História de guarda-redes brasileiros no Bonfim começou em 2004 |
O goleiro paulista
de 22 anos, internacional sub-20 brasileiro
e com uma Libertadores
sub-20, uma Copa do Brasil do mesmo escalão e um campeonato
brasileiro
de Aspirantes no currículo, vai dar continuidade a uma história
recente, iniciada já no século XXI. Vale a pena recordá-los.
Roberto Tigrão |
Na época anterior já
tinha jogado em Portugal, no Moreirense, tendo atuado 26 jogos na I
Liga. Em 2010-11 voltou aos minhotos, na II Liga. No Brasil, passou
por clubes como Criciúma, Vasco da Gama e Ponte Preta.
Moretto |
Na
época de estreia defendeu a baliza vitoriana nos derradeiros 10
jogos, oito para a I Liga e um para a Taça de Portugal, tendo
sofrido 10 golos – Marco
Tábuas sofrera 23 golos em 20 jogos e Paulo Ribeiro 12 em 10 –
e
ajudado a equipa a chegar ao Jamor e conquistar a Taça. “Esse dia
foi maravilhoso, desde a chegada ao estádio. Os adeptos foram para a
sardinhada no Jamor, o sol estava escaldante e, quando fomos ao
relvado ver o ambiente, o estádio estava a abarrotar. Foi
uma tarde única. Tínhamos um grupo muito forte e uma equipa muito
boa e entrosada. Começámos a perder mas, com muita luta, demos a
volta”, recordou ao DN em novembro de 2017.
No
início da temporada seguinte voltou a estar em evidência, ajudando
o Vitória
a
intrometer-se na luta pelos lugares cimeiros no arranque do
campeonato. Quando
no mercado de inverno rumou ao Benfica, após 16 jornadas, os sadinos
tinham a melhor defesa da I Liga e uma das melhores da Europa, com
apenas cinco golos sofridos, e ocupavam a quinta posição. Nos
18 jogos seguintes no campeonato, os setubalenses
sofreram...
28 golos. “Tínhamos
uma equipa muito coesa e ganhávamos quase sempre por 1-0. Tínhamos
um grupo muito unido e ajudávamo-nos uns aos outros. Mas
no final da primeira volta, com a chegada do Natal, houve algum
stress. Tínhamos três meses em atraso e a minha venda para o
Benfica foi primordial. Também saíram outros, como José Fonte e
Dembelé, e a equipa perdeu um pouco”, lembrou.
Após
ter deixado o Bonfim aos 27 anos, não voltou a ser tão
bem-sucedido, apesar de ter representado clubes como Benfica, os
gregos do AEK Atenas, Olhanense, os polacos do Arka Gdynia e os
brasileiros do Avaí. Antes
tinha representado Portuguesa e Sport Recife, entre outros.
Rubinho |
Após se ter valorizado
em pouco mais de três meses no Bonfim,
regressou ao futebol italiano pela porta do Génova, tendo ajudado o
emblema transalpino a subir à Série A em 2006-07. Representou ainda
Palermo, Livorno, Torino e Juventus,
tendo conquistado dois títulos de campeão na vecchia
signora em quatro anos de luta inglória com Gianluigi
Buffon.
Getúlio Vargas |
Depois regressou ao
Brasil para representar clubes modestos como Bangu, ABC e Boavista do
Rio de Janeiro antes de virar comentador desportivo no canal
televisivo Esporte Interativo.
Diego |
Em 2010-11 e 2011-12,
este especialista na defesa de grandes penalidades somou 64 jogos e
encaixou 92 golos na baliza do Vitória,
o que não é um registo brilhante, mas na memória dos adeptos
sadinos
permanecem as intervenções espetaculares que evitaram que esse
número de golos sofridos fosse muito maior.
Saiu para os azeris do
Gabala e teria voltado a Setúbal
em 2014 caso a lista de Júlio Adrião tivesse vencido as eleições
do clube nesse ano, o que não aconteceu. Regressaria no ano
seguinte, mas tanto em 2015-16 como em 2016-17 não somou um único
minuto em campo.
Após essas duas épocas
em branco, pendurou as luvas mas radicou-se à beira-Sado.
Iniciou um projeto de uma escola de guarda-redes, mas acabou por
voltar ao Vitória
para assumir as funções de treinado de guarda-redes em 2018-19,
começando pela equipa de sub-23 e passando pouco depois para o
plantel principal.
Adilson |
No encontro da 1.ª
jornada do campeonato, numa receção ao FC Porto, foi para o banco e
acabou por entrar no início do segundo tempo devido à expulsão de
Kieszek, tendo sofrido os três golos da derrota por 1-3. Na partida
seguinte, face ao castigo do polaco, foi titular no desaire no
terreno do Rio Ave (0-2). Na jornada que se seguiu ainda foi para o
banco mas depois desapareceu por completo nas convocatórias.
Sem espaço, voltou ao
Brasil em janeiro, mais uma vez para os campeonatos estaduais. O
melhor que conseguiu na carreira, além de ter jogado pelos sadinos
na I Liga portuguesa, foi atuar em emblemas da Série D brasileira:
Friburguense (2012), Gama (2015), Prudentópolis e Uberlândia (ambos
em 2018) e Corumbaense (2019). Hoje, aos 31 anos, joga no Campinense,
de Paraíba.
Milton Raphael |
Curiosamente, tem
trabalhado diretamente com um dos seus antecessores, Diego, e vai
concorrer com Lucas Paes.
Além destes, esteve ainda vinculado ao Vitória o irmão de Moretto, André Moretto, que esteve nos sadinos entre 2005-06 e 2011-12, tendo atuado apenas nos juniores (2005-06) e na equipa B (2006-07). Depois disso esteve cedido a Juventude Évora, Nelas, Sertanense e Mafra.
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