quarta-feira, 20 de maio de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Casa Pia no Campeonato de Portugal

Os dez futebolistas com mais jogos pelo Casa Pia no CNS
Despromovido ao Campeonato de Portugal por decisão da direção da Liga Portugal em virtude de se encontrar no último lugar da II Liga à data da suspensão dos campeonatos, o Casa Pia Atlético Clube vai regressar a um patamar competitivo no qual competiu por seis vezes – só não competiu nesta época, por estar no segundo escalão.


Fundado a 3 de julho de 1920, os gansos competiram no extinto Campeonato de Portugal durante as décadas de 1920 e 1930 e disputou a I Divisão em 1938-39, mas desde então que tem estado afastado da ribalta. Depois de largos anos nos campeonatos nacionais não profissionais e até nas competições distritais, os casapianos têm sido um dos principais clubes do anteriormente designado por Campeonato Nacional de Seniores desde que o terceiro escalão foi reformulado em 2013.

Depois de várias tentativas para alcançar a subida à II Liga, o Casa Pia conseguiu a tão ansiada promoção em 2018-19, conciliando esse feito com a conquista do título do Campeonato de Portugal.

Em seis temporadas de Campeonato de Portugal, 120 futebolistas jogaram pelo Casa Pia no terceiro escalão. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.


10. Gonçalo Gregório (75 jogos)

Gonçalo Gregório



9. David Rosa (79 jogos)

David Rosa
Lateral direito proveniente do Real SC, chegou ao Casa Pia pela primeira vez em 2013-14, temporada de arranque do então designado por Campeonato Nacional de Seniores para jogar durante os gansos durante dois anos, nos quais disputou 41 jogos (38 a titular).
Entretanto passou por Malveira e Torreense, mas voltou a Pina Manique em 2018-19 para participar na caminhada dos casapianos até ao título de campeão e consequente promoção à II Liga. Nesse percurso esteve em 37 encontros (todos a titular) e marcou um golo, na deslocação ao terreno do Sp. Ideal. “Quando me falaram em regressar, quase aceitei de caras. Para voltar a clube onde fui feliz e onde continuo a ser feliz! O Casa Pia é um clube que cativa muitas simpatias”, contou ao site do clube em setembro do ano passado.
Nesta temporada continuou ao serviço do Casa Pia no segundo escalão, mas viveu na sombra de Joel Monteiro.


8. João Freitas (85 jogos)

João Freitas
Central possante e com o selo da formação do Sporting, chegou a Pina Manique no verão de 2013 já com alguma experiência de campeonatos nacionais, depois de ter representado Moura, Sertanense e Amora.
Em três épocas no Casa Pia, foi quase sempre titular. Em 2013-14 disputou 23 jogos (20 a titular) e marcou dois golos, a Operário e 1º Dezembro. Na temporada seguinte foi mais longe, tendo participado em 31 encontros (toda a titular) e apontado três golos, a Sintrense, Loures e Fabril, ajudando os gansos a chegar ao playoff de promoção à II Liga, etapa em que o Varzim foi mais feliz. Em 2015-16 voltou a estar em 31 partidas (30 a titular), tendo marcado um golo ao Coruchense, e a contribuir para o apuramento para o playoff de promoção, mas na fase de todas as decisões os casapianos foram afastados da subida pelo Fafe.
Embora a missão não tivesse sido cumprida, João Freitas deu o salto para o Leixões, onde nunca se afirmou. Em 2019-20 esteve vinculado ao Alverca, depois de ter passado por Gafanha e Vilafranquense.



7. Nelson Graça (86 jogos)

Nelson Graça
Mais um central, este de elevada estatura (1,94 m) e já com muita experiência não só nas divisões secundárias de Portugal como também nas de Espanha. A primeira época em Pina Manique foi a de 2012-13, a última de II Divisão B, tendo ajudado os gansos a obter um tranquilo 9.º lugar.
Seguiram-se quatro anos ao serviço do Casa Pia no Campeonato Nacional de Seniores, as duas primeiras como titular indiscutível, tendo disputado 23 jogos (todos a titular) e um golo ao Futebol Benfica em 2013-14 e 31 encontros (30 a titular) e um golo ao Malveira na temporada seguinte, que ficou marcada pela caminhada até ao playoff de promoção à II Liga, etapa em que o Varzim foi mais forte.
Depois foi perdendo espaço. Em 2015-16 não foi além de 13 partidas (11 a titular), enquanto que na época seguinte participou em 21 desafios (20 a titular) e apontou dois golos, diante de Sp. Viana e Loures.
No verão de 2017 trocou os casapianos pelo Pêro Pinheiro. Em 2019-20 vestiu a camisola do Ponterrolense, no Pro-Nacional da AF Lisboa, já depois de ter voltado ao Futebol Benfica, clube que já tinha representado entre 2004 e 2006.


