domingo, 3 de maio de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Gil Vicente na I Divisão

Dez figuras emblemáticas da história do Gil Vicente na I Divisão
Fundado a 3 de maio de 1924 por iniciativa de um grupo de jovens que se reunia regularmente no Largo Doutor Martins Lima, então conhecido por Largo do Teatro, por ali se encontrar o Teatro Gil Vicente – daí o nome do clube -, o Gil Vicente Futebol Clube esperou quase 70 anos para chegar ao patamar maior do futebol português.

Nos anos 1940 os gilistas passaram a ser presença habitual nos campeonatos nacionais, nomeadamente na II Divisão, mas raramente estiveram às portas da promoção à elite. Em 1976-77 os barcelenses causaram sensação na Taça de Portugal, ao chegar às meias-finais, onde foram eliminados pelo Sp. Braga, onde foram eliminados somente o jogo de desempate, mas foi preciso esperar pouco mais de uma década para atingirem a I Divisão.

Em 1989-90, o antigo lateral direito portista Rodolfo Reis assumiu o comando técnico e guiou o Gil Vicente à elite do futebol nacional. Os jovens Folha, Capucho e Paulo Alves, que haveriam de se tornar internacionais AA por Portugal, foram outros dos rostos do sucesso.

Daí para cá, a formação de Barcelos passou a ser presença assídua na I Divisão, somando já 19 participações – incluindo a de 2019/20 -, tendo como melhor classificação de sempre o 5.º lugar obtido em 1999-00. Paralelamente, voltou a atingir as meias-finais da Taça de Portugal em 2015-16, quatro anos depois de ter sido finalista vencida da Taça da Liga.

Mas voltando à I Divisão, foram 306 os futebolistas que jogaram pelo Gil Vicente no primeiro escalão. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.


10. Rosado (115 jogos)

Rosado
Médio de características defensivas ou até mesmo defesa central, chegou ao Gil Vicente à beira de completar 29 anos, no verão de 1988, já depois de ter jogado por Académica – na altura Académico – e Penafiel na I Divisão. Antes, tinha passado pela formação do Sporting e obtido duas internacionalizações pela seleção sub-18.
Sempre um dos pilares da equipa, na primeira época esteve perto da subida ao primeiro escalão, mas os gilistas não foram além do terceiro lugar na II Divisão – Zona Norte, atrás de Tirsense e Freamunde. Na temporada seguinte ajudou os barcelenses a cumprir o objetivo de subir pela primeira vez ao primeiro escalão, tendo disputado 33 jogos e marcado um golo, na receção ao Maia.
Depois jogou mais quatro anos pelo Gil Vicente entre a elite do futebol português, ajudando o clube a assegurar a permanência época após época. Foi assim em 1990-91, quando disputou os 38 encontros (37 a titular) do campeonato e marcou dois golos, a Farense e Benfica. Na época seguinte participa em 33 das 34 jornadas (sempre a titular) e volta a faturar por duas vezes, a Estoril e Torreense. Em 1992-93 já foi menos utilizado, tendo jogado 28 partidas (23 a titular) e marcado dois golos, a Farense e Estoril. E na última temporada, numa fase em que já tinha 33 anos, não foi além de 16 jogos (14 a titular).
Depois prosseguiu a carreira no Famalicão antes de terminar a carreira no Alferrarede, clube de Abrantes em que fez grande parte da formação, já como jogador-treinador. Desde que voltou à terra natal que tem trabalhado como técnico principal em clubes do distrito de Santarém.


9. Luís Coentrão (118 jogos)

Luís Coentrão
Médio criado e revelado pelo Rio Ave, deixou no verão de 2002 aquele que era até então o clube de sempre, que militava na II Liga, para voltar ao primeiro escalão com a camisola do Gil Vicente.
Em Barcelos ficou seis anos, os quatro primeiros no futebol português. Juntamente com Braima, Luís Loureiro e Casquilha formou um meio-campo sólido, que em 2002-03 ajudou os gilistas a obterem um honroso 8.º lugar, a segunda melhor classificação de sempre do clube na I Divisão.
Depois de nessa época ter disputado 29 jogos (26 a titular) e marcado dois golos, a Sp. Braga e Sporting, Luís Coentrão foi titular nos 32 encontros em que participou em 2003-04, tendo marcado um golo, e logo numa vitória sobre o FC Porto de José Mourinho.
Em 2004-05 manteve a titularidade, disputando 29 partidas (26 a titular) e faturado por duas vezes, nos empates nos terrenos de Marítimo e União de Leiria. Porém, na temporada seguinte perdeu influência, tendo sido titular em apenas 10 dos 28 encontros em que participou, embora tenha voltado a marcar dois golos, à Naval e ao seu Rio Ave.
Haveria de continuar no clube por mais dois anos apesar da despromoção à II Liga motivada pelo Caso Mateus. Em 2008 mudou-se para a União de Leiria e passaria ainda por Oliveirense e Vianense antes de encerrar a carreira em 2013 ao serviço do Melgacense.



