sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Real SC na II Divisão B

Dez jogadores que ficaram na história do Real Sport Clube
E por que não fundar um clube no dia de Natal? Terá sido isso o que pensaram em 1951 os criadores do Grupo Desportivo de Queluz, emblema que a 7 de agosto de 1995 se fundiu com o Clube Desportivo e Recreativo de Massamá com o intuito de criar na cidade de Queluz um clube eclético e mais representativo, dando origem ao Real Sport Clube.
 
A escolha do nome está relacionada com o Palácio Real de Queluz, ex-libris da cidade, enquanto as cores do clube (azul claro, preto e amarelo) é uma junção dos clubes que lhe deram origem.
 
Apesar da fusão ter acontecido, o Real SC assume como data de fundação a do Grupo Desportivo de Queluz, porque era o clube que tinha a inscrição regularizada na Federação Portuguesa de Futebol e que tinha as instalações que viriam a ser utilizadas pela nova agremiação.
 
Ao longo dos tempos, tem vindo a ser conhecido como Real Massamá, uma designação incorreta, segundo os responsáveis. Embora a sede seja mesmo em Massamá, o campo é em Monte Abraão, na freguesia de Queluz, de onde são naturais os sócios mais antigos.
 
Logo um ano após a fusão em 1996, o Real SC conseguiu chegar pela primeira vez aos campeonatos nacionais, ao participar na III Divisão. Após várias épocas entre os distritais da AF Lisboa e a III Divisão, os realistas foram promovidos à II Divisão B em 2005 e por lá ficando em 2011. Em 2006-07 alcançaram o primeiro lugar na Série D, mas não lograram a subida à II Liga devido a uma derrota com o Fátima no playoff de promoção.
 
Em termos de Taça de Portugal, o melhor que a formação de Queluz conseguiu foi atingir os oitavos de final em 2016-17, quando foi eliminada pelo Benfica no Estádio do Restelo.
 
Paralelamente, o emblema da Linha de Sintra tem sido um viveiro de craques, tendo passado pela formação do clube nomes como Nani, Ivan Cavaleiro, Pedro Mendes, Rafael Camacho, Rodrigo Fernandes, Ricardo Vaz Tê, Florentino Luís, Garry Rodrigues, Miguel Cardoso, Rafael Ramos ou Abel Camará.
 
Vale por isso a pena recordar os dez futebolistas com mais jogos pelo Real Sport Clube ao longo das seis participações do clube na II Divisão B.
 
 

10. Dário (61 jogos)

Dário
Médio ofensivo/extremo lisboeta, passou por Casa Pia, Sp. Covilhã, Mafra e Atlético antes de reforçar o Real SC no verão de 2007.
Em duas temporadas ao serviço dos realistas acumulou um total de 61 encontros (47 a titular) e apontou 11 golos, ajudando a equipa a fazer duas épocas tranquilas.
Depois mudou-se para os açorianos do Madalena, tendo ainda passado por clubes como 1º Dezembro, Sintrense e Lourinhanense. Aos 40 anos, ainda joga nos distritais da AF Lisboa, ao serviço do Santo António.
 
 

9. Zorro (63 jogos)

Tiago Zorro
Defesa central lisboeta que jogou na formação do Alverca ao lado de Mantorras, passou pelo Olivais e Moscavide antes de se juntar no verão de 2002 ao Real SC, que na altura militava na III Divisão.
Na terceira temporada no clube, em 2004-05, contribuiu para uma então inédita promoção à II Divisão B, patamar em que disputou 63 jogos (58 a titular) e marcou dois golos entre 2005 e 2009, tendo participado na magnífica campanha que em 2006-07 culminou no primeiro lugar na Série D.
Em 2009 deixou o clube e rumou ao vizinho 1º Dezembro, onde encerrou a carreira.
 
 


8. Tigas (73 jogos)

Tigas
Médio natural de Santarém, passou por vários clubes ribatejanos e pelo Caldas antes de reforçar o Real SC em janeiro de 2008, na altura proveniente do Abrantes.
Com impacto imediato na equipa, foi titular nos 14 jogos que disputou até ao final dessa temporada e apontou cinco golos, diante de Mafra, Madalena (três) e Lusitânia.
Seguiram-se mais dois anos e meio no emblema da Linha de Sintra, tendo somado mais 59 partidas (44 a titular) e oito remates certeiros ao serviço dos realistas.
Em janeiro de 2011 mudou-se para o Juventude de Évora e depois voltou aos distritais ribatejanos.
 
 

7. Ailton (81 jogos)

Ailton
Possante avançado guineense que tinha jogado na II Liga ao serviço de Desp. Chaves e Barreirense e na II Divisão B espanhola, reforçou o Real SC no verão de 2007 e desde logo assumiu o papel de goleador da equipa.
Em 81 jogos ao serviço da formação de Queluz atuou em 81 jogos (76 a titular) e faturou por 34 vezes – nove golos em 2007-08, 11 na época seguinte e 14 em 2009-10 –, registo que faz dele o melhor marcador de sempre dos realistas na II Divisão B.
Após mostrar a veia goleadora na Linha de Sintra rumou ao Atlético para ajudar o emblema de Alcântara a chegar à II Liga e tornou-se internacional pela Guiné-Bissau.
 
