quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Os 11 jogadores com mais jogos pelo Pinhalnovense na II Divisão B

Uma dezena de jogadores que ficaram na história do Pinhalnovense
Fundado a 5 de agosto de 1948, fruto da fusão entre o União Foot-Ball Clube e o Sociedade Recreativa, Literária e Instrução Musical Pinhalnovense, o primeiro fundado em 1910 e a segunda em 1938, o Clube Desportivo Pinhalnovense milita desde 1999-00 nos campeonatos nacionais, sendo que entre 2003-04 e 2012-13 competiu na II Divisão B.

Até então, era o União Foot-Ball Clube, impulsionado pelo apoio do proprietário agrícola Santos Jorge, que se dedicava ao desporto e ao futebol em particular, ainda que com um percurso irregular. A acumulação de dívida levou a que a que os seus dirigentes tivessem a ideia de se associar à Sociedade Recreativa, Literária e Instrução Musical Pinhalnovense, que gozava de saúde financeira e dispunha de uma boa sede, na Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral.

Embora o Pinhalnovense tenha sido fundado em 1948, foi preciso esperar até 1965-66 para ver o clube inscrever-se com uma equipa sénior nas provas da Associação de Futebol de Setúbal, na altura a II Divisão Distrital.

Em 1983-84 o emblema de Pinhal Novo disputa pela primeira vez a Taça de Portugal e em 1987-88 participa pela primeira vez num campeonato nacional, o da III Divisão, descendo ao fim de uma época.

Porém, em 1999-00 o Pinhalnovense volta para ficar nos patamares nacionais. Em 2003, já com relvado sintético no Campo Santos Jorge, a equipa sénior sobe à II Divisão B e desde então que compete no terceiro escalão do futebol português, que em 2013-14 foi reformulado e passou a designar-se Campeonato Nacional de Seniores – hoje Campeonato de Portugal.

Paralelamente, os azuis e brancos têm chegado longe na Taça de Portugal: oitavos de final em 2004-05 e 2006-07 e quartos de final em 2009-10 e 2010-11.

Vale por isso a pena recordar os 11 futebolistas com mais jogos pelo Pinhalnovense na antiga II Divisão B.


11. Miguel (66 jogos)

Miguel
Médio defensivo nascido em Moçambique, fez toda a formação e parte da carreira em clubes do distrito de Setúbal, nomeadamente Montijo e Barreirense.
No verão de 2004 reforçou o Pinhalnovense, proveniente do União Micaelense, e logo na primeira temporada no Santos Jorge, às ordens de Paco Fortes, atingiu os oitavos de final da Taça de Portugal e esteve perto de subir à II Liga, tendo atuado em 36 jogos (34 a titular) no campeonato.
Na época seguinte voltou a estar perto da promoção ao segundo escalão, numa campanha em que disputou 30 encontros e marcou um golo ao Oriental.
Depois voltou ao Barreirense, clube pelo qual jogou mais um ano antes de pendurar as botas em 2007.


10. Paulo Rodrigues (66 jogos)

Paulo Rodrigues
Disputou 66 jogos tal como Miguel, mas amealhou mais 45 minutos em campo – 5871 contra 5716.
Guarda-redes que fez a maior parte da carreira em clubes da zona de Lisboa, reforçou o Pinhalnovense no verão de 2002, quando já tinha 30 anos, e na época de estreia sagrou-se campeão da III Divisão – Série F.
Depois contribuiu para a consolidação do clube na II Divisão B. Em 2003-04 disputou 24 jogos (23 a titular) e sofreu 36 golos, ajudando os azuis e brancos a alcançarem a permanência.
Na temporada seguinte atuou nas 38 jornadas da prova, todas na condição de titular, e sofreu 25 golos, terminando o campeonato como o guardião menos batido da competição.
Em 2005-06 perdeu terreno face à concorrência de Carlos Miguel, não indo além de quatro jogos e sete golos sofridos até janeiro, tendo rumado depois ao Olivais e Moscavide.