8. Adriano Facchini (119 jogos)

Adriano Facchini
Guarda-redes recrutado ao União da Madeira, revelou-se um reforço de peso para o Gil Vicente para 2011-12, época em que os barcelenses regressaram à I Liga após cinco anos de ausência. Bastante fiável entre os postes, nas saídas aos cruzamentos e na defesa de grandes penalidades, contribuiu para um confortável 9.º lugar, tendo participado nas 30 jornadas, e para a chegada até à final da Taça da Ligafoi decisivo no desempate por penáltis, defendendo dois, nas meias-finais com o Sp. Braga.
Nas temporadas seguintes manteve o estatuto de titularíssimo. Em 2012-13 falhou cinco encontros, tendo disputado 25 (24 a titular), mas nas épocas que se seguiram foi totalista na I Liga: 2600 minutos em 2013-14 e 3060 em 2014-15.
Deixou Barcelos após a descida de divisão em 2015, recebendo uma homenagem por parte da direção do clube, e rumou aos turcos do Karabukspor. Voltaria a Portugal para representar Nacional e Desp. Aves. Porém, voltou à Turquia no último verão para vestir a camisola do Giresunspor, na II Liga daquele país.



7. Mangonga (132 jogos)

Makopoloka Mangonga
Extremo congolês bastante veloz, chegou a Portugal proveniente da III Divisão francesa para reforçar o Paços de Ferreira em 1988, treinou à experiência no FC Porto, mas foi levado por Rodolfo Reis para o Gil Vicente, onde se notabilizou.
A época de estreia no Adelino Ribeiro Novo ficou marcada pela subida à I Divisão. Mangonga contribuiu para esse feito na altura inédito com cinco golos, entre os quais um no jogo decisivo no terreno do Varzim, na derradeira jornada da II Divisão – Zona Norte. “Nunca fui tão feliz num campo de futebol como nessa tarde”, contou ao Maisfutebol.
Seguiram-se cinco anos bastante produtivos pelos gilistas no primeiro escalão. Logo na época de estreia mostrou ao que vinha, participando em 34 jogos (29 a titular) e marcando cinco golos, entre os quais um numa vitória sobre o Sporting em Barcelos (2-1). “Começámos a perder e demos a volta. Aquilo era só raça. Curiosamente, eu nem devia ter sido titular, porque o mister Rodolfo dizia que nos jogos com chuva eu só entrava quando os adversários estivessem cansados, para dar cabo deles com os meus piques”, recordou.
Num total de 132 jogos pelos barcelenses no patamar maior do futebol português, apontou 27 golos, que fazem dele o segundo melhor marcador de sempre do clube na I Divisão. Um dos últimos remates certeiros foi em pleno Estádio da Luz, em março de 1995, numa vitória sobre o Benfica. “Matei o Benfica sem saber bem como. Eles massacraram-nos o jogo todo, o Brassard foi um gigante na nossa baliza, e eu lá consegui fazer um bom golo na cara do grande Preud’homme”, lembrou ao Maisfutebol.
Apesar de ter marcado sete golos em 25 jogos (16 a titular) em 1994-95, foi dispensado pelo Gil Vicente e não mais voltou a ser verdadeiramente feliz na carreira: “Fiquei muito desgostoso com a minha dispensa do Gil, acho que nunca mais fui feliz a jogar. Depois tive um problema familiar grave, perdi a motivação.”
Passaria ainda por Tirsense, Beira-Mar, Académico Viseu e Cambres até ao final da carreira, encerrada em 2001.



