sábado, 11 de julho de 2020

Os 11 jogadores com mais jogos pelo Olímpico Montijo no Campeonato de Portugal

Dez jogadores que estão na história do ainda jovem Olímpico
Fundado a 11 de julho de 2007, o Clube Olímpico do Montijo ocupou na sua cidade o lugar deixo vago pelo histórico Clube Desportivo Montijo, que cessou atividade nesse ano devido às constantes dificuldades financeiras.

O Olímpico herdou as cores, as instalações desportivas e até os adeptos do clube original, que chegou a participar por três vezes na I Divisão durante a década de 1970.

Renascido das cinzas, o emblema montijense ascendeu à I Distrital da AF Setúbal logo na temporada de arranque, em 2007-08, subindo à III Divisão Nacional três anos depois. Seguiram-se cinco anos nos distritais e o regresso aos palcos nacionais em 2017-18, na primeira de quatro temporadas consecutivas no Campeonato de Portugal.


Vale por isso a pena recordar os 11 futebolistas com mais jogos pelos aldeanos no Campeonato de Portugal.


11. Bruno Jesus (34 jogos)

Bruno Jesus
Defesa central natural de Setúbal e formado no Vitória, passou o primeiro ano de sénior no Moura, mas no verão de 2018 voltou para perto de casa para representar o Olímpico do Montijo.
Na época de estreia no clube aldeano atuou em 27 partidas (23 a titular) e marcou um golo, ao Amora, tendo formado uma dupla sólida com Diogo Branco às ordens de David Martins.
Na temporada seguinte, bastante atribulada para a equipa, que teve três treinadores e salários em atraso, perdeu espaço para o cabo-verdiano Hidélvis e não foi além de sete jogos, sempre como titular.



10. Beto (34 jogos)

Beto
Possante (1,94 m) e talentoso avançado de origem guineense, só esteve uma época no Campo da Liberdade, mas foi suficiente para deixar a sua marca e fazer parte da lista dos jogadores com mais jogos pelo Olímpico no Campeonato de Portugal, com o mesmo número de encontros de Bruno Jesus mas mais 187 minutos amealhados em campo – 2851 contra 2664 – do que o central.
Proveniente do União de Tires, disputou os 34 jogos (30 a titular) da prova em 2018-19 e apontou 21 golos, que fazem dele o melhor marcador de sempre dos aldeanos neste patamar competitivo. Vasco da Gama da Vidigueira (três), Sp. Ideal (cinco), Olhanense, Redondense (dois), Angrense (dois), Sacavenense, Armacenenses, Casa Pia (dois), Pinhalnovense (três) e Oriental foram as vítimas de Beto.
“Vim de baixo e só queria jogar. Até eu estou algo admirado. Confio no meu valor, mas nunca pensei fazer uma temporada deste nível, que é igualmente fruto do trabalho dos meus colegas. Ainda assim, para dizer a verdade, até poderia ter mais golos”, afirmou ao zerozero no final da época.
Depois de uma temporada sensacional, chegou a prestar provas nos franceses do Lille e viu o Sporting estar interessado nos seus serviços, mas foi para o Portimonense que deu o salto.



Zé Lúcio

9. Zé Lúcio (36 jogos)

Médio ofensivo formado no Sporting ao lado de jogadores como Domingos Duarte, João Palhinha, Francisco Geraldes, Gelson Martins, Daniel Podence e Matheus Pereira, passou pelo Vilafranquense e Pinhalnovense antes de chegar ao Montijo no verão de 2018.
Ao serviço do Olímpico, participou em 30 encontros (21 a titular) e apontou um golo ao Amora no Campeonato de Portugal em 2018-19.
Na época seguinte mudou-se para o Loures, mas haveria de voltar ao Campo da Liberdade em janeiro deste ano para atuar em seis jogos (três a titular) e marcar um golo, ao 1º Dezembro.



8. Vumi Mpasi (43 jogos)

Vumi Mpasi
Jogador possante (1,85 m) e polivalente, capaz de cobrir várias posições da defesa apesar de atuar preferencialmente como médio defensivo, chegou ao Olímpico no verão de 2018 proveniente do Castrense, clube pelo qual tinha descido aos distritais da AF Beja.
Na primeira época no Campeonato de Portugal atuou preferencialmente como lateral direito, tendo disputado 28 jogos (26 a titular) e marcado um golo ao Moura durante a prova.
Na temporada seguinte perdeu algum espaço, em virtude das contratações de Pinéu para o lado direito da defesa e de Miranda para o meio-campo defensivo, não indo além de 15 partidas (11 a titular) em 2019-20.
Após duas épocas no emblema aldeano, o jogador já está comprometido com o Mineiro Aljustrelense para 2020-21.




7. Cami (44 jogos)

Cami
Extremo com faro goleador, é um produto da formação do Montijo e depois do Olímpico. Subiu à equipa principal em 2009-10, desapareceu do mapa durante dois anos e reapareceu em 2012-13, numa época marcada pela descida à II Distrital.
A partir daí, foi sempre a subir. Esteve na promoção à I Distrital em 2014 e dois anos depois contribuiu com 24 golos para a subida ao então designado por Campeonato Nacional de Seniores.
No terceiro escalão do futebol português perdeu algum protagonismo. Em 2017-18 esteve em 25 jogos, mas apenas 14 na condição de titular, tendo apontado nove golos, marcados diante de Operário, Sp. Ideal (dois), Lusitano VRSA (dois), Moura, Moncarapachense, Estrela de Vendas Novas e Olhanense.
Na época seguinte não foi além de 19 encontros (somente quatro a titular) e três remates certeiros, apontados frente a Louletano, Vasco da Gama da Vidigueira e Oriental.
Depois mudou-se para o Oriental Dragon e está já comprometido com o Barreirense para 2020-21.



