sábado, 26 de julho de 2025

Recorde todas as edições da Eusébio Cup

Eusébio Cup foi implementada no verão de 2008
Implementada em 2008 como forma de homenagear, na altura ainda em vida, a figura maior da história do Sport Lisboa e Benfica, Eusébio da Silva Ferreira, a Eusébio Cup é um troféu de pré-época que opõe os encarnados a uma equipa convidada, que tem sido sempre um clube estrangeiro.
 
Maioritariamente disputada no Estádio da Luz, com exceção às edições de 2015 (em Monterrey, no México) e 2018 (no Estádio Algarve), a prova vai este ano para a sua 13.ª edição.
 
O vencedor recebe uma taça feita de vidro, que tem no topo uma figura de Eusébio a executar o seu remate típico, à semelhança da estátua que existe no exterior do Estádio da Luz.
 
O Benfica é, claro, o clube mais titulado, com cinco vitórias, mas o troféu também já foi vencido por Inter de MilãoTottenhamSão PauloAjax, Monterrey, Torino e Lyon.
 
Vale por isso a pena recordar todas as edições da Eusébio Cup.
 
 
15 de agosto de 2008 – Estádio da Luz
Benfica 0-0 (4-5 g.p.) Inter de Milão
O primeiro convidado da Eusébio Cup foi o Inter de Milão, então orientado por José Mourinho e com os portugueses Luís Figo e Pelé no plantel, assim como outros jogadores de renome como Zlatan Ibrahimovic, Júlio César, Javier Zanetti, Maicon ou Esteban Cambiasso.
Após 90 minutos sem golos, no qual o Benfica de Quique Flores se apresentou a muito bom nível, a decisão teve lugar num desempate por penáltis, com o Inter a levar a melhor, por 5-4.
Os benfiquistas Fellipe Bastos (rematou ao lado) e Nélson (por cima) e o milanês Ibrahimovic (atirou para as nuvens) foram os futebolistas que desperdiçaram grandes penalidades, ao passo que Cambiasso deu a vitória aos nerazzurri.
 
 
 
8 de agosto de 2009 – Estádio da Luz
Benfica 1-1 (5-4 g.p.) AC Milan
Segunda edição, segundo convidado da cidade do Milão, desta feita o AC Milan então orientado pelo brasileiro Leonardo, que na altura sucedia a Carlo Ancelotti, e que tinha no plantel figuras como Alessandro Nesta, Thiago Silva, Gianluca Zambrotta, Andrea Pirlo ou Ronaldinho.
Depois de uma primeira parte sem golos, as águias então orientadas por Jorge Jesus adiantaram-se à beira da hora de jogo, por intermédio de Óscar Cardozo, de cabeça, após grande cruzamento de Shaffer a partir do corredor esquerdo. Os rossoneri haveriam de chegar ao empate aos 87 minutos, quando Sidnei desviou para a própria baliza um cruzamento rasteiro de Alexandre Pato.
Foi então necessário recorrer a um desempate por penáltis, tal como na primeira edição, com Quim a brilhar, tendo defendido quatro pontapés, ajudando os encarnados a vencer por 5-4.
 
 
 
3 de agosto de 2010 – Estádio da Luz
Pela primeira vez na história, a Eusébio Cup decidiu-se no tempo regulamentar, para mal dos pecados do Benfica de Jorge Jesus, derrotado por um Tottenham de Harry Redknapp com um elenco invejável, no qual constavam os nomes de Kyle Walker, Luka Modric, Gareth Bale, Peter Crouch ou Jermain Defoe.
O único golo do encontro foi apontado por Gareth Bale, na altura um jovem lateral esquerdo de 22 anos, aos 55 minutos.
 
