segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Hoje faz anos a arma secreta do FC Porto de Mourinho para os grandes jogos. Quem se lembra de Pedro Mendes?

Pedro Mendes representou o FC Porto em 2003-04
Muitas vezes esquecido, até pela própria seleção nacional, Pedro Mendes fez uma carreira fantástica: foi internacional jovem, estreou-se de quinas ao peito quando jogava no Vitória de Guimarães, foi campeão nacional e europeu pelo FC Porto, venceu uma Taça de Inglaterra pelo Portsmouth, somou quase 90 partidas na Premier League, conquistou dois campeonatos da Escócia e esteve num Mundial.
 
Médio capaz de desempenhar várias funções na zona medular e com bom remate de meia distância, dividiu a formação entre Desportivo das Aves, Vitória de Guimarães e Ribeira de Pena. Quando transitou para sénior, em 1998-99, foi emprestado pelos vimaranenses ao Felgueiras, que com este centrocampista ficou a um pequeno passo de subir à I Liga.
 
Após esse empréstimo regressou ao Dom Afonso Henriques, onde foi ganhando paulatinamente o seu espaço até explodir em 2002-03, às ordens de Augusto Inácio, como motor do meio-campo de uma equipa que haveria de concluir o campeonato em quarto lugar. Os bons desempenhos valeram-lhe as duas primeiras internacionalizações, diante da Escócia em novembro de 2002, com Agostinho Oliveira, e frente à Itália em fevereiro de 2003, já com Luiz Felipe Scolari.
 
 
O salto para um clube de maior dimensão também foi inevitável. Acabou por ser o FC Porto, recém-coroado campeão nacional e vencedor da Taça UEFA, a levá-lo. Só passou uma temporada na Invicta, mas saboreou a conquista de uma Champions e de um campeonato. Quando José Mourinho optava por um 4x3x3, geralmente ficava de fora, mas quando nos jogos mais importantes o special one se decidia por um 4x4x2 losango, Pedro Mendes juntava-se aos titularíssimos Costinha, Maniche e Deco no meio-campo. Foi assim na final de Gelsenkirchen (3-0 ao Mónaco), na vitória na Corunha na segunda-mão das meias-finais e no triunfo sobre o Manchester United no Dragão na primeira-mão dos oitavos, assim como nos clássicos em Alvalade e na Luz. “O FC Porto é um clube onde fui muito feliz”, recordou, em março de 2020.
 
Após essa temporada seguiu para o Tottenham, num negócio que levou Hélder Postiga de volta para o FC Porto, e brilhou no futebol do Reino Unido durante cinco anos e meio, conseguindo ganhar uma Taça de Inglaterra pelo Portsmouth (2007-08) e dois campeonatos (2008-09 e 2009-10) e uma Taça da Escócia (2008-09) pelo Rangers.
 
 
No final de 2009 regressou à seleção após seis anos e meio de ausência, pela mão de Carlos Queiroz, numa altura em que já era trintão. Poucos meses depois haveria ainda de voltar a Portugal pela porta do Sporting. Se a primeira meia época em Alvalade até foi positiva e permitiu-lhe ir ao Mundial 2010, a segunda temporada de verde e branco ficou marcada por lesões, apesar de o treinador Paulo Sérgio o ter incluído no lote de capitães.
 
 
Haveria de encerrar a sua bonita carreira ao serviço do Vitória de Guimarães em 2011-12. Depois tornou-se agente de jogadores.



 




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