6. Carlitos (141 jogos)

Carlitos
Um filho da terra e um produto da formação do Gil Vicente. Estreou-se pela equipa principal pouco depois de ter completado 18 anos, pela mão de Vítor Oliveira em março de 1995, numa derrota caseira com o FC Porto. Nessa época ainda era júnior e só disputou dois jogos pelos seniores, numa altura em que trabalhava numa fábrica de teares.
Na temporada seguinte ganhou mais espaço sob o comando técnico de Bernardino Pedroto, participando em 33 encontros (18 a titular) e apontando cinco golos. Porém, só em 1996-97 se tornou um titular indiscutível, tendo disputado 25 partidas (23 a titular) e marcado novamente cinco golos. “Ele era um miúdo muito rápido. Era bom quando lançado em profundidade, mas era também muito habilidoso com a bola nos pés. Para além de ser sempre um miúdo humilde e bom colega”, recordou o antigo companheiro de equipa Tuck ao Bancada.
O Gil Vicente haveria de descer de divisão em 1997, mas Carlitos deu o salto para o Real Madrid, numa fase em que o extremo era presença assídua nas convocatórias das seleções nacionais de sub-20 e sub-21. Porém, nunca passou da equipa B dos merengues e nunca se adaptou à capital espanhola, pelo que foi sucessivamente emprestado a clubes portugueses. Em 1997-98 esteve ao serviço do Sp. Braga e ajudou os bracarenses a chegarem à final da Taça de Portugal. Na segunda parte da época seguinte esteve cedido ao Estrela da Amadora.
E, por último, em 1999-00 regressou ao Gil Vicente, ainda por empréstimo do Real Madrid, para ajudar o clube da terra, então recém-promovido, a alcançar a melhor classificação de sempre na I Liga, o 5.º lugar. Seis golos, entre os quais um ao Sporting e outro ao FC Porto, em 30 jogos (21 a titular), foi o contributo do extremo para a façanha dos gilistas, então orientados por Álvaro Magalhães. “Pronto, fiz pré-época, concentrei-me e estava junto aos meus, novamente, e fiz uma época fantástica. Conseguimos a melhor época de sempre do Gil Vicente”, recordou.
Depois chegou a ter acordo com o FC Porto para rumar às Antas, mas o então presidente do Real Madrid, Lorenzo Sanz, perdeu as eleições para Florentino Pérez e o negócio já não avançou. Porém, acabou por se transferir para o Benfica, clube ao qual ficou ligado até janeiro de 2004.
Entretanto passou pelo Poli Ejido, da II Liga espanhola, e voltou à casa-mãe no verão de 2004. Já fustigado pelas lesões, não foi além de 19 jogos (14 a titular) e dois golos em 2004-05. Na temporada seguinte redimiu-se, com cinco remates certeiros em 32 partidas (28 a titular), porém, o Caso Mateus atirou o Gil Vicente para a II Liga.
Em 2006-07 começou a temporada nos barcelenses, mas a meio transferiu-se para o Belenenses, precisamente o clube que beneficiou do desfecho da decisão administrativa que despromoveu os gilistas.
Entretanto passou também pelo Vitória de Guimarães, ajudando os vimaranenses a obterem o terceiro lugar no campeonato em 2007-08, mas no verão de 2010 voltou ao Gil Vicente para encerrar a carreira com o título de campeão da II Liga e consequente promoção ao primeiro escalão. “Acabei por regressar ao Gil Vicente, conseguimos subir de divisão, mas já não me sentia a cem por cento. Decidi terminar, também porque recebi uma proposta para ficar no Gil Vicente como diretor-desportivo. Infelizmente, as coisas depois não se proporcionaram. Fiúza disse que o Gil ainda não estava preparado para isso, mas não lhe levo a mal”, contou ao Maisfutebol.
Após pendurar as botas abriu um restaurante e fundou um clube de futsal em Barcelos, o Clube de Futsal Os Galos de Barcelos, pelo qual chegou a jogar. Porém, o maior sonho do antigo extremo é tornar-se presidente do Gil Vicente.



