sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Da formação da União de Tires a uma seleção A. Os antecessores de Érico Castro

União de Tires já produziu três internacionais A
Convocado na terça-feira por Pedro Gonçalves para os dois encontros da seleção principal de Angola diante do Gabão (em Luanda e Franceville), ambos referentes à fase de qualificação para o Mundial 2022, o avançado Érico Castro está um pequeno passo de se tornar no quarto jogador com passagem pela formação da União Recreativa e Desportiva de Tires a jogar numa seleção principal. Um motivo de orgulho para um clube que milita presentemente na II Divisão Distrital da AF Lisboa.
 
Gonçalves
O primeiro desta lista restrita é Gonçalves, um extremo natural de Cascais e que chegou a Tires proveniente do vizinho Desportivo Monte Real em 1984-85. Após cumprir o primeiro ano de júnior no clube, deu o salto para o Belenenses, onde concluiu a formação.
Embora tenha sentido dificuldades para se impor na equipa principal dos azuis do Restelo, uma vez que só se tornou opção regular na quarta época (!) no emblema da Cruz de Cristo, explodiu em 1992-93, na temporada de regresso do clube à I Liga.
Em novembro de 1992, foi convocado por Carlos Queiroz para representar a seleção nacional AA de Portugal num jogo de caráter particular diante da Bulgária, em Paris. Embora tivesse entrado em campo somente aos 79 minutos, para o lugar de Luís Figo, pode gabar-se de ter uma internacionalização no currículo.
 
 
 
 
Hélder Cristóvão
Três anos após a saída de Gonçalves, surge na equipa de juniores da União de Tires mais um futuro internacional português, desta feita Hélder Cristóvão, também ele proveniente do vizinho Desportivo Monte Real, que na altura não tinha juniores.
“Fiz uma época de júnior muito boa no Tires e surgiu o convite do Estoril Praia. Jogava a extremo direito, marcava muitos golos, era um jogador rápido, diferente, que entrava muito bem em diagonais. Disse ao Estoril que não ia à experiência, que se fosse, era para ficar”, contou à Tribuna Expresso em setembro de 2017.
Entretanto, devido à ausência de defesas centrais, foi adaptado ao eixo defensivo ainda enquanto júnior no Estoril e fez uma carreira internacional nessa posição. Após se ter estreado pela seleção nacional de sub-21, categoria em que jogou por dez vezes, somou a primeira internacionalização pela seleção AA em fevereiro de 1992, quando ainda jogava nos estorilistas.
Quatro meses depois, apadrinhou mesmo a estreia de Gonçalves na tal vitória sobre a Bulgária em Paris (2-1).
De quinas ao peito somou 35 jogos e três golos pela seleção principal, tendo marcado presença no Euro 1996.
 
 
 
Rudy
Mais recentemente, já no século XXI, também passou pelos juniores da União de Tires um futuro internacional AA, mas por Angola, o avançado Rudy.
Nascido em Oeiras, passou pelas camadas jovens de Belenenses, Algés, Atlético e Oeiras antes de ingressar no emblema da freguesia de São Domingos de Rana em 2006-07.
Após uma época nos unionistas, rumou ao Tourizense, onde concluiu a formação. Mais tarde, representou clubes como o Atlético, os belgas do Cercle Brugge, os espanhóis do Deportivo da Corunha e o Belenenses.
Em agosto de 2014, quando vestia a camisola dos gregos do Xanthi, somou a primeira de dez internacionalizações pelos Palancas Negras.
 
 
 
A este lote restrito poderia juntar-se o avançado Beto, atualmente ao serviço dos italianos da Udinese, mas o ex-atacante do ponta de lança rejeitou o convite da seleção da Guiné-Bissau por ambicionar ser chamado à seleção portuguesa.
 
Além dos que chegaram a seleções principais, a União de Tires produziu talentos que passaram pelas seleções jovens portuguesas, nomeadamente o extremo Tiago Gouveia (29 internacionalizações dos sub-15 aos sub-19), o guarda-redes Samuel Soares (21 dos sub-15 aos sub-19), o defesa central Luís Gonçalves (quatro pelos sub-15), o médio Tiago Figueiredo (duas pelos sub-17), o lateral esquerdo Ernesto Nunes (duas pelos sub-17) e o lateral direito Bruno Fernandes (duas pelos sub-19).



 








Sem comentários:

Enviar um comentário