 
 
6 de agosto de 2011 – Estádio da Luz
Após dois adversários milaneses, dois londrinos. Depois do Tottenham, o Arsenal de Arsène Wenger, que apesar das saídas que todos os anos enfraqueciam o plantel conseguia arranjar forma de se ir apurando para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Nessa equipa pontificavam nomes como Wojciech Szczesny, Bacary Sagna, Thomas Vermaelen, Alex Song, Aaron Ramsey, Tomas Rosicky, Robin van Persie ou Andrei Arshavin.
Os gunners começaram melhor e abriram o ativo pouco depois da meia hora, por intermédio de Van Persie, a responder da melhor forma a um cruzamento de Kieran Gibbs, no seguimento de um bonito lance de envolvimento coletivo.
A resposta do Benfica de Jorge Jesus surgiu no primeiro quarto de hora da segunda parte. Pablo Aimar empatou a partida aos 50 minutos, a passe de Nolito, e à passagem da hora de jogo foi a vez do extremo espanhol faturar, na sequência de jogada individual.
 
 
 
27 de julho de 2012 – Estádio da Luz
Quatro anos depois, uma equipa de José Mourinho foi convidada, no caso o Real Madrid, que se apresentou muito desfalcado no Estádio da Luz, sem Cristiano Ronaldo, Pepe, Özil, Khedira, Casillas, Arbeloa, Sergio Ramos, Albiol, Xabi Alonso e Marcelo. Por outro lado, Fábio Coentrão e Di María reencontraram a antiga equipa.
O Benfica de Jorge Jesus começou melhor e inaugurou o marcador logo aos quatro minutos, curiosamente graças a um cabeceamento certeiro de um antigo jogador merengue, Javi García, na resposta a um livre lateral apontado por Carlos Martins.
Depois José María Callejón bisou no espaço de dois minutos (aos 18’ e aos 20’), com assistências de Di María e Higuaín, mas Witsel restabeleceu a igualdade logo a seguir, após mais um livre lateral de Carlos Martins.
Na segunda parte, as águias subiram o nível, sobretudo após a entrada de Enzo Pérez, e marcaram por mais três vezes. O argentino, que ainda não tinha sido convertido de extremo a médio, apontou dois belíssimos golos a (53’ e 85’) a Antonio Adán e pelo meio ainda esteve na jogada do 4-2, da autoria de Carlos Martins.
 
 
 
3 de agosto de 2013 – Estádio da Luz
Pela terceira vez na história e pelo segundo ano consecutivo, o Benfica defrontou uma equipa orientada por um seu antigo treinador, no caso o São Paulo de Paulo Autuori, que ainda tinha à sua disposição o eterno guarda-redes Rogério Ceni, na altura já com 40 anos.
Numa altura algo conturbada para os encarnados, na ressaca da época do quase em que perderam o campeonato para o FC Porto na reta final e as finais da Liga Europa e da Taça de Portugal para Chelsea e Vitória de Guimarães, respetivamente, a contestação a Jorge Jesus subiu de tom com a derrota às mãos do tricolor paulista na Eusébio Cup, a última vivenciada pelo patrono do troféu.
Aloísio (53 minutos) e Rafael Tolói (63’) marcaram, já na segunda parte, os golos da vitória do conjunto brasileiro.
 
 
 
26 de julho de 2014 – Estádio da Luz
Tal como este ano, a edição de 2014 foi disputada a 26 de julho.
Se até aí o Benfica havia conseguido responder com uma vitória sempre que na edição anterior havia sido derrotado, desta feita as águias de Jorge Jesus falharam. Culpa do Ajax de Frank de Boer, que alcançou o triunfo graças a um golo solitário de Ricardo Kishna no final da primeira parte (41 minutos), numa jogada algo aos trambolhões.
 
 
 
3 de agosto de 2015 – Estadio BBVA (Monterrey, México)
Monterrey 3-0 Benfica
A primeira e por enquanto única edição disputada fora de Portugal, mas com um motivo nobre: serviu para inaugurar o Estadio BBVA, que vai receber jogos do Mundial 2026 e que é casa de um clube que Eusébio representou na década de 1970, o Monterrey.
A equipa mexicana assinalou a estreia do então novo treinador benfiquista Rui Vitória na competição com um estrondoso 3-0. Cándido Ramírez abriu o ativo aos 49 minutos, o antigo avançado benfiquista Rogelio Funes Mori aumentou para 2-0 na conversão de um penálti aos 58’ e Santiago Rivera fechou as contas aos 81’.
 
