sexta-feira, 16 de maio de 2025

Neste dia em 1984, o FC Porto disputou a sua primeira final europeia. Recorde a caminhada até Basileia

FC Porto atingiu a final da Taça das Taças em 1983-84
Finalista vencido da Taça de Portugal em 1982-83, o FC Porto ficou apurado para a Taça das Taças da época seguinte por força de o vencedor da prova rainha, o Benfica, ter sido também campeão nacional.
 
A caminhada portista na competição foi iniciada por José Maria Pedroto, que comandou a equipa nas duas primeiras eliminatórias, antes de ser substituído por António Morais em dezembro de 1983 por motivos de saúde, pois sofria de cancro e o seu estado de saúde estava a piorar.
 
O primeiro obstáculo dos dragões foram os croatas do Dínamo Zagreb, que na altura ainda integravam a Jugoslávia. Na primeira-mão, no Estádio Maksimir, os azuis e brancos foram derrotados por 2-1. Zlatko Kranjčar bisou para a equipa da casa, aos 25 e 85 minutos, tendo o primeiro golo sido apontado na conversão de um penálti. Pelo meio, Fernando Gomes chegou a empatar para os portistas (65’).
 
 
No segundo jogo, nas Antas, o nulo manteve-se até bem perto do final, ao minuto 85, quando Gomes marcou o golo que deu o apuramento ao FC Porto, por via da regra dos golos fora.
 
 
 
Seguiram-se os escoceses do Rangers, numa eliminatória com um desfecho idêntico à anterior. Tal como em Zagreb, os dragões perderam por 2-1 no Estádio Ibrox, em Glasgow, por 2-1. Alexander Clark (35 minutos) e David Mitchell (84’) marcaram para os escoceses antes de o recém-entrado Jacques reduzir para os azuis e brancos já nos minutos finais (86’).
 
 
Contudo, nas Antas o FC Porto voltou a beneficiar de uma vitória pela margem mínima, valendo-se novamente de um golo solitário de Fernando Gomes, aos 52 minutos.
 
 
 
Entretanto, deu-se a alteração no comando técnico, com António Morais a suceder a Pedroto, embora este continuasse presente, como uma espécie de conselheiro.
 
Nos quartos de final, o FC Porto mediu forças com o Shakhtar Donetsk, na altura denominado Shakhtar Stalino, ainda nos tempos da União Soviética. Ao contrário das rondas anteriores, os dragões começaram a eliminatória em casa e arrancaram a ferros uma vitória por 3-2, depois de terem estado a perder por 0-2. Após Sergei Morozov (seis minutos) e Mikhail Sokolovskiy (37’) terem adiantado os ucranianos, Jaime Pacheco reduziu no final da primeira parte na conversão de um penálti (41’), Frasco empatou no início do segundo tempo (47’) e Jacques completou a reviravolta (70’), numa atura em que Frasco e Morozov já tinham sido expulsos (60’).
 
 
Duas semanas depois, a 21 de março de 1984, os azuis e brancos foram ao Estádio Olimpiyskyi empatar a um golo, resultado que permitiu carimbar o apuramento para as meias-finais. Viktor Grachev abriu o ativo para os soviéticos à passagem da hora de jogo (63 minutos), tendo o irlandês Mickey Walsh reposto a igualdade pouco depois (72’).
 
 
 
O último obstáculo antes da final foi o detentor do troféu, os escoceses do Aberdeen, então orientados por Alex Ferguson e que na época anterior haviam batido o Real Madrid na final. Nas Antas, o FC Porto voltou a vencer pela margem mínima, novamente com um golo solitário de Fernando Gomes, aos 14 minutos.
 
 
Duas semanas depois, no dia em que se comemorava o 10.º aniversário da Revolução dos Cravos, o FC Porto foi à Escócia vencer por 1-0, graças a um golaço de Vermelhinho aos 76 minutos, um grande remate depois de uma arrancada galopante pelo corredor direito.
 
 
 
Na final, que teve lugar no Estádio St. Jakob, em Basileia, na Suíça, a 16 de maio de 1984, o FC Porto teve pela frente uma grande Juventus. Às ordens do treinador Giovanni Trapattoni estavam craques como Michel Platini, Paolo Rossi, Marco Tardelli, Zbigniew Boniek, Claudio Gentile, Gaetano Scirea e Antonio Cabrini.
 
Servido por Platini, Beniamino Vignola arrancou pela meia esquerda e rematou ainda de fora da área para o fundo das redes de Zé Beto, que apenas esboçou uma reação, logo aos 12 minutos.
 
O FC Porto reagiu bem e chegou ao empate à passagem da meia hora, graças a um remate disferido por António Sousa também de fora da área.
 
Porém, ainda antes do intervalo Boniek aproveitou uma saída em falso do guarda-redes portista para devolver a vantagem à vecchia signora, num lance no qual os jogadores azuis e brancos ficaram a pedir falta sobre João Pinto.
 
No que concerne à segunda parte, destaque para um penálti não assinalado por mão de Scirea na área italiana aos 82 minutos.
 

Coleção de bilhetes de Luís Assis


     




 
  

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