9. Brito (70 jogos)

Brito
Médio ofensivo formado no FC Porto e campeão europeu de sub-19 em 1995 ao lado de Marco Caneira e Hugo Leal, reforçou o Pinhalnovense no verão de 2003, depois de passagens por Famalicão, Desp. Aves e Lusitânia.
Quase sempre titular, foi importante para consolidar o emblema de Pinhal Novo na II Divisão B, tendo disputado 27 jogos (26 a titular) e apontado um golo ao Lusitânia em 2003-04, ajudando a assegurar a permanência.
Na temporada seguinte foi utilizado em 28 encontros (25 a titular) e marcou três golos, frente a Louletano, Camacha e União Micaelense, contribuindo para a obtenção do segundo lugar e para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal.
Em 2005-06 começou a época no União Micaelense, mas em janeiro regressou ao Santos Jorge, a tempo de atuar em 15 partidas (11 a titular) e marcar dois golos, ao Benfica B e ao Silves, ajudando os azuis e brancos a encerrarem o campeonato na terceira posição.
Depois voltou ao norte do país para representar o Amarante.


8. Amaro Filipe (83 jogos)

Amaro Filipe
Um filho da terra e produto da formação do Pinhalnovense, passou também pelas camadas jovens e pela equipa B do Benfica, tornou-se internacional jovem português e disputou o Europeu de sub-19 em 2003.
Proveniente do Vitória de Setúbal B, fez a estreia pela equipa principal do clube de Pinhal Novo em 2006-07, tendo disputado 16 jogos (15 a titular) na II Divisão B, contribuindo para o sexto lugar no campeonato e para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal.
Nas três épocas seguintes participou num total de 67 partidas (48 a titular) e apontou um golo, ao Santana em 2009-10, época em que foi orientado por Paulo Fonseca e em que ajudou os azuis e brancos a chegarem aos quartos de final da Taça de Portugal.
Em 2010-11 começou a temporada no Santos Jorge, mas não amealhou qualquer minuto e acabou por mudar-se para o vizinho Olímpico Montijo.


7. Miguel Bruno (91 jogos)

Miguel Bruno
Defesa central que concluiu a formação no Benfica ao lado de Pedro Henriques, José Soares, Bruno Caires, Rogério Matias, Kenedy e Dominguez e com experiência de II Liga adquirida ao serviço de Marco e Alverca, reforçou o Pinhalnovense no verão de 2005, à beira dos 31 anos.
Em quatro temporadas no Santos Jorge disputou um total de 91 jogos (84 a titular) na II Divisão B e apontou 14 golos, um registo invejável para um defesa central, que em 2007-08 somou sete remates certeiros. Mafra em 2005-06, Barreirense (dois) e Atlético em 2006-07, Odivelas (dois), Lagoa, Messinense (dois), Carregado e Olivais e Moscavide em 2007-08 e Odivelas e Olivais e Moscavide em 2008-09.
A melhor classificação foi obtida logo na época de estreia, o terceiro lugar, mas foi em 2006-07 que ajudou a equipa de Pinhal Novo a chegar pela primeira vez aos oitavos de final da Taça de Portugal, etapa em que defrontou o Sporting.
Em 2009 deixou o clube e fez uma pausa na carreira, reaparecendo em 2010-11 com a camisola do Olímpico Montijo.


André Carvalho

6. André Carvalho (105 jogos)

Avançado brasileiro, mas com praticamente toda a carreira feita em Portugal, reforçou o Pinhalnovense no verão de 2000, contribuindo para a promoção à II Divisão B em 2003.
Seguiram-se quatro temporadas no Santos Jorge a competir no terceiro escalão do futebol português, nas quais disputou 105 jogos (89 a titular) e marcou 28 golos. Em 2004-05 e 2005-06 esteve perto da promoção à II Liga e em 2004-05 e 2006-07 contribuiu para as caminhadas até aos oitavos de final da Taça de Portugal.
No verão de 2007 mudou-se para um Sp. Covilhã, tendo ajudado os serranos a subir à II Liga.


