sexta-feira, 11 de abril de 2025

O campeão pelo Sporting que se tornou Pai de Santo. Quem se lembra de Afonso Martins?

Afonso Martins representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Atlanta
Médio ofensivo canhoto dotado de qualidade técnica e visão de jogo, nasceu na Póvoa de Varzim, mas emigrou para França com a família ainda em criança, tendo crescido futebolisticamente nas camadas jovens do Nancy.
 
Em 1991-92 estreou-se na Ligue 1, quando tinha apenas 18 anos, embora não tivesse conseguido impedir a descida de divisão. No entanto, continuou a dar nas vistas no segundo escalão gaulês, o que fez com que em abril de 1995 começasse a ser chamado às seleções jovens nacionais, no caso a de sub-21.
 
No mesmo ano assinou um contrato de sete anos com o Sporting, com o aval de Carlos Queiroz, e começou por justificar a aposta, tendo totalizado 87 jogos e sete golos nas primeiras épocas de leão ao peito, tendo vencido a Supertaça Cândido de Oliveira referente ao ano de 1995, mas já conquistada no último dia de abril de 1996, com vitória sobre o FC Porto em Paris (3-0). Uma semana antes, havia marcado o golo que valeu o triunfo sobre os dragões nas meias-finais da Taça de Portugal.
 
Também em 1996 esteve presente no Campeonato da Europa de sub-21 e nos Jogos Olímpicos de Atlanta, tendo marcado dois golos à Tunísia na caminhada até às meias-finais do torneio.
 
Apesar da boa primeira temporada em Alvalade, a verdade é que foi paulatinamente perdendo espaço e brilho nas duas épocas que se seguiram, ao ponto de ser colocado na lista de dispensas no verão de 1998. Porém, recusou-se a deixar o Sporting e nem sequer admitiu ser emprestado, pelo que esteve durante quase um ano e meio a treinar à parte.
 
No final de 1999, já com Augusto Inácio no comando técnico, foi finalmente reintegrado no plantel, tendo participado em dois jogos na campanha que culminou na conquista do histórico título nacional de 1999-00 e ainda em três encontros na caminhada até à final da Taça de Portugal.
 
 
Contudo, nas duas temporadas que se seguiram foi relegado para a equipa B, tendo apenas participado num jogo da Taça de Portugal em 2000-01 e noutro em 2001-02, o que lhe valeu o estatuto de vencedor do troféu na última época.
 
No verão de 2002 chegou finalmente ao final do tal contrato de sete anos e assinou a custo zero pelo Moreirense, clube no qual teve grande impacto, ao apontar nove golos e seis assistências em 28 jogos em 2002-03, ajudando os cónegos então orientados por Manuel Machado a fazer uma época tranquila.
 
    
 
Já não foi tão feliz no Vitória de Guimarães em 2003-04 (14 jogos, zero golos e permanência garantida mesmo a acabar o campeonato) e no regresso ao Moreirense em 2004-05 (24 jogos, um golo e descida à II Liga).
 
 
Antes de pendurar as botas ainda representou o Lixa em 2006-07, na II Divisão B.
 
Embora se mantenha muito reservado, assumiu-se publicamente em 2015 como fiel de uma religião chamada Candomblé, ao utilizar o pseudónimo “Afonso de Xango” no Facebook para refletir e comunicar com os fiéis, sendo tratado por Pai – Pai de Santo – no seio dessa comunidade.
 
 



 



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