Hoje faz anos o eleito de Bruno Carvalho para treinar o Benfica que levou 8-1 na Luz. Quem se lembra de Carlos Azenha?

Carlos Azenha orientou o Vitória FC entre junho e setembro de 2009
Foi adjunto de Jorge Jesus no Vitória de Setúbal, de Jesualdo Ferreira no FC Porto e de Toni nos chineses do Changsha Ginde e nos egípcios do Al Ahly e bandeira eleitoral de um candidato à presidência do Benfica, mas quando foi finalmente chamado a assumir o comando técnico de uma equipa… correu tudo muito mal.
 
Bagagem não faltava a Carlos Azenha, nascido a 4 de novembro de 1966, em Lisboa. Além de ter sido adjunto de alguns dos principais treinadores portugueses, estagiou com Valeri Lobanovskyi, Arrigo Sacchi e Louis Van Gaal após ter feito o curso de treinador com média de 17 valores.
 
No início de junho de 2009, após um ano a trabalhar como comentador televisivo, saltou para a ribalta quando um candidato à presidência do Benfica, Bruno Costa Carvalho, o anunciou como futuro treinador dos encarnados caso viesse a ser eleito, numa altura em que o então presidente Luís Filipe Vieira se preparava para anunciar Jorge Jesus como novo técnico das águias.

Hoje faz anos o guarda-redes com a carreira marcada por um choque com Mantorras. Quem se lembra de Ivo?

Ivo Oliveira sofreu traumatismo cranioencefálico em 2001
Fez a formação no FC Porto, foi internacional pelas seleções jovens, estreou-se na I Liga aos 20 anos e esteve num Europeu de sub-21, mas teve a carreira marcada por um violento choque com Mantorras que lhe provocou um traumatismo cranioencefálico em agosto de 2001.
 
Guarda-redes nascido na cidade do Porto a 4 de novembro de 1980, desde cedo que mostrou ter jeito para ir à baliza. Começou por jogar nas camadas jovens de Maia e Boavista, mas em 1995 deu o salto para os juvenis do FC Porto, clube que o catapultou para as seleções nacionais – somou seis internacionalizações pelos sub-15 e um pelos sub-16.
 
Aos 15 anos já treinava com os seniores dos dragões, aos 16 deixou de estudar porque “tinha destinado ser profissional de futebol” e aos 17 rejeitou ficar na equipa B do FC Porto para se estrear como sénior no União de Lamas, então na II Liga.

Neste dia em 2004, o Benfica caiu com estrondo em Estugarda

Já não tenho a certeza se assisti ao jogo através da televisão, mas tenho memória de ter acontecido e do resultado. Numa época em que a então Taça UEFA estreou uma fase de grupos em que as 40 equipas eram distribuídas por oito grupos (de cinco) e defrontavam dois adversários em casa e dois fora, o Benfica teve de se deslocar ao terreno do Estugarda, na altura uma das mais poderosas equipas alemãs e cliente habitual das provas europeias.

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O “chuta-chuta” que acompanhou Jesus no Benfica e no Sporting. Quem se lembra de Bruno César?

Bruno César ganhou uma Taça da Liga pelo Benfica e outra pelo Sporting
Numa era em que o futebol se tornava cada vez mais padronizado e com tantos jogadores com o penteado da moda e um físico imaculado, Bruno César era uma espécie de elemento disruptor, que parecia ter viajado do passado. Com uma careca à Santo António precocemente desenvolvida e uma tendência natural para ser mais volumoso do que os demais, não hesitava em armar o remate onde o jogador comum optava pelo passe.
 
Dotado de um pé esquerdo bem calibrado e de uma cultura tática que lhe permitia jogar em várias posições, desde lateral esquerdo a extremo direito sem esquecer as funções de n.º 10, nasceu a 3 de novembro de 1988 em Santa Bárbara d'Oeste, no estado brasileiro de São Paulo, e começou por jogar futebol nas camadas jovens do modesto União Barbarense.

O lateral internacional brasileiro que não confirmou a reputação no Sporting. Quem se lembra de Gil Baiano?

Gil Baiano representou o Sporting em 1996-97
Há jogadores brasileiros oriundos dos estaduais que chegam a Portugal e afirmam-se ao mais alto nível. Outros vêm diretamente do Brasileirão e com internacionalizações no currículo, mas não conseguem confirmar a reputação na Europa. Gil Baiano, lateral direito com sete jogos pela canarinha que passou pelo Sporting em 1996-97, foi um desses casos.
 
Nascido em Tucano, no estado da Bahia, a 3 de novembro de 1966, mudou-se para Campinas ainda tenra idade e começou a jogar futebol nas camadas jovens do Guarani, chegando a estrear-se pela equipa principal em 1987 antes de se mudar para o Bragantino no ano seguinte, no âmbito da transferência Vitor Hugo para o bugre.

Neste dia em 2000, Pedro Barbosa abriu o livro na goleada do Sporting sobre a União de Leiria

Pedro Barbosa apontou dois golaços frente à União em 2000
Falar da minha primeira memória entre Sporting e União de Leiria leva-me de volta à infância e aos braços de quem já não está entre nós. Recordo-me perfeitamente de não ter assistido ao jogo em causa, mas de ter acompanhado o resumo alargado na RTP, na casa dos meus avós (entretanto já falecidos) numa aldeia do Baixo Alentejo. Estávamos a 3 de novembro de 2000, uma sexta-feira fria de outono.
 
Na altura era adepto de futebol há pouco tempo, mas devorava tudo o que podia relacionado com o desporto-rei, sobretudo com o Sporting, até porque aquele fim de jejum de 18 anos sem títulos nacionais foi o clique que eu e os meus colegas de turma precisavam para que o futebol se tornasse no tempo dominante na sala e no recreio.

sábado, 1 de novembro de 2025

Neste dia em 2003, o Sporting perdeu pontos pela primeira vez no novo estádio

Idalécio e Silva em disputa de bola no jogo de Alvalade
Os jogos entre Rio Ave e Sporting ainda não atingiram o estatuto de clássico de futebol português, mas jamais me esquecerei do primeiro duelo que vivenciei entre ambos os clubes. Porquê? Porque assisti ao encontro ao vivo, naquela que foi a primeira vez que entrei num dos estádios construídos para o Euro 2004, no caso o Estádio José Alvalade.

Os dez novos ou remodelados recintos que Portugal ganhava por essa altura primavam quase todos pela modernidade, nomeadamente pela maior proximidade entre relvado e bancadas e pela cobertura que protege os adeptos da chuva ou do sol, entre outras funcionalidades. No caso do então também conhecido como Alvalade XXI, destacavam-se igualmente as bancas coloridas, com o propósito de dar sempre a ideia de grandes assistências, e o não menos controverso fosso entre bancadas e o relvado.