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Quatro colombianos jogaram de leão ao peito, todos no século XXI |
Prestes a ser oficializado como
reforço do Sporting,
o avançado Luis Suárez, que ainda pertence aos quadros do Almería, vai
tornar-se no quinto futebolista colombiano a jogar oficialmente pela equipa
principal dos leões
– outros dois jogaram pelos bês verde
e brancos, mas já lá vamos…
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Santiago Arias |
O primeiro colombiano a vestir a
camisola do Sporting
foi Santiago Arias, na altura um bastante promissor lateral direito de
19 anos contratado no verão de 2011 ao La Equidad e que havia acabado de
participar no Campeonato do Mundo de sub-20.
Tapado por João Pereira, não
jogou muito na sua primeira época em Alvalade,
mas foi dando boas indicações e prometia uma sucessão tranquila quando o
português se transferiu para o Valencia,
mas a verdade é que nunca se conseguiu afirmar. Em duas temporadas de leão ao
peito não foi além de um total de dez jogos pela equipa principal e 28 pela
equipa B.No verão de 2013 foi transferido para o PSV Eindhoven por quase dois milhões de euros, tendo depois passado por clubes como Atlético Madrid e Bayer Leverkusen e representado a seleção principal da Colômbia nos Mundiais de 2014 e 2018 e nas edições de 2019 e 2024 da Copa América.
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Fredy Montero |
Quando Arias deixou o Sporting,
chegou a Alvalade
outro colombiano, que se tornou no mais marcante cafetero a jogar de
leão ao peito, o avançado Fredy Montero, um desconhecido da esmagadora
maioria do público recrutado (inicialmente por empréstimo mas depois a título
definitivo) aos norte-americanos do Seattle Sounders, mas que nos meses
anteriores havia estado cedido ao Millonarios
do seu país.
Afastado das contas da sua
seleção devido a uma concorrência da qual faziam parte nomes como Radamel
Falcao, Jackson Martínez, Adrián Ramos, Carlos Bacca, Luis Muriel ou Teófilo
Gutiérrez (já lá vamos…), teve um arranque de sonho no futebol português.Apesar de ter apenas 1,76 m e de não ter propriamente entusiasmado durante a pré-época, estreou-se oficialmente com um hat trick ao Arouca na jornada inaugural da I Liga de 2013-14, seguindo-se golos a Académica, Benfica e Olhanense nas rondas seguintes. Ficou em branco com o Rio Ave, na quinta jornada, mas retomou os golos nos encontros que se seguiram, diante de Sp. Braga e Vitória de Setúbal (dois) para o campeonato e frente ao Alba (três) para a Taça de Portugal. Feitas as contas: 12 remates certeiros nos primeiros oito encontros de verde e branco.
Depois foi caindo de produção, ao ponto de ter apontado apenas quatro golos nos 25 jogos que se seguiram nessa temporada e de ter perdido o estatuto de titular em virtude da ascensão de Islam Slimani.
Haveria de permanecer mais um ano e meio em Alvalade, mas não voltou a recuperar a titularidade, tendo somado mais 21 golos em 41 partidas aos 16 remates certeiros em 33 encontros da primeira época. Ainda assim, foi importante para a conquista da Taça de Portugal em 2014-15, ao marcar o golo, já em tempo de compensação, que atirou a final diante do Sp. Braga para prolongamento.
No início de 2016 transferiu-se para os chineses do Tianjin Teda, que por sua vez o emprestou aos canadianos do Vancouver Whitecaps durante todo o ano de 2017.
Em janeiro de 2018 regressou de forma surpreendente ao Sporting, aos 30 anos, para vencer duas Taças da Liga (2017-18 e 2018-19) e uma Taça de Portugal (2018-19), embora tivesse deixado o clube no início de 2019 para voltar aos Vancouver Whitecaps. Nessa segunda aventura em Alvalade, amealhou mais 37 partidas e nove golos de leão ao peito.
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Teófilo Gutiérrez |
Quem chegou a partilhar o
balneário e a concorrer com Montero na frente do ataque do Sporting
foi Teófilo Gutiérrez, um importante avançado da seleção
colombiana que havia estado na Copa América 2011 e no Mundial 2014 e que
foi contratado ao River
Plate por 3,4 milhões de euros no verão de 2015, por indicação do treinador
Jorge
Jesus, quando já tinha 30 anos.
O atacante começou a temporada
2015-16 como titular e até marcou (de forma algo fortuita) logo na estreia,
dando a vitória sobre o Benfica
que valeu a conquista da Supertaça
Cândido de Oliveira. Também faturou numa célebre vitória sobre o eterno
rival por 3-0 no Estádio
da Luz, fechando a temporada com 15 remates certeiros em 32 jogos, um registo
satisfatório sobretudo tendo em conta que a meio da época foi gerido com pinças
devido a uma lesão que o afastou dos relvados durante meados de dezembro e
meados de janeiro.Não totalmente adaptado a Portugal, nunca escondeu a vontade de regressar à América do Sul, que acabou por ser concretizada em agosto de 2016, quando foi emprestado aos argentinos do Rosario Central. Cerca de um ano depois, o Sporting transferiu-o em definitivo para os colombianos do Junior Barranquilla por 1,8 milhões de euros. “Recordarei sempre a oportunidade de ter regressado à Europa, pela mão de um clube tão importante”, escreveu nas redes sociais aquando da despedida.
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Cristián Borja |
Mais recentemente, defendeu as
cores do Sporting
o defesa Cristián Borja, internacional pelo seu país e que podia atuar
como central ou lateral esquerdo. Contratado em janeiro de 2019 aos mexicanos
do Toluca por 3,2 milhões de euros, foi uma das primeiras contratações da
estrutura liderada por Frederico Varandas, numa altura em que o treinador era Marcel
Keizer.
Bastante utilizado pelo
neerlandês, venceu a Taça
de Portugal na época de estreia e foi convocado para a Copa América desse
ano, mas depois foi perdendo espaço com Silas
e posteriormente com Ruben
Amorim, tendo deixado Alvalade
em janeiro de 2021 para rumar ao Sp.
Braga no âmbito da transferência de Paulinho para os leões.Despediu-se dos verde e brancos ao fim de 49 jogos e um golo em dois anos, sendo que os dois encontros em que atuou no campeonato português pelo Sporting em 2020-21 lhe valeram, no final dessa temporada, o estatuto de campeão nacional.
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