quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O especialista em livres que despontou no Vitória SC e foi campeão pelo Sporting. Quem se lembra de Quim Berto?

Quim Berto venceu um campeonato e uma Supertaça pelo Sporting
Defesa lateral de baixa estatura (1,68 m), exímio executante de livres, com capacidade ofensiva e uma polivalência que lhe permitia jogar tanto à direita como à esquerda, nasceu em Guimarães e fez toda a formação no Vitória Sport Clube, mas quando transitou de júnior para sénior teve de procurar a sorte noutras paragens.
 
Depois de duas boas épocas no Benfica Castelo Branco, recebeu o bilhete de volta ao Estádio Dom Afonso Henriques no verão de 1992, iniciando aí um bom trajeto de cinco temporadas como habitual titular dos vimaranenses. Nesse período amealhou 147 jogos e 10 golos ao serviço do emblema minhoto, ajudando o clube então presidido por Pimenta Machado a proezas como a eliminação da Real Sociedad na Taça UEFA em 1992-93 e do Parma na mesma competição em 1996-97 e a obtenção do quarto lugar no campeonato em 1994-95.
 
 
O salto para um emblema de maior dimensão tornou-se inevitável e acabou por acontecer no verão de 1997, tendo sido apresentado como reforço do Sporting ao mesmo tempo de Nenê e Didier Lang.
 
 
A primeira época em Lisboa correu muito bem do ponto de vista individual, tendo atuado em 40 partidas oficiais (32 delas na condição de titular), numa temporada que coletivamente ficou marcada por um sempre péssimo quarto lugar na I Liga e pela passagem de quatro treinadores pelo comando técnico: Octávio Machado, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel.
 
 
Nos três anos seguintes, Quim Berto não foi além de um total de 24 encontros de leão ao peito. A perda de estatuto começou logo no início da época 1998-99, quando Mirko Jozic o dispensou e o lateral foi emprestado ao Vitória de Guimarães. Porém, haveria de voltar a Alvalade ainda no decorrer dessa temporada.
 
 
Em 1999-00 não foi além de seis jogos disputados, tendo vivido na sombra de Saber e César Prates. Porém, contribuiu para a conquista do título nacional que escapava há 18 anos e ajudou os leões a atingir a final da Taça de Portugal, tendo decidido a difícil eliminatória diante do Canelas.
 
 
Já em 2000-01, a última temporada ao serviço dos verde e brancos, foi utilizado em nove partidas, tendo conquistado a Supertaça Cândido de Oliveira.
 
Terminou contrato com o Sporting no verão de 2001, quando tinha quase 30 anos. “Gostava de ter jogado mais vezes, mas as oportunidades foram escassas (…) Servi sempre o Sporting com o máximo profissionalismo e o máximo respeito”, afirmou, aquando da despedida, em jeito de balanço.
 
Livre que nem um passarinho, assinou de forma surpreendente pelo Benfica, tendo sido ladeado por Eusébio durante a sua apresentação. Porém, não chegou a estrear-se oficialmente pelos encarnados, acabando por ser prontamente dispensado por Toni e consequentemente emprestado ao Varzim, clube ao qual viria a estar vinculado a título definitivo entre 2002 e 2004.
 
 
Na Póvoa de Varzim provocou que não estava acabado e viveu alguns dos melhores anos da carreira, a fazer lembrar os tempos do Vitória de Guimarães, com 19 golos em 81 jogos ao longo de três temporadas. Ajudou os poveiros a conseguir a permanência em 2001-02, mas mostrou-se impotente para impedir a despromoção à II Liga na temporada seguinte.
 
 
Viria ainda a ajudar o Estrela da Amadora a conseguir a promoção à I Liga e a atingir as meias-finais da Taça de Portugal em 2005, tendo depois representado o Santa Clara e o Vizela – ficou perto de subida ao primeiro escalão pelos vizelenses em 2007-08.
 
Em 2010 pendurou as botas, aos 38 anos, e depois tornou-se treinador, tendo guiado o Varzim à II Liga e a equipa B dos varzinistas ao Campeonato de Portugal em 2015.



 
 




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