Foi há 25 anos o golo não validado de Clayton num Benfica-FC Porto que fez a RTP usar imagens virtuais
RTP provou que a bola entrou na baliza de Bossio
1 de abril de 2000, clássico
entre Benfica
e FC
Porto no antigo Estádio
da Luz na reta final de um campeonato que estava ao rubro. Os dragões
orientados por Fernando Santos, que procuravam o hexacampeonato, entravam para
a 28.ª jornada a um ponto do líder Sporting
e com seis pontos de vantagem sobre as águias
de Jupp Heynckes, que ainda não haviam atirado a toalha ao chão. Os leões
comandados por Augusto
Inácio eram espetadores particularmente interessados no jogo, com a agravante
de não conquistarem o título há 18 anos.
Logo aos oito minutos, aconteceu
um dos momentos cruciais da partida. Clayton
tentou a sorte de canto direto, mas o guarda-redes benfiquista Carlos Bossio
intercetou a bola… já dentro da baliza, o que não foi vislumbrado pela equipa
de arbitragem liderada pelo portuense Martins dos Santos, que tinha como
elemento melhor colocado o árbitro assistente Paulo Januário. Alguns jogadores
do FC
Porto ainda esboçaram um ligeiro protesto, reclamando golo, mas não lhes
foi dada razão, pelo que o encontro prosseguiu. Naquela mesma baliza, na segunda
parte, Hilário
não conseguiu suster o potente remate de Sabry que deu a vitória ao Benfica,
aos 67 minutos. Como resultado, os encarnados
aproximaram-se do segundo lugar e o Sporting
aproveitou para reforçar a liderança, ao bater o Belenenses
em Alvalade
(1-0) e aumentar para quatro os pontos de vantagem sobre o FC
Porto.
Nos dias a seguir ao clássico, a RTP
recorreu a imagens virtuais – uma espécie de olho de falcão – para mostrar que a
bola chutada por Clayton
a partir da marca do pontapé de canto havia mesmo entrado na baliza de Bossio.
Na altura, o lance polémico reforçou a necessidade da introdução de meios
tecnológicos para que a verdade desportiva seja preservada, quando estávamos a 12
anos da aprovação da tecnologia da linha de golo pelo International Board e a
17 da introdução do VAR no campeonato português.
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