 


6. José Mário (86 jogos)

José Mário
Defesa central com experiência de II Divisão B adquirida ao serviço de Vilafranquense, Casa Pia e Académico Viseu, reforçou o Real SC em janeiro de 2006.
No primeiro ano e meio na formação de Queluz amealhou um total de 25 jogos (todos como titular), contribuindo para a obtenção do primeiro lugar na Série D em 2006-07.
Na época seguinte foi emprestado ao Atlético, mas voltou ao emblema na Linha de Sintra para mais três temporadas de muita utilização, nas quais acumulou 61 encontros (53 a titular) e dois golos, não conseguindo evitar a despromoção à III Divisão em 2011.
Depois rumou ao Futebol Benfica, onde haveria de pendurar as botas.
 
 

5. Bruno Fernandes (105 jogos)

Bruno Fernandes
Guarda-redes que jogou ao lado de Simão e Miguel na formação do Sporting e que integrou os vários plantéis do Alverca que disputaram a I Liga por altura da viragem do milénio, reforçou o Real SC no verão de 2007, proveniente do Imortal.
Desde cedo se impôs como titular indiscutível na baliza da formação de Queluz, tendo amealhado 105 jogos e 133 golos sofridos, não conseguindo evitar a descida à III Divisão em 2011, no ano de despedida do clube.
Após a despromoção rumou ao vizinho 1º Dezembro.
 

4. Miguel Gonçalves (132 jogos)

Miguel Gonçalves
Jogador polivalente, capaz de jogar como defesa lateral o extremo, fez parte da formação no Benfica ao lado de Bruno Caires e Maniche, entre outros, jogou na II Liga ao serviço do Estoril assim que subiu a sénior.
Ao Real SC chegou no verão de 1997 e por lá ficou durante década e meia, até ao final da carreira, tendo vivido momentos como as conquistas do título distrital da AF Lisboa em 1999 e 2002, a promoção à II Divisão B em 2005.
Em termos de II B participou num total de 132 encontros (127 a titular) e apontou dez golos, contribuindo para a obtenção do primeiro lugar na Série D em 2006-07.
 
 
 

3. Hugo Rosa (141 jogos)

Hugo Rosa
Atacante com experiência de campeonatos nacionais adquirida ao serviço de Pescadores da Costa da Caparica e Casa Pia, reforçou o Real SC a meio da temporada 2005-06, na qual foi a tempo de participar em 18 jogos (15 a titular) e apontar três golos.
Na época seguinte foi um dos principais destaques da equipa que terminou a Série D da II Divisão B em primeiro lugar, tendo apontado 12 golos em 27 partidas (25 a titular).
Porém, no verão de 2007 mudou-se para o Atlético na companhia do treinador Jorge Paixão e dos jogadores Hugo Gonçalves, José Mário, Diogo Calheiros e Dino, mas voltou ao emblema da Linha de Sintra em dezembro, tendo participado em 17 partidas (10 a titular) e faturado por três vezes.
Seguiram-se mais três anos em Queluz, nos quais amealhou mais 79 encontros (56 a titular) e 19 remates certeiros. Ainda assim, não evitou a descida à III Divisão no ano de despedida, em 2011.
Depois mudou-se para o Oriental e passou por Cova da Piedade e Amora antes de pendurar as botas.
 
 


2. Dino (146 jogos)

Dino
Defesa central/médio defensivo de elevada estatura (1,88 m), foi contratado pelo Real SC ao Casa Pia em dezembro de 2005, fazendo o mesmo trajeto do treinador Jorge Paixão e dos jogadores Diogo Calheiros, Hugo Rosa, Tiago Santos e José Mário.
Na primeira época e meia na formação de Queluz atuou em 39 partidas (32 a titular) e apontou três golos na II Divisão B, contribuindo para a obtenção do primeiro lugar na Série D em 2006-07.
Depois foi um dos que jogadores que seguiu viagem para o Atlético com Jorge Paixão. Porém, voltou aos realistas ainda em outubro de 2007, permanecendo no clube até 2012. Nesse período participou em mais 107 encontros (102 titular) e marcou mais nove golos na II Divisão B, não conseguindo evitar a despromoção à III Divisão em 2011.
Depois mudou-se para o Sertanense.
 
 
 

1. Diogo Calheiros (151 jogos)

Diogo Calheiros
Médio lisboeta com toda a formação feita no Futebol Benfica, clube em que iniciou o seu trajeto no futebol sénior, passou ainda pelo Casa Pia antes de rumar ao Real SC em dezembro de 2005.
No primeiro ano e meio no clube totalizou 45 encontros (todos como titular) e apontou três golos na II Divisão B, tendo contribuído para a obtenção do primeiro lugar da Série D em 2006-07.
Entretanto rumou ao Atlético na companhia do treinador Jorge Paixão e de vários jogadores, mas voltou à formação de Queluz em outubro de 2007 e por lá ficou até ao verão de 2011, acumulando mais 106 partidas (101 a titular) e faturou por oito vezes, despedindo-se com a descida à III Divisão.
Depois regressou ao Fofó, onde haveria de encerrar a carreira em 2015.
 




 







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