5. Lemos (149 jogos)

Lemos
Central nascido do Brasil, mas desde tenra idade radicado no norte de Portugal, reforçou o Gil Vicente no verão de 1994, proveniente do Esposende, da II Divisão B.
Embora tivesse saltado dois patamares competitivos no espaço de poucos meses, impôs-se com naturalidade no eixo defensivo dos gilistas, formando dupla com Sérgio Cruz e Wilson nas primeiras épocas. Quase sempre titular, disputou 23 jogos e marcou um golo em 1994-95; somou 29 encontros e dois golos em 1995-96; e 27 partidas (23 a titular) e um golo em 1996-97, temporada marcada pela descida de divisão.
Manteve-se no clube na II Liga e ajudou a conquistar o título do segundo escalão e a consequente promoção ao primeiro escalão em 1999. Porém, não foi tão feliz nesta segunda passagem pela elite do futebol português, uma vez que Auri e Carlos formaram a dupla titular em 1999-00, campanha que culminou no 5.º lugar e na qual lemos só participou em 16 jogos (oito a titular), tendo marcado um golo ao FC Porto.
E 2000-01 voltou a ganhar espaço, tenho alinhado em 24 partidas (21 a titular), a maior parte das vezes ao lado de Carlos. Na temporada seguinte, a última no Adelino Ribeiro Novo, voltou a ser titular indiscutível, tendo competido em 31 desafios e apontado três golos, um dos quais ao Sporting.
Após oito anos em Barcelos, mudou-se em 2002 para o Varzim, clube pelo qual teve a última experiência na I Liga. Encerraria a carreira em 2007, quando atuava no Ribeirão, na II Divisão B.



4. Miguel (164 jogos)

Miguel
Com um currículo interessante, no qual constavam passagens por Vitória de Guimarães e Sporting e cinco jogos pela seleção nacional AA, este defesa central chegou ao Gil Vicente proveniente dos leões no verão de 1991, numa fase em que tinha perdido espaço em Alvalade.
Na altura Miguel impôs-se com naturalidade no eixo defensivo ao lado de Eliseu ou de Morato, os primeiros com que fez dupla em Barcelos. Seguiram-se outros, como Hugo Costa, Dito, Vasco, Rosado, Lemos, Sérgio Cruz e Wilson. Quase sempre titular, começou de início 160 dos 164 jogos que disputou entre 1991 e 1997, tendo apontado nove golos, entre os quais um ao Benfica em abril de 1993 e um ao FC Porto em dezembro de 1993.
Deixaria o Adelino Ribeiro Novo em 1997, aos 34 anos, após a despromoção à II Liga. Apesar da idade, continuaria a jogar por mais nove temporadas, por Trofense e Torcatense, nas competições nacionais não profissionais.



3. Casquilha (176 jogos)

Casquilha
Médio ofensivo que subiu a pulso na carreira, começou em 1987 nos distritais da AF Santarém com a camisola do Torres Novas, na sua terra natal, e chegou à I Liga em 1999 ao serviço do Gil Vicente, aos 30 anos.
Porém, a aventura em Barcelos começou dois anos antes, na II Liga, patamar competitivo no qual já tinha jogado por Académica, Amora e Feirense. Na primeira época no Adelino Ribeiro Novo, em 1997-98, sentiu algumas dificuldades para se impor, mas conquistou a titularidade na temporada seguinte, marcada pela subida de divisão, e praticamente não mais a largou até 2005, quando deixou o clube.
Em 1999-00 foi uma peça fulcral para a obtenção do histórico 5.º lugar, tendo participado em 32 jogos e apontado três golos, com Álvaro Magalhães como homem do leme. Nas temporadas seguintes teve Luís Campos, Vítor Oliveira, Mário Reis e Ulisses Morais como treinadores, mas manteve a titularidade. Num total de 176 jogos na I Liga ao longo de seis temporadas, apontou 11 golos e conquistou o estatuto de capitão de equipa.
Deixaria os gilistas em 2005, numa fase em que ainda era maioritariamente titular, para jogar pelo Sp. Espinho na última temporada da carreira.
Em 2017-18 voltaria ao Gil Vicente, mas na condição de treinador.



