terça-feira, 4 de maio de 2021

Os 10 jogadores com mais jogos pelo União de Tomar na II Divisão B

União de Tomar competiu por três vezes na II Divisão B
Fundado em 4 de maio de 1914, o União Futebol Comércio e Indústria de Tomar viveu os momentos mais altos da sua história nas décadas de 1960 e 1970, quando participou por seis vezes na I Divisão. Foi precisamente nessa altura que o emblema tomarense chegou por cinco ocasiões aos quartos de final da Taça de Portugal.
 
No espaço de uma década, entre 1958 e 1968, saltou da II Divisão da AF Santarém para o patamar maior do futebol português, protagonizando uma rara ascensão meteórica.
 
“O facto de existir um quartel em Tomar e de haver muitos jovens futebolistas a fazer o serviço militar obrigatório, que jogavam para não serem mobilizados para as colónias, levou a que muita gente envergasse a camisola unionense. Também temos que dar mérito às direções do clube da altura, que integravam muitos construtores civis (os chamados patos bravos), que investiam no clube”, explicou o atual presidente do clube, Abel Bento, ao Mirante.
 
Porém, os nabantinos também são conhecidos por terem tido nos seus quadros um jogador chamado Eusébio da Silva Ferreira, assim como António Simões, numa altura em que o clube já tinha caído para a II Divisão, em 1977-78.
 
Apesar de ser de longe o clube do distrito de Santarém com um historial mais glorioso, desde 1976 que está arredado da elite do futebol português e desde 2002 que está remetido aos campeonatos distritais. Pelo meio, competiu na II Divisão B – Zona Centro nas três primeiras edições da prova, entre 1990 e 1993.
 
Vale por isso a pena recordar os dez jogadores pelo emblema nabantino na II Divisão B.
 
 

10. Paulo Renato (37 jogos)

Paulo Renato
Lateral direito natural de Olhão capaz de jogar nos dois corredores e formado no Olhanense, transitou para a equipa principal em 1988, quando os rubro negros militavam na II Divisão Nacional.
No verão de 1990 interrompeu a ligação quase umbilical com os algarvios e transferiu-se para o União de Tomar, clube pelo qual disputou 37 jogos (todos a titular) e marcou um golo à Sanjoanense no campeonato, ajudando a assegurar a permanência na II Divisão B. Paralelamente, participou numa célebre eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em fevereiro de 1991.
Depois voltou ao Olhanense.
 
 


9. Mário Pinto (48 jogos)

Mário Pinto
Extremo de baixa estatura (1,63 m) natural de Peso da Régua, concluiu a formação no União de Tomar e transitou para a equipa principal em 1975-76, chegando mesmo a jogar na I Divisão.
Haveria de permanecer nos nabantinos até 1979, passando depois por Juventude Évora, Amora, Vitória de Setúbal, Rio Ave, Estoril e Barreirense antes de regressar ao emblema do distrito de Santarém dez anos depois, quando já tinha 31 anos.
Em 1989-90 sagrou-se campeão da III Divisão – Série D e nas três épocas que se seguiram amealhou 48 jogos (40 a titular) e três golos na II Divisão B, não conseguindo evitar a despromoção em 1993. Um ano antes assumiu o comando técnico da equipa na reta final da temporada. Pelo meio, participou numa célebre eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em fevereiro de 1991.
Após a descida à III Divisão permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao Vitória de Sernache.
 
 

8. Abreu (49 jogos)

Abreu
Avançado que concluiu a formação no União de Tomar, transitou para a equipa principal em 1979, permanecendo no plantel até 1983, despedindo-se com a subida à II Divisão depois de ter descido à III Divisão na primeira época de sénior.
Entretanto passou por Lusitano Évora, União de Almeirim e Estrela de Portalegre antes de regressar aos nabantinos em 1987-88, temporada em que se sagrou campeão distrital da AF Santarém.
Em 1989 mudou-se para o Fátima, mas voltou a vestir a camisola do União de Tomar entre 1991 e 1993, período em que atuou em 49 partidas (22 a titular) e apontou sete golos na II Divisão B, não conseguindo evitar a descida à III Divisão em 1992-93.
No verão de 1993 transferiu-se para o Alferrarede.
 
 

7. Kikas (59 jogos)

Kikas
Médio defensivo lisboeta internacional jovem português e formado no Benfica, passou por Silves e Mirense antes de ingressar no União de Tomar no verão de 1992.
Em duas temporadas à beira do Nabão foi titular nos 59 jogos que disputou na II Divisão B, competição em que marcou quatro golos pelos tomarenses, mostrando-se impotente para evitar a descida à III Divisão em 1993.
Após a despromoção mudou-se para o Benfica Castelo Branco.
O seu filho, também conhecido por Kikas, também é futebolista, estando presentemente emprestado pelo Belenenses SAD aos cipriotas do DOXA.
 
