terça-feira, 22 de janeiro de 2019

As minhas primeiras memórias de… jogos entre Sporting e Sp. Braga

Fehér e Schmeichel foram protagonistas em setembro de 2000
Falo-vos de memórias no plural e não no singular porque faz todo o sentido coloca-las no mesmo saco. Ainda o Sp. Braga não era o Sp. Braga dos dias de hoje, que ameaça conquistar o título nacional mais ano menos ano, enquanto o Sporting vivia um bom período, com dois campeonatos ganhos no espaço de três anos. Ainda assim, os leões não ganharam um único dos cinco primeiros jogos de que tenho memória frente aos bracarenses, entre setembro de 2000 e de 2002.


Comecemos pelo início: 8 de setembro de 2000. As duas equipas apresentaram-se no Estádio Municipal 1.º de Maio à 3.ª jornada, depois de terem vencido as partidas das duas primeiras rondas. Bino adiantou o Sporting através de um remate fulminante, mas Fehér por duas vezes – o segundo golo é um autêntico frango de Schmeichel para ver e rever – e Edmilson sentenciaram a reviravolta antes de outro Edmilson, que vestia de verde e branco, ter reduzido para o detentor do título.


Na segunda volta, a 4 de fevereiro de 2001, um pouco mais do mesmo. O Sporting voltou a inaugurar o marcador após um bom início de jogo, por Toñito, mas o Sp. Braga voltou a dar a volta ao texto, com um bis do recém-entrado Zé Roberto na segunda parte.  


O Sp. Braga encerrou a I Liga 2000/01 em 4.º lugar, apenas um degrau abaixo do Sporting e dois acima do Benfica. No entanto, continuava a ser uma equipa do meio da tabela, tanto que na época seguinte e nas duas anteriores se ficou pela 9.ª posição. Ainda assim, voltou a ser carrasco do leão em 2001/02, não perdendo os dois jogos de um campeonato que até viria a ser ganho pelos verde e brancos.

A 13 de outubro de 2001, as equipas defrontaram-se no Estádio Municipal 1.º de Maio à oitava ronda, ainda sem grande pressão. Lembro-me que no onze do Sporting estava o estreante lateral direito Jorge Vidigal, irmão mais novo do ex-leão Luís e de Lito, Toni e Beto, que também atuaram na I Liga. Embora Mário Jardel andasse de mira afinada e até tivesse marcado nesse jogo (de grande penalidade), os bracarenses voltaram a levar a melhor, com golos de Ricardo Rocha e de Barroso (de penálti) na segunda parte, a abrir e a fechar o marcador. Foi a única derrota da equipa de Laszlo Bölöni nesse campeonato com o goleador brasileiro na equipa.




No primeiro duelo da época seguinte, a 30 de setembro de 2002, mais do mesmo, mas com números mais expressivos. Essa partida da 5.ª jornada culminou numa vitória caseira dos bracarenses por 4-2, resultado que já estava estabelecido quando um jovem chamado Cristiano Ronaldo entrou em campo para se estrear na I Liga, aos 69 minutos. Em vantagem desde os 20 minutos, a equipa então orientada pelo espanhol Fernando Castro Santos contou com golos de Barroso (20’ de g.p. e 35’), Artur Jorge (23’) e Glauber (48’), tendo Kutuzov (24’) e Tello (42’) marcado para os leões de Bölöni.


Apesar da vitória, que na altura catapultou o Sp. Braga para os primeiros lugares, os arsenalistas fizeram uma temporada bastante abaixo das expetativas, tendo inclusivamente estado perto da despromoção. No final do campeonato, apenas dois pontos separaram os minhotos do Varzim, a primeira equipa abaixo da chamada linha de água.

A quebra fez-se sentir sobretudo na segunda volta, quando os dois conjuntos de voltaram a defrontar, a 16 de fevereiro. E aí sim, o Sporting interrompeu a série negativa de cinco jogos sem vencer os minhotos. Dois golos de Jardel na segunda parte, um em que o árbitro assistente viu a bola entrar – em desacordo com o defesa bracarense Telmo, que bem se esforçou na interceção - e outro de grande penalidade, deram a vitória aos leões, que encerrariam essa temporada no 3.º lugar. Seria também o último duelo entre as duas equipas nos velhos estádios, que foram substituídos recintos modernos, construídos a pensar no Euro 2004.



























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