quinta-feira, 15 de abril de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Lusitano VRSA na II Liga

Lusitano VRSA participou na edição inaugural da II Liga
Fundado a 15 de abril de 1916, o Lusitano Futebol Clube é popularmente conhecido como Lusitano Vila Real de Santo António ou simplesmente Lusitano VRSA.
 
Um dos principais emblemas do Algarve até meados da década de 1950, tornou-se o segundo clube da região a chegar à I Divisão, em 1947, iniciando aí um percurso de três anos consecutivos entre a elite do futebol português. Essas foram, aliás, as únicas participações dos diabos algarvios no primeiro escalão. Logo na época de estreia, foi alcançada a melhor classificação de sempre do clube: o 11.º lugar.
 
Paralelamente, foi nessa altura que o Lusitano VRSA obteve a sua melhor participação na Taça de Portugal, tendo chegado aos quartos de final em 1948-49, acabando eliminado pelo Atlético.
 
Desde então que o emblema de Vila Real de Santo António ficou remetido para as divisões secundárias, incluindo as distritais, onde atualmente compete. Em 1990-91 disputou a primeira edição da II Liga, terminando na 19.ª e penúltima posição. 
 
Nessa temporada, 22 jogadores vestiram a camisola do clube sotaventino. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram mais vezes.
 
 

10. José Augusto (26 jogos)

José Augusto
Defesa central/médio defensivo que foi formado e despontou no Varzim, deixou o clube de sempre em 1990 para se aventurar em terras algarvias.
Na única temporada que passou no Lusitano VRSA disputou 26 jogos (25 a titular) na II Liga, mostrando-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão regressou ao norte de Portugal para vestir a camisola do Esposende.
 
 

9. Craveiro (28 jogos)

Craveiro
Médio natural de Albergaria-a-Velha, no distrito de Aveiro, e que jogou ao lado de Carlos Xavier e Mário Jorge nos juniores do Sporting, passou por clubes como Recreio de Águeda, Oliveirense, Beira-Mar, Sp. Covilhã e União de Leiria antes de assinar pelo Lusitano VRSA no verão de 1990.
Na única temporada em que representou os algarvios atuou em 28 jogos (25 a titular) na II Liga, mas mostrou-se impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão regressou à zona de Aveiro.
 
 


8. Fernandes (29 jogos)

Fernandes
Médio brasileiro de características ofensivas, entrou no futebol português precisamente do Lusitano VRSA em 1988-89, numa altura em que o emblema sotaventino militava na III Divisão.
Na primeira época em Vila Real de Santo António subiu à II Divisão e na temporada seguinte ajudou os algarvios a assegurarem uma vaga na edição inaugural da II Liga.
No reformulado segundo escalão foi utilizado em 29 partidas (20 a titular) e marcou um golo ao O Elvas, insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu no Algarve, mas mudou-se para o Barlavento para vestir a camisola do Esperança de Lagos.
 
 

7. Carrada (29 jogos)

Carrada
Disputou o mesmo número de jogos de Fernandes, mas amealhou mais 603 minutos em campo – 2579 contra 1976.
Defesa lateral formado no Olhanense, passou quatro anos na equipa principal do clube de Olhão antes de reforçar o Lusitano VRSA no verão de 1987, quando o emblema raiano militava na III Divisão.
Na segunda época em Vila Real de Santo António subiu à II Divisão e na temporada seguinte ajudou os algarvios a assegurarem uma vaga na edição inaugural da II Liga.
No reformulado segundo escalão disputou 29 jogos (todos a titular) e marcou um golo ao Maia, insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão mudou-se para o Esperança de Lagos, tendo depois regressado ao Olhanense.
 
 

6. Vivaldo (30 jogos)

Vivaldo
Lateral esquerdo muito ofensivo que passou pelo Belenenses e pelo Olivais e Moscavide antes de reforçar o Lusitano VRSA no verão de 1989.
“Em bom momento ingressei no Lusitano, pois no Belenenses, onde iniciei a minha carreira, nas categorias mais jovens, poucas hipóteses tinha de chegar ao time principal, assim regressei para a minha terra natal, Mértola, e aceitei de pronto as condições lusitanistas”, afirmou ao Jornal do Algarve pouco tempo após ter chegado ao clube. “Não regatearei esforços para servir o Lusitano com toda a dignidade, e lutarei com todas as minhas forças, como o tenho feito até aqui, para ganhar a titularidade e contribuir para a sua presença constante numa divisão que melhor se coadune com o seu prestígio histórico”, acrescentou.
Na primeira época em Vila Real de Santo António ajudou o emblema raiano a assegurar uma vaga na edição inaugural da II Liga.
Em 1990-91 disputou 30 jogos (29 a titular) e marcou um golo ao Feirense no reformulado segundo escalão, mostrando-se impotente para evitar a descida à II Divisão B.
Após a despromoção permaneceu mais dois anos no clube, ambos a jogar na II B, tendo em 1992-93 sofrido uma fratura na clavícula que o afastou dos relvados durante três meses.
Em 1993-94 representou o Benfica Castelo Branco, mas nas duas temporadas que se seguiram voltou a vestir a camisola dos algarvios, desta feita na III Divisão.
 
