quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Hoje faz anos o brasileiro importado por Vítor Urbano que brilhou nos rivais minhotos. Quem se lembra de Riva?

Riva passou quatro anos em Guimarães e dois em Braga
Riva ficou na memória dos seguidores do futebol português por ter ajudado o Vitória de Guimarães a alcançar dois apuramentos europeus consecutivos e um lugar no pódio da I Divisão em 1997-98 e o Sp. Braga a ficar à frente do Benfica em 2000-01, mas foi o Paços de Ferreira a sua porta de entrada em Portugal, em 1993-94.
 
“Olha, surgi para o futebol no Valério Doce de Itabira, e fui considerado o melhor jogador de base de Minas Gerais. Aí, o Cruzeiro me contratou para disputar o campeonato brasileiro. Depois do campeonato terminar, o empresário Adelson, junto com mister Vitor Urbano do Paços de Ferreira, me contratou por empréstimo”, contou ao portal Prémio Carreira em dezembro de 2016.
 
Na época de estreia no futebol luso não conseguiu impedir que os pacenses descessem à II Liga e depois acabou por voltar ao Brasil para representar o América do Rio de Janeiro, mas Vítor Urbano manteve-o debaixo de olho. Quando o treinador natural de Aveiro orientava o Desp. Chaves, em 1995-96, recrutou novamente o extremo brasileiro. “Num belo dia, depois do treino, chegou o meu grande amigo mister Urbano e perguntou-me: ‘Quer voltar para Portugal mais uma vez para trabalhar comigo?’ Na mesma hora aceitei. O mister Urbano ajudou-me muito”, revelou.
 
A nova parceria Urbano-Riva nem chegou a durar meia época, porque o treinador deixou o cargo antes do final de 1995, mas o atacante ajudou os flavienses a assegurar a permanência  na I Divisão e conseguiu valorizar-se, tendo dado o salto para o Vitória de Guimarães, uma das equipas às quais tinha faturado pelos transmontanos, no verão de 1996. “Você jogar por dois clubes que disputavam a permanência na I Liga e receber um convite de um grande clube como o Vitória de Guimarães, que disputa competição europeia... aceitei na hora! Devo muito ao Paços e ao Chaves o meu crescimento como atleta, e os adeptos deles têm o meu carinho e respeito, mas o Vitória era uma grande oportunidade”, lembrou.
 
Seguiram-se quatro temporadas de “grandes jogos” e “grandes golos” no Dom Afonso Henriques ao lado de jogadores como Neno, José Carlos, Fernando Meira, Vítor Paneira, Capucho, Edinho, Gilmar, Pedro Espinha, Fredrik Söderström, Edmilson e Brandão. Entre 1996 e 2000 atuou em 117 jogos pelos vimaranenses e somou 20 remates certeiros, quase metade em 1999-00, às ordens de Quinito, que lhe deu mais liberdade para atacar. “Clube grande, adeptos fantásticos, cidade belíssima. Joguei ao lado de jogadores consagrados. Fui muito feliz lá”, frisou, destacando a vitória sobre o Parma de Buffon, Thuram, Zola, Chiesa e Cannavaro em Guimarães como o encontro mais marcante desse período.
 
 
Apesar de ter acabado de viver a época mais produtiva da carreira, no verão de 2000 foi dispensado, assim como os companheiros de ataque Edmilson e Brandão, pelo treinador Paulo Autuori.
 
Riva decidiu então rumar ao vizinho e rival Sp. Braga, tal como Edmilson, ajudando os bracarenses alcançar um (na altura brilhante, hoje banal…) quarto lugar no campeonato em 2000-01, às ordens de Manuel Cajuda. Nessa época os arsenalistas acabaram à frente do Benfica, que terminou na sexta posição, e tinham no plantel jogadores como Quim, Luís Filipe, Castanheira, José Nuno Azevedo, Miki Fehér, Zé Roberto, Ricardo Rocha, Tiago, Andrade e Barroso. Em dois anos no Estádio 1º de Maio totalizou 55 partidas e seis golos, despedindo-se do futebol português em meados de 2002, à beira de comemorar o 32.º aniversário.
 
 
No rescaldo da carreira, Riva recorda uma “passagem maravilhosa” por Portugal e deixa muitos elogios ao povo e ao futebol do nosso país, mas só há uma coisa de que o antigo extremo brasileiro não sente saudades: “Viajar para a ilha da Madeira era difícil, tinha medo! A malta ria de mim demais. Gostava de andar de avião, mas a pista lá era pequena.” 






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