terça-feira, 9 de abril de 2024

Hoje faz anos o central que foi subindo a pulso até sofrer uma grave lesão. Quem se lembra de Jorge Andrade?

Jorge Andrade somou 51 internacionalizações pela seleção A
Jorge Andrade já não apanhou esta era em que os centrais são super estimulados para sair a jogar, mas sempre foi um central elegante, que simultaneamente desarmava e entregava bem a bola, deixando-a jogável em vez de a atirar para a bancada.
 
Fez toda a formação no Estrela da Amadora, escapando ao radar dos três grandes e das seleções jovens nacionais, tendo sido lançado por Fernando Santos na equipa principal dos tricolores em 1997-98, temporada em que o emblema da Reboleira alcançou a sua melhor classificação de sempre na I Divisão, o 7.º lugar. Apenas nessa altura se estreou por uma jovem equipa das quinas, a de sub-20.
 
A partir daí, foi sempre a subir para aquele que utilizava o número 10 da equipa amadorense. Foi ganhando progressivamente o seu espaço, tal como o viria a fazer posteriormente no FC Porto, na seleção nacional e no Deportivo da Corunha.
 
Tornou-se dragão no verão de 2000, reencontrou Fernando Santos e destronou Aloísio, mas infelizmente para Jorge Andrade apanhou uma fase de transição marcada pela ausência de títulos, entre o pentacampeonato e o ciclo vencedor levado a cabo por José Mourinho. Ainda assim ganhou a Taça de Portugal e a Supertaça Cândido de Oliveira em 2001, tendo inclusivamente marcado o golo ao Boavista que valeu a conquista deste segundo troféu. Pelo meio fez a estreia pela seleção nacional A numa goleada sofrida às mãos da França em Paris (0-4) a 25 de abril de 2001.
 
 
Depois de uma temporada em que foi o mais utilizado entre os jogadores azuis e brancos (52 jogos) e logo após marcar presença num Campeonato do Mundo de má memória, deu o salto para o campeonato espanhol, onde atuou durante cinco anos durante uma das principais equipas do país de nuestros hermanos naquela altura, o Depor.
 
Demorou a conquistar o seu espaço na Galiza, apesar da conquista da Supertaça de Espanha logo nas primeiras semanas na equipa, mas tornou-se um dos indiscutíveis para Javier Irureta. Em 2003-04 ajudou os galegos a chegar às meias-finais da Liga dos Campeões, ajudando o Deportivo a golear o AC Milan por 4-0 no Riazor após ter perdido por 1-4 em Itália. Nas semifinais encontrou o FC Porto e protagonizou um dos momentos mais marcantes da eliminatória, quando fingiu pontapear Deco no chão e foi expulso pelo árbitro alemão Markus Merk no Dragão. Meses depois, ao lado do médio luso-brasileiro e de outros adversários dessa noite, ajudou Portugal a chegar à final do Euro 2004.
 
 
Entretanto o Depor foi perdendo gás, mas Jorge Andrade continuou de pedra e cal ao lado de Ricardo Carvalho no onze da seleção nacional… até março de 2006, quando sofreu uma lesão grave no joelho esquerdo num jogo dos galegos diante do Barcelona em Camp Nou no qual até tinha marcado um golo.
 
 
A partir daí, nunca mais foi o mesmo. Ainda regressou à equipa das quinas, mas não voltou a disputar uma fase final. No verão de 2007 transferiu-se para o Juventus, que acabava de retornar à Serie A após o escândalo Calciocaos, mas não foi além de cinco jogos ao serviço de vecchia signora, acabando por rescindir em abril de 2009.
 
Em julho desse ano ainda treinou à experiência no Málaga e no ano seguinte chegou a comprometer-se com o FC Toronto, mas não voltou a jogar futebol.
 








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