O especialista em livres que despontou no Vitória SC e foi campeão pelo Sporting. Quem se lembra de Quim Berto?
Quim Berto venceu um campeonato e uma Supertaça pelo Sporting
Defesa lateral de baixa estatura
(1,68 m), exímio executante de livres, com capacidade ofensiva e uma
polivalência que lhe permitia jogar tanto à direita como à esquerda, nasceu em
Guimarães e fez toda a formação no Vitória
Sport Clube, mas quando transitou de júnior para sénior teve de procurar a
sorte noutras paragens.
Depois de duas boas épocas no
Benfica Castelo Branco, recebeu o bilhete de volta ao Estádio Dom Afonso
Henriques no verão de 1992, iniciando aí um bom trajeto de cinco temporadas
como habitual titular dos vimaranenses.
Nesse período amealhou 147 jogos e 10 golos ao serviço do emblema
minhoto, ajudando o clube então presidido por Pimenta
Machado a proezas como a eliminação da Real
Sociedad na Taça
UEFA em 1992-93 e do Parma
na mesma competição em 1996-97 e a obtenção do quarto lugar no campeonato em
1994-95.
O salto para um emblema de maior
dimensão tornou-se inevitável e acabou por acontecer no verão de 1997, tendo
sido apresentado como reforço do Sporting
ao mesmo tempo de Nenê e Didier Lang.
A primeira época em Lisboa correu
muito bem do ponto de vista individual, tendo atuado em 40 partidas oficiais (32
delas na condição de titular), numa temporada que coletivamente ficou marcada
por um sempre péssimo quarto lugar na I
Liga e pela passagem de quatro treinadores pelo comando técnico: Octávio
Machado, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel.
Nos três anos seguintes, Quim
Berto não foi além de um total de 24 encontros de leão
ao peito. A perda de estatuto começou logo no início da época 1998-99, quando Mirko
Jozic o dispensou e o lateral foi emprestado ao Vitória
de Guimarães. Porém, haveria de voltar a Alvalade
ainda no decorrer dessa temporada.
Em 1999-00 não foi além de seis
jogos disputados, tendo vivido na sombra de Saber e César Prates. Porém, contribuiu
para a conquista do título nacional que escapava há 18 anos e ajudou os leões
a atingir a final
da Taça de Portugal, tendo decidido a difícil eliminatória diante do Canelas.
Já em 2000-01, a última temporada
ao serviço dos verde
e brancos, foi utilizado em nove partidas, tendo conquistado a Supertaça
Cândido de Oliveira. Terminou contrato com o Sporting
no verão de 2001, quando tinha quase 30 anos. “Gostava de ter jogado mais
vezes, mas as oportunidades foram escassas (…) Servi sempre o Sporting
com o máximo profissionalismo e o máximo respeito”, afirmou, aquando da
despedida, em jeito de balanço. Livre que nem um passarinho,
assinou de forma surpreendente pelo Benfica,
tendo sido ladeado por Eusébio
durante a sua apresentação. Porém, não chegou a estrear-se oficialmente pelos encarnados,
acabando por ser prontamente dispensado por Toni
e consequentemente emprestado ao Varzim,
clube ao qual viria a estar vinculado a título definitivo entre 2002 e 2004.
Na Póvoa de Varzim provocou que
não estava acabado e viveu alguns dos melhores anos da carreira, a fazer
lembrar os tempos do Vitória
de Guimarães, com 19 golos em 81 jogos ao longo de três temporadas. Ajudou
os poveiros
a conseguir a permanência em 2001-02, mas mostrou-se impotente para impedir a
despromoção à II
Liga na temporada seguinte.
Sem comentários:
Enviar um comentário