sexta-feira, 5 de abril de 2024

O conceituado alemão que não fez cócegas a Patrício no Sporting. Quem se lembra de Hildebrand?

Hildebrand esteve no Sporting na época 2010-11
Aposta persistente de Paulo Bento depois de o sérvio Vladimir Stojkovic se ter lesionado e desentendido com o treinador e de Tiago não ter dado conta do recado em novembro de 2007, Rui Patrício cometeu muitos erros nos primeiros meses na baliza do Sporting, mas foi consolidando o seu lugar no onze leonino.
 
Depois de dois anos e meio sem um concorrente verdadeiramente de peso, tendo apenas Tiago e Ricardo Batista na sombra, o então jovem guarda-redes recebeu, no verão de 2010, a concorrência de um internacional alemão com muito estatuto: Timo Hildebrand.
 
Para se ter a noção, estamos a falar de um guardião que havia sido convocado para três fases finais (Euro 2004, Taça das Confederações 2005 e Mundial 2006), apenas com Oliver Kahn e Jens Lehmann à frente em termos de hierarquia. E nessa altura equipas como Werder Bremen (Andreas Reinke), Bayer Leverkusen (Hans-Jörg Butt), Borussia Dortmund (Roman Weidenfeller), Schalke 04 (Frank Rost), Hamburgo (Stefan Wächter e Martin Pieckenhagen), Hannover 96 (Robert Enke) e Hertha Berlim (Christian Fiedler), entre outras, tinham guarda-redes germânicos com o estatuto de titular.
 
Hildebrand, que conquistou a titularidade da baliza do Estugarda em 2000-01, ainda hoje é dono do recorde de mais minutos consecutivos sem sofrer golos na Bundesliga (884), estabelecido durante a temporada 2003-04. Durante o período em que foi defendeu as redes dos Die Roten venceu ainda um campeonato da Alemanha (2006-07) e somou 49 jogos nas competições europeias.
 
 
Após se sagrar campeão alemão, no verão de 2007, transferiu-se a custo zero para o Valencia. Depois de ter começado como titular às ordens de Ronald Koeman e de até ter vencido a Taça do Rei na primeira época no Mestalla, foi relegado para o banco pelo sucessor do neerlandês, Unai Emery, que preferia o recém-contratado Renan. Em rota de colisão com o treinador, rescindiu o contrato, por mútuo acordo, em dezembro de 2008. Pelo meio, foi deixado de fora, de forma algo surpreendente, da convocatória para o Euro 2008, com Joachim Low a optar por Robert Enke e René Adler para acompanhar Lehmann no lote de guarda-redes.
 
 
Após sair do Valencia, Hildebrand assinou pelo Hoffenheim, tendo feito uma época razoável, e, um dia após o fecho do mercado de verão de 2010, assinou pelo Sporting, numa altura em que estava sem clube, tendo sido contratado por indicação de treinador Paulo Sérgio, que havia pedido a aquisição de um guarda-redes mais experiente.
 
 
Julgava-se que o alemão, mais cedo ou mais tarde, destronasse Rui Patrício, até porque tinha apenas 31 anos, mas a verdade é que o guardião português elevou o nível e nunca lhe deu hipóteses. Aliás, foi precisamente nessa temporada que Patrício somou as primeiras internacionalizações pela seleção nacional A, já com Paulo Bento como selecionador. Já Hildebrand teve de se contentar em atuar apenas três jogos de leão ao peito, um na Taça de Portugal e dois na Liga Europa, tendo sofrido golos em todos.
 
 
Após deixar Alvalade ainda esteve à experiência no Manchester City, mas não convenceu e acabou por voltar à Bundesliga a meio da época 2011-12 para assinar pelo Schalke 04. Haveria de terminar a carreira em 2015, depois de um ano no Eintracht Frankfurt.



 

 




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