6. Bruno Lourenço (95 jogos)

Bruno Lourenço
Outro defesa central. Formado no Vitória de Setúbal, vestiu pela primeira vez a camisola do Casa Pia em 2012-13, na II Divisão B. Na época seguinte foi novamente seguido aos gansos, já no então denominado Campeonato Nacional de Seniores, e disputou 29 jogos (todos a titular) e marcou dois golos, frente a O Elvas e 1º Dezembro.
Entretanto esteve cedido ao Pinhalnovense em 2014-15, mas na temporada que se seguiu regressou a Pina Manique para jogar pelos casapianos durante mais três anos. Em 2015-16 disputou 22 jogos (20 a titular), contribuído para a caminhada até ao playoff de promoção à II Liga, que culminou na derrota com o Fafe. Na época que se seguiu participou em 15 encontros (todos a titular), todos até ao início de janeiro; e em 2017-18 esteve em 29 partidas (todos a titular) e marcou quatro golos, frente a Castrense, Operário, Moura e Pinhalnovense.
Embora fosse presença assídua no onze do Casa Pia, mudou-se no verão de 2018 para o Fabril, que na altura militava nos distritais da AF Setúbal. Desde janeiro do ano passado que não tem clube.


5. Faísca (98 jogos)

Faísca
Produto da formação do Casa Pia, estreou-se pela equipa principal em setembro de 2010, aos 19 anos. Nessa época desceu da II Divisão B à III Divisão, mas na época seguinte ajudou a recolocar os gansos no terceiro escalão.
Médio de características ofensivas, haveria de continuar no clube até final da temporada 2015-16, tendo disputado 74 jogos (58 a titular) e apontado oito golos durante os três primeiros anos do Campeonato de Portugal, tendo participado nas caminhadas até ao playoff de promoção à II Liga em 2014-15 e na época que se seguiu.
Em 2016-17 representou o Oriental, mas na temporada que se seguiu voltou a Pina Manique para participar em 24 partidas (20 a titular) e marcar três golos, todos frente ao Lusitano VRSA (um em casa e dois fora).
Apesar do elevado número de encontros, deu um passo atrás na carreira em 2018, por motivos profissionais, para competir no Pro-Nacional da AF Lisboa, primeiro no Futebol Benfica e desde o verão do ano passado no Atlético.
“O Casa Pia é um clube pelo qual tenho um carinho especial, passei lá muitos anos e foi uma alegria ver o clube subir a um campeonato profissional. Quando lá estive, fomos a dois playoffs, mas não conseguimos subir. Era notório que o clube estava cada vez mais próximo desse objetivo e finalmente aconteceu. É claro que gostaria de estar nesse feito, mas é com grande felicidade que vejo o clube a investir na sua presença num campeonato profissional. Ainda ontem estive lá a ver o jogo e vibrei pela vitória. Sinto que, de alguma forma, fiz parte desta pequena história”, afirmou ao site Conversas Redondas.



4. Miguel Soares (100 jogos)

Miguel Soares
Guarda-redes recrutado na II Divisão Distrital da AF Lisboa no verão de 2010, passou o primeiro ano e meio em Pina Manique na sombra de Crespo, mas depois tornou-se titular, estatuto que manteve até finais de 2016.
Após ter ajudado o Casa Pia a subir à II Divisão B em 2012 e a estabilizar nesse patamar no ano seguinte, defendeu a baliza do clube nas primeiras quatro épocas de Campeonato de Portugal. Em 2013-14 sofreu 18 golos em 30 jogos, em 2014-15 sofreu 21 golos em 32 encontros e ajudou os gansos a chegar ao playoff de promoção à II Liga, em 2015-16 sofreu 21 golos em 28 jogos e contribuiu mais uma vez para a caminhada até ao playoff de promoção e na quarta e última temporada sofreu 14 golos em 10 jogos e perdeu a titularidade para Nelson Pinhão.
Depois transferiu-se para o Loures e desde o verão do ano passado que está vinculado ao Oriental.