6. Diogo Arreigota (48 jogos)

Diogo Arreigota
Guarda-redes que concluiu a formação no Olímpico, estreou-se pela equipa principal em maio de 2015, aos 18 anos, mas teve esperar mais de três anos para se estabelecer como titular na baliza montijense.
Após ter contribuído para a subida ao Campeonato de Portugal, viveu na sombra de Rui Dabô e Miguel Lázaro, não indo além de quatro jogos (todos a titular) em 2017-18, tendo sofrido nove golos.
Na temporada seguinte agarrou a titularidade, atuando em 26 encontros e sofrendo 27 golos.
Em 2019-20 também começou como titular, mas ao longo da época perdeu algum espaço perante a concorrência de Bernardo e Nélson Pinhão, tendo disputado 18 partidas (17 a titular) e sofrido 31 golos.



5. Hélio Roque (50 jogos)

Hélio Roque
Médio ofensivo/extremo que em 2005 era uma das principais promessas do Benfica e até do futebol português, passou uma década fora do país, no Chipre e em Angola, antes de regressar a Portugal pela porta do Olímpico no verão de 2018, aos 33 anos.
Ainda com andamento para fazer mossa no Campeonato de Portugal, disputou 28 jogos (21 a titular) e marcou seis golos na prova, apontados diante de Sacavenense, Vasco da Gama da Vidigueira, Casa Pia, Redondense e Moura (dois).
A temporada seguinte não correu bem à equipa, que beneficiou da paragem das competições devido ao covid-19 para se salvar da despromoção, mas ainda assim Hélio Roque atuou em 22 encontros (todos a titular) e marcou dois golos, ao Alverca e ao Sacavenense.
Para 2020-21 está já comprometido com o Oriental.



4. Diogo Branco (50 jogos)

Diogo Branco
Disputou 50 jogos tal como Hélio Roque, mas amealhou mais 735 minutos em campo – 4267 contra 3532.
Defesa central proveniente dos ribatejanos do Coruchense no verão de 2018, estabeleceu-se desde cedo como titular indiscutível, tendo atuado em 31 jogos (29 a titular) na temporada de estreia.
Depois deu um salto para o Estrasburgo, da Ligue 1 francesa, mas continuou no Campo da Liberdade em 2019-20 por empréstimo dos gauleses, tendo disputado 19 encontros (todos a titular) e apontado dois golos, ao Loures e ao Armacenenses.



3. André Gomes (55 jogos)

André Gomes
Jogador polivalente, capaz de atuar no lado direito da defesa e no meio-campo, chegou ao Olímpico com idade de júnior e conseguiu estabelecer-se na equipa principal quando ascendeu a sénior.
Em 2017-18 participou em 19 encontros (18 a titular) e na época seguinte foi mais além, tendo atuado em 23 partidas (18 a titular) e marcado um golo ao Armacenenses.
Depois mudou-se para o Olhanense, mas não chegou a estrear-se pelos algarvios, regressando ao Campo da Liberdade em outubro de 2019, indo a tempo de disputar 12 jogos (sete a titular) até à pausa das competições.
O pai de André Gomes, Paulo Gomes, é presidente do Vitória de Setúbal, clube onde o lateral/médio começou a jogar futebol.



2. Marcelo Castro (80 jogos)

Marcelo Castro
Marcelo Castro é sinónimo de Olímpico Montijo. Médio ligado ao clube desde tenra idade, estreou-se na equipa principal aos 18 anos, em dezembro de 2014, e foi ganhando protagonismo ao ponto de se tornar capitão e uma das figuras dos aldeanos.
Em 2016-17 foi um dos protagonistas da conquista do título distrital da AF Setúbal e nas épocas seguintes manteve o estatuto no Campeonato de Portugal. No terceiro escalão do futebol português, a melhor época foi a primeira, quando atuou em 25 jogos e marcou oito golos, apontados diante de Lusitano VRSA (dois), Almancilense, Louletano, Moncarapachense (dois), Sp. Ideal e Castrense.
Apesar de cobiçado por vários clubes da I LigaBelenenses SAD, Paços de Ferreira, Desp. Aves e Feirense foram os emblemas falados -, continuou no Campo da Liberdade na temporada que se seguiu, tendo participado em 30 encontros (26 a titular) e apontado um golo ao Armacenenses.
Em 2019-20 voltou a representar os montijenses e esteve em 24 das 25 partidas do campeonato, todas como titular.



1. Pedro Batista (84 jogos)

Pedro Batista
Lateral esquerdo natural de Setúbal e formado no Vitória, chegou ao Olímpico após a subida ao Campeonato de Portugal, no verão de 2017.
Pedro Batista, que já tinha atuado no terceiro escalão na época com as camisolas de Eléctrico e Atlético, atuou em 28 jogos (todos a titular) e marcou três golos, diante de Sp. Ideal, Moncarapachense e Estrela de Vendas Novas, em 2017-18.
Na época seguinte participou em 31 encontros (novamente todos a titular) e somou dois remates certeiros, apontados frente a Moura e Armacenenses.
Em 2019-20 manteve o estatuto e esteve em 24 partidas, sempre a partir do onze inicial.


















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