 

6. Nélson (69 jogos)

Nélson
Um dos nomes mais mediáticos desta lista, até porque após passar pelo União de Tomar jogou na I Liga com as camisolas de Rio Ave e Marítimo.
Formado e revelado pelo Marinhense, ingressou nos nabantinos no verão de 1988, quando o emblema do distrito de Santarém militava na III Divisão, patamar em que se sagrou campeão da Série D em 1989-90.
Seguiram-se duas temporadas ao serviço dos tomarenses na II B, nas quais atuou em 69 encontros (todos a titular) e sofreu 65 golos, ajudando a assegurar a permanência em ambas. Pelo meio, participou numa célebre eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em fevereiro de 1991.
No verão de 1992 deu o salto para a Ovarense, então a competir na II Liga.



 5. Paulo Moura (72 jogos)

Paulo Moura
Médio defensivo nascido em Angola, mas radicado em Portugal desde tenra idade, reforçou o União de Tomar em 1984-85, depois de passagens pela formação de Casa Pia e Estoril e pelos seniores de Banheirense e Odivelas.
Na primeira época junto às margens do rio Nabão desceu aos distritais da AF Santarém, mas em 1987-88 sagrou-se campeão distrital e duas épocas depois ajudou os tomarenses a alcançarem o primeiro lugar na Série D da III Divisão.
Seguiram-se três temporadas na recém-criada II Divisão B, patamar em que disputou 72 jogos (59 a titular), não conseguindo evitar a despromoção à III Divisão em 1993.
Depois transferiu-se para o Alferrarede na companhia de Abreu e Nando Vinagre.
Mais tarde voltou ao União de Tomar para assumir as funções de dirigente. Atualmente é vice-presidente para o futebol sénior.
 
 

4. Jacob (86 jogos)

Jacob
Líbero/Defesa central com passagens por vários clubes do distrito de Santarém, entre os quais o Torres Novas, ingressou no União de Tomar no verão de 1988.
Na segunda época no clube sagrou-se campeão da III Divisão Nacional – Série D e alcançou a subida à recém-criada II Divisão B, patamar em que foi titular nas 86 partidas em que atuou entre 1990 e 1993, não conseguindo evitar a despromoção no último ano. Pelo meio, participou numa célebre eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em fevereiro de 1991.
Após a descida de divisão permaneceu mais um ano no clube e depois mudou-se para o Fátima na companhia de Piranga. Haveria de voltar a Tomar em 1995-96 para competir na III Divisão.
Os seus filhos Fábio, David e Tiago Vieira integram presentemente a equipa principal dos nabantinos, enquanto o Martim Vieira joga nos iniciados do clube.


 

3. Alexandrov (88 jogos)

Alexandrov
Lateral esquerdo búlgaro, que no seu país representou o conceituado CSKA Sófia, entrou no futebol português pela porta do União de Tomar no final de 1990, mais ou menos na mesma altura do compatriota Plamen Tzvetkov.
Em três temporadas ao serviço dos nabantinos na II Divisão B disputou um total de 88 jogos (todos a titular) e apontou quatro golos no campeonato, mostrando-se impotente para evitar a descida à III Divisão em 1993. Pelo meio, participou numa célebre eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em fevereiro de 1991.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, rumando em 1994 ao Torres Novas. Porém, regressão aos tomarenses em 1995-96 para jogar na III Divisão.
 
 

2. Ferreira (89 jogos)

Ferreira
Extremo formado no União de Tomar, subiu à equipa principal em 1983-84, uma temporada que culminou na descida à III Divisão. Na temporada seguinte voltou a viver uma despromoção, mas aos distritais da AF Santarém.
Entre 1985 e 1987 representou o Alvaiázere, mas depois voltou aos nabantinos para se sagrar campeão distrital em 1987-88 e ajudar o clube a estabelecer-se na III Divisão. Em 1989-90 esteve ao serviço do Fátima, mas no final dessa época regressou a casa.
Entre 1990 e 1993 disputou um total de 89 jogos (83 a titular) e apontou sete golos na II Divisão B, não conseguindo evitar a descida à III Divisão no último ano. Pelo meio, participou numa célebre eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em fevereiro de 1991.
Após a despromoção permaneceu mais dois anos no clube. Entre 1995 e 1997 esteve fora, ao serviço de Sertanense e Fátima, mas voltou a jogar futebol junto à beira do rio Nabão entre 1997 e 2002, nos distritais escalabitanos e na III Divisão Nacional.
Após pendurar as botas continuou ligado ao emblema tomarense.
 
 

1. Eira (94 jogos)

Eira
Defesa central formado no União de Tomar, fez quase toda a carreira nos nabantinos, à exceção de dois anos no Torres Novas, em 1993 e 1995.
As primeiras temporadas na equipa principal, para a qual transitou em 1984-85, ficaram marcadas por várias subidas e descidas de divisão, oscilando entre a III Divisão Nacional e a I Distrital da AF Santarém.
Entre 1990 e 1993 totalizou 94 encontros (92 a titular) na II Divisão B, não evitando a descida à III Divisão no último ano. Pelo meio, participou numa célebre eliminatória da Taça de Portugal frente ao Benfica, no Estádio da Luz, em fevereiro de 1991.
Após a passagem pelo Torres Novas, voltou a vestir a camisola dos tomarenses entre 1995 e 2000, mais uma vez oscilando entre a III Divisão Nacional e a I Distrital da AF Santarém.










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