 
 
27 de julho de 2016 – Estádio da Luz
Benfica 1-1 (5-6 g.p.) Torino
Pelo quarto ano consecutivo, o Benfica ficou a ver os outros a ficar com o troféu, neste caso o Torino de Sinisa Mihajlovic, que apresentou o então futuro avançado benfiquista Andrea Belotti no onze inicial.
Os encarnados inauguraram o marcador de forma caricata, com Vives Giuseppe a marcar na própria baliza aos 11 minutos. No entanto, Adem Ljajić restabeleceu a igualdade numa execução tão magistral de um livre direto que o golo até foi aplaudido pelos adeptos das águias.
O 1-1 manteve-se até ao final dos 90 minutos, pelo que foi necessário recorrer a um desempate por penáltis, o primeiro na Eusébio Cup desde 2009. Depois de dez pontapés certeiros, Victor Lindelöf falhou a sua grande penalidade e entregou o troféu ao conjunto que viajou desde Turim.
 
 
 
1 de agosto de 2018 – Estádio do Algarve
Depois de a Eusébio Cup não se ter disputado em 2017 devido à falta de datas no calendário da Chapecoense, a primeira equipa a ser convidada, e inviabilizada por "incumprimento dos compromissos contratuais" por parte da entidade promotora do jogo após os escoceses do Rangers terem sido convidados, o troféu regressou em 2018 no… Algarve.
Num jogo no qual a defesa dos encarnados, ainda orientados por Rui Vitória, demonstrou algumas lacunas, o convidado Lyon, então comandado por Bruno Génésio, foi para intervalo a vencer por 2-0 graças a dois golos de rajada apontados no final da primeira parte, por Marcelo (41 minutos) e Bertrand Traoré (45’).
O Benfica respondeu no segundo tempo, com Pizzi a reduzir a diferença (59’) e Marcelo na própria baliza a restabelecer a igualdade (64’), mas Martin Terrier devolveu a vantagem aos franceses já na reta final da partida (83’).
Além da Eusébio Cup, o jogo contava também para a International Champions Cup, torneio de pré-época que reunia 18 equipas europeias de renome.
 
 
 
26 de julho de 2022 – Estádio da Luz
Após três anos de interregno, a Eusébio Cup regressou em 2022 – a 26 de julho tal como este ano –, já com o Benfica a ser orientado por Roger Schmidt depois de Bruno Lage, Jorge Jesus e Nélson Veríssimo terem passado pelo banco encarnado após a saída de Rui Vitória.
Gonçalo Ramos adiantou as águias à passagem do quarto de hora de jogo, na sequência de um canto cobrado por João Mário, mas Miguel Almirón restabeleceu a igualdade aos 22’, a passe de Trippier.
Grimaldo devolveu a vantagem ao Benfica por volta da meia hora, de livre direto, mas Almirón voltou a empatar a passe de Trippier ao cair do pano da primeira parte.
O 2-2 durou até bem perto do apito final de Nuno Almeida, quando o recém-entrado Henrique Araújo apontou o golo da vitória benfiquista (89’).
 
 
 
28 de julho de 2024 – Estádio da Luz
Após mais um interregno, desta feita de um ano, a Eusébio Cup voltou em 2024, naquela que foi a edição mais desequilibrada de sempre, com o Benfica de Roger Schmidt a levar a melhor sobre o Feyenoord de Brian Priske.
O resultado foi praticamente todo construído nos primeiros 18 minutos, período do qual as águias saíram a golear por 4-0, graças aos golos de Gianluca Prestianni (9’), Vangelis Pavlidis (13’ e 15’) e Jan-Niklas Beste (18’). O quinto golo foi apontado já nos derradeiros minutos da segunda parte, pelo recém-entrado Arthur Cabral (89’).
 
 



 
 







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