5. Paulo Martins (108 jogos)

Paulo Martins
Defesa central natural de Setúbal e formado no Vitória ao lado de Marco Tábuas, Mário Loja, Sandro e Frechaut, estreou-se no futebol sénior com a camisola do Amora, mas chegou ao Santos Jorge proveniente do Seixal, no verão de 2003.
Titular indiscutível na temporada de estreia em Pinhal Novo, disputou 36 jogos (todos a titular) em 38 possíveis e apontou nove golos, um registo invejável para um central. Oriental, Louletano (dois), Santo António, Mafra, Sintrense, Olivais e Moscavide, Pontassolense e Odivelas foram as vítimas de Paulo Martins.
Em 2004-05 representou o Beira Mar Monte Gordo, mas na época seguinte voltou ao Portimonense. Em mais três anos no clube do concelho de Palmela disputou mais 72 partidas (65 a titular) e somou quatro remates certeiros, tendo ficado perto da promoção à II Liga em 2005-06 e contribuindo para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal na temporada que se seguiu.
Em 2008 deixou o Pinhalnovense e rumou ao Juventude Évora.



4. João Peixoto (133 jogos)

João Peixoto
Médio de características defensivas natural do Montijo e formado no Vitória de Setúbal ao lado de Paulo Ribeiro, Mário Carlos e Ricardo Pessoa, reforçou o Pinhalnovense no verão de 2003, proveniente do Casa Pia, juntando-se assim ao irmão mais velho Jorge.
Em 2003-04 foi utilizado maioritariamente como suplente utilizado, tendo disputado 21 jogos (mas apenas quatro como titular) e apontado um golo ao Mafra.
Na temporada seguinte ganhou protagonismo e foi um dos esteios da equipa que esteve a um ponto da subida à II Liga – e chegou aos oitavos de final da Taça de Portugal -, tendo atuado em 31 encontros (três a titular) e marcado dois golos, frente a Lusitânia e Oriental.
Em 2005-06 representou o Vitória de Setúbal B, mas regressou ao Santos Jorge na época que se seguiu, tendo participado em 24 jogos (17 a titular) e marcando um golo ao Estrela Vendas Novas no campeonato e contribuído para a caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal.
Em 2007-08 começou a temporada no Olivais e Moscavide, mas em outubro voltou ao Pinhalnovense, tendo atuado em sete partidas (duas a titular) na II Divisão B. Na época seguinte fez melhor, marcando presença em 24 encontros (17 a titular) e apontando um golo ao Lagoa.
Em 2009-10 esteve ao serviço do Atlético, mas no verão de 2010 ingressou uma quarta vez no emblema do concelho de Palmela para ser orientado por Paulo Fonseca, tendo cumprido 26 jogos (22 a titular) e faturado quatro vezes, diante de Operário, Carregado, Louletano e Lagoa, contribuindo também para a caminhada até aos quartos de final da Taça de Portugal, tendo defrontado o FC Porto no Dragão.
No final dessa temporada rumou aos Açores, onde se encontra radicado desde então. Entre 2011 e 2016 representou o Operário, entre 2016 e 2020 atuou pelo Praiense e para 2020-21 já está comprometido com o Fontinhas.



3. Cau (148 jogos)

Cau
Médio natural de Évora, vinha a fazer praticamente toda a carreira em clubes do seu distrito. A exceção foi o Machico, clube que representou imediatamente antes de reforçar o Pinhalnovense, no verão de 2002.
Aí iniciou uma ligação de sete anos ao clube. Na primeira época sagrou-se campeão da III Divisão e nas seis temporadas que se seguiram atuou em 148 jogos (128 a titular) e marcou 12 golos – Santo António em 2003-04, Barreirense e União da Madeira em 2004-05, Operário e Silves em 2005-06, Imortal, Torreense, Real SC e Rio Maior em 2006-07, Juventude Évora (dois) em 2007-08 e Odivelas em 2008-09 foram as vítimas de Cau.
Em 2004-05 chegou aos oitavos de final da Taça de Portugal e esteve a um ponto de subir à II Liga e duas temporadas depois voltou a chegar aos oitavos da Taça. “Eu trabalho no ramo imobiliário e é preciso muito sacrifício para jogar. O futebol e o emprego roubam muito tempo à família e até ao descanso, algo muito importante para um jogador. Eu não tenho folgas, mas quando as coisas são feitas por gosto é assim”, revelou à agência Lusa antes de defrontar o Sporting em 2007.
No verão de 2009 deixou o Santos Jorge e regressou ao Juventude Évora.


