainda com o Atlético
na II
Liga, o último jogo entre os alcantarenses
e uma equipa da I
Divisão foi frente ao Marítimo
na Tapadinha.Os lisboetas, comandados por Rui Nascimento, ainda mantiveram a baliza inviolada durante a primeira parte, mas no segundo tempo os madeirenses então orientados por Leonel Pontes aplicaram a lei do mais forte. Johnny Vidales inaugurou o marcador aos 52 minutos e Dyego Sousa ampliou a vantagem aos 76’.
“O Marítimo apurou-se para os oitavos de final da Taça de Portugal ao vencer por 2-0 o Atlético, na Tapadinha. Um resultado que não desenha com total realismo o que aconteceu durante os 90’, uma vez que a equipa de Alcântara dispôs de várias oportunidades, sobretudo na parte final. A equipa da casa ‘só’ cometeu um grande pecado: ter acordado tarde. Com um trio (Ibrahim, Manuel Liz e Luís Cortez) pouco rotinado e ainda menos ativo no meio-campo, o Atlético deixou o Marítimo mandar durante 60 minutos, altura em que conseguiu finalmente fazer o primeiro remate à baliza de Salin. Pouco antes, Vidales tinha aberto o ativo após um erro de Mbemba, a deixar passar um centro de Rúben Ferreira (melhor em campo)”, escreveu o jornal O Jogo.
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