2. Tuck (187 jogos)

Tuck
Mais um filho da terra e um produto da formação do Gil Vicente. Na primeira época de sénior ganhou rodagem na III Divisão ao serviço do Prado, mas regressou em 1989-90, a tempo de contribuir pela primeira subida de sempre dos gilistas à elite do futebol português, não esquecendo o jogo decisivo na Póvoa do Varzim. “Era um jovem nessa altura, fui convocado, mas acabei por ser excluído da lista final, vendo o jogo na bancada. Acabou, no entanto, por ser uma experiência para não mais esquecer”, contou o antigo médio defensivo ao Bancada.
Paulatinamente, Tuck foi ganhando o seu espaço na equipa barcelense. Em 1990-91 disputou apenas seis jogos (todos a titular), na época seguinte 23 (19 a titular) e em 1992-93 afirmou-se em definitivo no onze gilista sob o comando técnico de Vítor Oliveira, tendo sido titular nas 34 jornadas do campeonato, dois ao Salgueiros (um em Vidal Pinheiro e outro no Adelino Ribeiro Novo) e um ao Desp. Chaves.
Nas temporadas seguintes manteve o estatuto: 32 jogos (25 a titular) e um golo (ao Vitória de Setúbal) em 1993-94, 29 jogos (28 a titular) e dois golos (a Benfica e Farense) em 1994-95, 32 jogos e quatro golos (a Desp. Chaves, Sp. Braga, Campomaiorense e Tirsense) em 1995-96 e 31 jogos e um golo (ao Sp. Espinho) em 1996-97, temporada marcada pela descida de divisão. “Tínhamos feito uma grande época no ano anterior e nada fazia prever a descida, mas um provável mau planeamento e a entrada de muitos jogadores criaram-nos dificuldades”, recordou em 2015, em declarações ao Record.
Manter-se-ia no clube por mais um ano, antes de rumar ao Belenenses, clube pelo qual continuou a jogar até 2005, quando pendurou as botas.


1. Paulo Jorge (200 jogos)

Paulo Jorge
Guarda-redes baixo (1,75 m), mas com reflexos bastante apurados, chegou ao Gil Vicente aos 28 anos, oriundo do Vila Real, e até passou a primeira temporada em Barcelos (1998-99) na sombra do croata Mihacic, mas manteve-se no clube após a subida à I Liga e não deu hipóteses à concorrência na época seguinte.
Sem dar conceder qualquer hipótese ao experiente internacional nigeriano Rufai nem ao jovem Paulo Lopes (emprestado pelo Benfica), disputou 33 das 34 jornadas do campeonato – só falhou a 23.ª, frente ao Marítimo, devido a castigo.  Foi por isso um dos esteios da equipa que nessa temporada obteve o 5.º lugar, a melhor classificação de sempre do Gil Vicente no primeiro escalão.
“Surgiu a grande oportunidade da minha carreira. Estou a atingir um sonho muito antigo. As coisas estão a correr muito bem e só espero que continuem assim. Por um lado, acaba por ser uma surpresa. Eu, Paulo Jorge, que não era conhecido em lado nenhum, estar assim a ser tão regular na equipa. Pronto, agora já devo ser mais conhecido. Aí está, há muito que trabalho para ter esta sorte. Este ano surgiu a oportunidade que soube agarrar com unhas e dentes, como se costuma dizer”, contou ao Record em dezembro de 1999.
Nas duas temporadas que se seguiram foi totalista em ambas: 6120 minutos no total. Entre março de 2000 e fevereiro de 2003, disputou 100 jogos e 8937 minutos consecutivos na I Liga. Desta vez, a série só foi interrompida devido a lesão, tal como em 2003-04 e 2004-05, épocas em que não foi totalista, mas em que só falhou jogos por estar impossibilidade.
Porém, em 2005-06 voltou a conhecer um concorrente que o remetesse para o banco: Jorge Batista. Curiosamente, essa temporada ficou marcada pela despromoção, ainda que por decisão administrativa – Caso Mateus – e não pelos resultados obtidos em campo.
Continuaria no clube até ao final da temporada de 2007/08, mas depois pendurou as luvas, aos 38 anos. Em 2012-13 voltaria a calçá-las num registo mais recreativo, para defender a baliza do Grupo Recreativo Amigos da Paz, nos distritais da AF Leiria.















1 comentário:

  1. Dois distritos, 24 municípios, quase 5.000 km2,1,2 milhões de habitantes e muito futebol. É assim o Minho, palavra que desapareceu do vocabulário administrativo mas não do vocabulário quotidiano dos portugueses. Vale por isso a pena conhecer a lista dos 10 jogadores minhotos mais valiosos da atualidade, segundo o portal transfermarkt. No total, estão avaliados em 78,5 milhões de euros.

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