segunda-feira, 16 de junho de 2025

O defesa marroquino que jogou no Benfica, na Premier League e em dois mundiais. Quem se lembra de Tahar?

Tahar somou 99 jogos e onze golos pelo Benfica entre 1996 e 1999
Defesa central marroquino também capaz de atuar como trinco e lateral direito, começou a dar nas vistas ao serviço do Kawkab Marraquexe, clube que representou entre 1990 e 1994 e que o catapultou para a seleção do seu país, pela qual se estreou em fevereiro de 1990.
 
No verão de 1994, após ter marcado presença no Mundial dos Estados Unidos e já com um campeonato marroquino (1992) e duas taças das Marrocos (1991 e 1993) no palmarés e uma participação numa Taça das Nações Africanas (1992) no currículo, entrou no futebol português pela porta da União de Leiria.
 
Nas duas épocas em que esteve ao serviço dos leirienses ajudou a equipa então orientada por Vítor Manuel a conseguir duas honrosas classificações na I Divisão, o 6.º lugar em 1994-95 e o 7.º em 1995-96, e a atingir as meias-finais da Taça de Portugal na segunda temporada. “Eu até tinha uma proposta do Estrasburgo, que estava na Liga Francesa, mas já sabia que se fosse para a União de Leiria, depois ia dar o salto para um clube grande de Portugal. E assim foi. As coisas na União de Leiria correram muito bem”, recordou ao Maisfutebol em março de 2022.
 
Valorizado pelas boas campanhas na cidade do Lis, deu o salto para o Benfica no verão de 1996, conseguindo afirmar-se como um jogador muito utilizado no plantel encarnado ao longo de três temporadas, nas quais conseguiu atuar sempre em pelo menos 25 encontros – a melhor foi a primeira, quando esteve em 38 partidas.
 
Com a chegada de Jupp Heynckes, no verão de 1999, perdeu influência, passando definitivamente para a sombra de Ronaldo e Paulo Madeira, o que o levou a deixar a Luz em março de 2000, ao fim de 99 jogos, onze golos e zero troféus, apesar de ter partilhado o balneário com grandes craques. “Poborsky, Preud’homme, João Pinto, Gamarra, Nuno Gomes. Tinha bons jogadores. Só que todos os anos vinham oito, dez, doze jogadores novos. Costumo dizer que no Benfica apanhei com jogadores de todos os países. Romenos, ucranianos, brasileiros, búlgaros, ingleses, belgas, argentinos, colombianos, enfim. E em quatro anos tive sete treinadores: Paulo Autuori, Graeme Souness, Jupp Heynckes, Nelo Vingada, Manuel José, Shéu e Mário Wilson”, lembrou.
 
 
Enquanto jogou de águia ao peito marcou presença no Mundial 1998, no qual fez três assistências, e nas edições de 1998 e 2000 da CAN. “Ganhei o prémio de jogador com mais assistências do Mundial 98. Fiz três passes decisivos para golo, um para o Hadji, um para o Bassir e um para o Kamatcho. A FIFA até me mandou uma carta a oficializar isso e se forem ao site do Mundial 98 eu apareço em primeiro e o Zidane em segundo. Ele também fez três assistências, mas eu ganhei porque joguei menos jogos”, fez questão de sublinhar.
 
 
Seguiram-se três anos ao serviço dos ingleses do Southampton, que pagaram 350 mil libras (cerca de 411 mil euros, ao câmbio atual) pelo seu passe. Ao serviço dos saints teve a possibilidade de jogar na Premier League, estreando-se com um golo numa goleada sofrida às mãos do Tottenham (2-7) em White Hart Lane. Já na temporada seguinte marcou num empate em casa com o Liverpool (3-3).
 
 
Em janeiro de 2003 mudou-se para o Charlton, emblema londrino no qual viria a encerrar a carreira no final dessa temporada, aos 34 anos.
 
Após pendurar as botas voltou a Marrocos, tendo chegado à presidência do Kawkab Marraquexe.  



 



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