3. Ganhão (122 jogos)

Ganhão
Médio ribatejano de características defensivas, chegou a Pina Manique no verão de 2014, aos 30 anos, depois de mais de uma década de experiência nos campeonatos nacionais com as camisolas de Vilafranquense e Carregado.
Elemento importante na sala de máquinas do meio-campo casapiano, foi quase sempre titular durante os quatro anos que passou ao serviço dos gansos. Em 122 jogos, foi titular em 120. Em 2014-15 disputou 33 jogos em 34 possíveis no campeonato e marcou dois golos, a Pinhalnovense e Malveira. Na época seguinte participou nos 34 encontros do campeonato (e ainda nos quatro da Taça de Portugal), tendo apontado um golo, ao Malveira. Em 2016-17 esteve em 30 desafios (em 32 possíveis) e somou dois remates certeiros, ao Oriental e ao Fabril. Na quarta e última temporada perdeu algum gás, tendo competido em 25 jogos (23 a titular) e marcou um golo, ao Olímpico Montijo.
Depois voltou ao Ribatejo para ajudar a União de Santarém a sagrar-se campeã distrital e a subir ao Campeonato de Portugal.



2. Zinho (137 jogos)

Zinho
Lateral esquerdo formado no clube, ascendeu à equipa sénior na longínqua temporada 2006-07 e só haveria de deixar Pina Manique em 2018, depois de três subidas de divisão e duas despromoções.
Em cinco anos de Campeonato de Portugal, entre 2013 e 2018, disputou 137 jogos no campeonato (135 a titular). Em 2014-15 disputou 34 encontros em 34 possíveis, ajudando os gansos a alcançarem o playoff de promoção à II Liga, etapa em que o Varzim saiu vencedor. Na temporada seguinte também foi muito utilizado, tendo estado presente em 31 partidas, contribuindo mais uma vez para a caminhada até ao playoff de subida, mas mais uma vez o Casa Pia saiu derrotado, dessa vez por culpa do Fafe.
No verão de 2018 deixou o clube mais de 17 anos depois, para jogar no Pro-Nacional da AF Lisboa com a camisola do Futebol Benfica, clube ao qual ainda está vinculado.
“Foram mais de 400 jogos com aquela camisola, muitos a capitanear, que fizeram deste percurso um percurso vencedor, com mais momentos felizes e de vitória do que tristes saindo derrotado. Foi com essa camisola ao peito que o menino se fez homem, não apenas jogador de futebol. Aprendeu os valores da vida, o que é a mística de um clube histórico, diferente e que sempre foi mais do que um simples clube. Foi com esta camisola que ganhou conhecimento, respeito, admiração, louvores e amizades para a vida”, afirmou o jogador na hora da despedida.


1. João Coito (155 jogos)

João Coito
Quando João Coito reforçou o Casa Pia em 2010, depois de uma formação dividida por Estrela da Amadora e Benfica e um primeiro ano de sénior passado no Odivelas, estava longe de imaginar que ficaria no clube durante uma década.
Depois de ter descido à III Divisão em 2011 e de ter voltado à II B um ano depois, representou os gansos durante as seis temporadas que o clube passou no Campeonato de Portugal, entre 2013 e 2019. Quase sempre titular no meio-campo casapiano, começou no onze 147 dos 155 jogos que disputou e marcou 47 golos, registo que faz dele o melhor marcador do emblema de Pina Manique na competição.
Após ter estado nas campanhas até aos playoffs de promoção à II Liga em 2014-15 e 2015-16, que culminaram nas derrotas com Varzim e Fafe, contribuiu para a subida ao segundo escalão e para a conquista do título na temporada passada, levantando o troféu de campeão.
Fisioterapeuta de profissão, João Coito acompanhou o Casa Pia na II Liga até janeiro deste ano, mas depois deixou os gansos para representar o Real SC no Campeonato de Portugal.


















Sem comentários:

Enviar um comentário