 

5. Farrajota (31 jogos)

Farrajota
Defesa central/lateral direito natural de Lagos e que despontou no Esperança de Lagos durante a década de 1980, passou ainda pelo Quarteirense antes de ingressar no Lusitano VRSA no verão de 1989.
Na primeira época em Vila Real de Santo António ajudou o emblema raiano a assegurar uma vaga na edição inaugural da II Liga, competição em que viria a disputar 31 jogos (todos a titular) em 1990-91, ainda que sem evitar a descida dos sotaventinos à II Divisão B.
Ainda assim, valorizou-se e permaneceu no segundo escalão com a camisola do Rio Ave.
Desde 1997 que está radicado no Luxemburgo, onde encerrou a carreira.
 
 

4. Álvaro (33 jogos)

Álvaro
Médio formado Vitória de Setúbal ao lado de Venâncio, representou O Elvas, Cova da Piedade e Desp. Aves antes de reforçar o Lusitano VRSA no verão de 1990.
Na primeira época em Vila Real de Santo António disputou 33 jogos (28 a titular) e apontou quatro golos na edição inaugural da II Liga, diante de Portimonense, O Elvas, Maia e Freamunde. Ainda assim, mostrou-se impotente para evitar a descida à II Divisão B.
Após a despromoção permaneceu mais dois anos no emblema raiano, despedindo-se do clube com a descida à III Divisão em 1993.
Depois transferiu-se para o Trofense.
 
 

3. Herculano (34 jogos)

Herculano
Defesa central guineense que veio para Portugal para estudar medicina, mas o futebol profissional levou-o a adiar o sonho de ser médico, tendo passado por clubes como Académica (na altura Académico), Recreio de Águeda e Olhanense antes de ingressar no Lusitano VRSA no verão de 1989.
Na primeira época em Vila Real de Santo António ajudou o emblema raiano a assegurar uma vaga na edição inaugural da II Liga, competição em que viria a disputar 34 jogos (todos a titular) em 1990-91, ainda que sem evitar a descida dos sotaventinos à II Divisão B.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, tendo depois regressado ao Olhanense.
Depois de encerrar a carreira formou-se em Educação Física, tendo sido professor e treinador no Algarve.
Herculano haveria de falecer em fevereiro de 2018, aos 61 anos, vítima de acidente vascular cerebral.
O seu filho, Vasco Fernandes, foi internacional jovem português e jogou na I Liga ao serviço de Leixões, Olhanense e Vitória de Setúbal.
 
 

2. Maarten (35 jogos)

Maarten
Avançado holandês rápido, bom rematador e forte no jogo aéreo, representou o modesto Katwijk no seu país e chegou ao futebol português pela porta do Olhanense em janeiro de 1985.
Após três anos e meio em Olhão, assinou pelo Lusitano VRSA um pouco a… contragosto. “Ao fim de três anos de estar em Portugal e ao serviço do Olhanense, foi com bastante pesar que aceitei ingressar no Lusitano VRSA, pois tive sempre em mente representar um clube da I Divisão. Obviamente que é uma grande diferença. Mas enfim… tive de aceitar a resolução da entidade patronal”, afirmou ao Jornal do Algarve em 1989, num recorte recuperado pelo portal Antigas Glórias do Futebol Algarvio e Alentejano.
No entanto, contribuiu com golos para o trajeto ascendente do emblema raiano, que em 1989 saiu da III Divisão e um ano depois atingiu a II Liga. “Se a frustração foi o sentimento que me invadiu no princípio da minha estadia no Lusitano VRSA, com satisfação verifico que hoje dou por bem empregue tal decisão. Não sei que mais elogiar, se companheiros, diretores ou equipa técnica. Vim encontrar uma autêntica família, um grupo de trabalho compacto e unido, cuja solidez teve como resultado a subida tão almejada, com hipóteses vastas de sermos campeões”; acrescentou.
Na época em que atuou no reformulado segundo escalão, em 1990-91, atuou em 35 partidas (28 a titular) e marcou um golo ao Louletano, insuficiente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão regressou à Holanda para vestir a camisola dos Alphense Boys.
Viria a falecer em 2014, num ano em que comemoraria o 50.º aniversário.
 
 

1. Paulinho (36 jogos)

Paulinho Viegas
Jogador polivalente, que podia jogar como lateral direito e médio, nasceu em Vila Real de Santo António e passou pela formação do Lusitano VRSA, assim como pelas de Beira-Mar Monte Gordo e Farense.
Em 1986-87 ingressou na equipa principal do emblema raiano e contribuiu para a ascensão meteórica do mesmo desde os distritais da AF Algarve à II Liga. “Ao iniciar a minha carreira de futebolista no Lusitano VRSA, onde conheci todos os escalões etários, jamais pensei que um dia haveria de ser campeão com tão pouca idade. Quero lembrar que apenas com 19 anos, ao serviço do Lusitano VRSA, fui campeão distrital, após o meu regresso de Faro, onde durante um ano permaneci no escalão júnior, na I Divisão. Foi extraordinária esta caminhada para a vitória encetada pela nossa equipa, numa demonstração de força coletiva e técnica, que tudo e todos levou de vencida”, afirmou ao Jornal do Algarve em 1989, num recorte recuperado pelo portal Antigas Glórias do Futebol Algarvio e Alentejano.
Na edição inaugural do reformulado segundo escalão atuou em 36 partidas (35 a titular), mas foi impotente para evitar a despromoção.
Após a descida de divisão permaneceu mais um ano no clube, transferindo-se depois para o Penafiel.













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