2. Toninho (170 jogos)

Toninho
Lateral esquerdo natural de Setúbal e com uma formação dividida entre vários clubes da cidade do Sado, vestiu pela primeira vez a camisola do Pinhalnovense entre 1996 e 1998, quando a equipa sénior militava na I Distrital da AF Setúbal.
Entretanto passou pelo Sesimbra, então a competir nos campeonatos nacionais, mas no verão de 2001 regressou ao Santos Jorge e por lá ficou durante nove anos. Esteve na subida à II Divisão B em 2003 e por isso é o único elemento desta lista que representou o emblema de Pinhal Novo em três patamares competitivos.
Quase sempre dono e senhor do lado esquerdo da defesa azul e branca, atuou em 170 jogos (157 a titular) e marcou sete golos na II Divisão B entre 2003 e 2010 – União Micaelense, Ribeira Brava e Odivelas em 2003-04, União Micaelense em 2004-05 e Odivelas, Carregado e Lagoa em 2009-10 foram as vítimas de Toninho.
Foi orientado por treinadores como Paco Fortes e Paulo Fonseca, fez parte da equipa que em 2004-05 esteve perto da promoção à II Liga e chegou aos oitavos de final da Taça de Portugal. Também integrou o plantel em 2006-07 e 2009-10, quando o Pinhalnovense chegou aos oitavos e aos quartos de final da prova rainha, respetivamente.
Após deixar o clube prosseguiu a carreira no Comércio e Indústria, nos campeonatos distritais.


1. Jorge Peixoto (180 jogos)

Jorge Peixoto
Lateral esquerdo e irmão mais velho de João Peixoto, representou pela primeira vez o clube enquanto infantil, em 1992-93. Entretanto prosseguiu a formação no Vitória de Setúbal, ao lado de jogadores como Ricardo Pessoa e Manú, e regressou ao Pinhalnovense no verão de 2001, já depois de se ter estreado no futebol sénior ao serviço do Alcochetense em 2000-01.
Em 2003 contribuiu para a conquista do título da III Divisão – Série F e consequente promoção à II Divisão B, patamar em que competiu entre 2003 e 2008 ao serviço do emblema de Pinhal novo, tendo disputado 121 jogos (98 a titular) e marcou dez golos – Odivelas (dois) em 2004-05, Vitória de Setúbal B em 2005-06, Imortal (dois) e Messinense em 2006-07 e Louletano, Carregado, Juventude Évora e Madalena em 2007-08 foram as vítimas de Jorge Peixoto.
Neste período o defesa participou na campanha que em 2004-05 culminou na obtenção do segundo lugar e na caminhada até aos oitavos de final da Taça de Portugal, tendo repetido a presença nessa fase da prova em 2006-07.
Entre 2008 e 2010 esteve ao serviço de Operário e Atlético, tendo regressado depois ao Santos Jorge. Entre 2010 e 2013 participou em mais 59 encontros (54 a titular) e marcou um golo ao 1º Dezembro na II Divisão B, tendo contribuído para a caminhada até aos quartos de final da Taça de Portugal em 2013-14.
Haveria de continuar a jogar pelo Pinhalnovense até 2015-16, no recém-criado Campeonato Nacional de Seniores, patamar em que atuou em 47 partidas (46 a titular) e marcou um golo.
Em 2016 pendurou as botas, mas não saiu do Santos Jorge, tendo já desempenhado as funções de treinador adjunto da equipa principal, coordenador técnico e diretor desportivo.















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