quarta-feira, 7 de agosto de 2024

A minha primeira memória de… um jogo entre Vitória de Guimarães e equipas suíças

Vimaranense Moreno e 'helvético' Carlitos em disputa de bola
Só por duas vezes o Vitória de Guimarães discutiu eliminatórias com equipas suíças. A primeira vez foi na Taça Intertoto em 1974, quando os vimaranenses afastaram tranquilamente o Neuchâtel Xamax. Ainda eu não era nascido. A segunda foi 34 anos depois, naquele que poderia ter sido o momento alto da história dos minhotos: um duplo confronto com o Basileia na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
 
O favoritismo estava do lado dos helvéticos, que nos anos anteriores tinham quase sempre superado a fase de grupos da prova europeia na qual estavam inseridos. E também contavam com alguns internacionais pela Suíça, que já na altura começava a ser presença assídua em fases finais de grandes torneios, e com o internacional sub-21 português Carlitos.
 
Mas o Vitória de Manuel Cajuda, 3.º classificado na I Liga na época anterior (à frente do Benfica), não se fez rogado e não foi inferior no conjunto das duas mãos.
 
Em Guimarães, no primeiro jogo, houve empate a zero. Os jogadores vimaranenses acusaram a ansiedade do momento, inédito para todos eles, e ficaram a queixar-se de dois penáltis por assinalar e de um cartão vermelho por mostrar a Stocker.
 
“Nem sempre querer é poder. Esta é a lição que o Vitória pode extrair do nulo consentido em Guimarães, na primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, em que teve como parceiro o Basileia da Suíça. Desta vez, a vontade traiu o esforço dos jogadores vimaranenses, que acusaram a responsabilidade de um jogo considerado histórico para o clube. O problema foi que os vitorianos ainda estão verdes. Falta-lhes ritmo competitivo para uma prova como a Champions e falta-lhes também traquejo europeu, fatores em que o Basileia se mostrou superior. Já tem vários jogos oficiais nas pernas e não é novo nestas andanças...”, escreveu o Jornal de Notícias.
 
 
 
Se o primeiro encontro teve decisões polémicas da equipa de arbitragem que prejudicaram o Vitória, a partida disputada na Suíça motivou um autêntico motim por parte dos vimaranenses. Já passaram muitos anos, mas o sentimento de injustiça continua bem presente. Depois de Stocker ter adianto os helvéticos aos 11 minutos, Fajardo empatou aos 15’ na conversão de uma grande penalidade, deixando a equipa portuguesa na frente da eliminatória. Derdiyok devolveu a vantagem ao Basileia aos 54’, mas o Vitória reduziu e chegou novamente ao golo aos 87’, por Roberto. Contudo, o lance foi anulado por fora de jogo… inexistente.
 
“Terminou o sonho do Vitória. O clube do Minho deveria estar, a esta hora, a festejar o apuramento para a Liga dos Campeões. Mas ontem, na Suíça, um tremendo erro de arbitragem decidiu tudo a favor do Basileia. O Vitória não conseguiu sair vivo de Basileia. Os minhotos terminaram em lágrimas, de cabeça perdida, justificadamente. O Saint Jakob-Park, o inferno onde Portugal sucumbiu frente à Alemanha, no Euro 2008, voltou a ser anfiteatro assombrado para uma equipa nacional. Por culpa da equipa de arbitragem liderada pelo holandês Pieter Vink, que, no último minuto do tempo regulamentar, anulou um golo limpo a Roberto, assinalando um fora-de-jogo que não existiu. E estava tanta coisa em jogo. Neste caso, uma vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões”, escreveu o Jornal de Notícias.
 
 



 

 




  

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