quinta-feira, 6 de outubro de 2022

A minha primeira memória de… um jogo entre Sp. Braga e equipas belgas

Bracarense Alan tenta ultrapassar Axel Witsel
Não me recordava exatamente da época nem da etapa da prova nem sequer do resultado, mas lembro-me perfeitamente de o Sp. Braga ter defrontado o Standard Liège na Taça UEFA na segunda metade da primeira década do século XXI. Felizmente, há toda uma Internet para me avivar a memória: o duplo confronto teve lugar em março de 2009, nos 16 avos de final, e teve vitória bracarense na Pedreira na primeira-mão (3-0) e empate na Bélgica no segundo jogo (1-1). Foi o primeiro jogo de sempre entre os arsenalistas e uma equipa belga.
 
Apurado num grupo difícil, que incluía Wolfsburgo (campeão alemão nessa temporada), AC Milan (de Kaká, Ronaldinho, Pirlo, Shevchenko e companhia), Portsmouth (com internacionais ingleses como David James, Sol Campbell, Peter Crouch e Jermain Defoe) e Heerenveen, o Sp. Braga de Jorge Jesus encontrou pela frente, nos 16 avos de final, o Standard Liège que tinha vencido um grupo também nada fácil, com Estugarda, Sampdoria, Sevilha e Partizan.
 
Na equipa belga, que viria a sagrar-se campeã da Bélgica nessa época e era comandada pelo treinador campeão pelo Sporting em 2001-02, Laszlo Bölöni, faziam parte alguns jogadores que viriam a passar pelo futebol português, como o guarda-redes turco Sinan Bolat (FC Porto, Nacional e Arouca), o central francês Mangala (FC Porto), o central norte-americano Oguchi Onyewu (Sporting), os médios belgas Steven Defour (FC Porto) e Axel Witsel (Benfica) e o extremo marroquino Mehdi Carcela (Benfica). Nota ainda para um jovem avançado belga de 18 anos que viria a fazer uma carreira bonita na Premier League, Christian Benteke.

Sistemas utilizados pelas duas equipas no jogo da segunda-mão, em Liège


 
A 18 de fevereiro de 2009, no Minho, o Sp. Braga praticamente que resolveu a eliminatória, vencendo por expressivos 3-0. Rentería abriu o ativo aos 17 minutos, a passe de César Peixoto. Depois foi a vez de o avançado colombiano servir Leone para o 2-0 (27’). E já nos minutos finais, Alan serviu Luís Aguiar para o terceiro (84’).
 
“Definitivamente a Pedreira tem excelentes vistas sobre a Europa. O Sp. Braga continua a dar que falar na Taça UEFA, uma prova que, recorde-se, começou a disputar em inícios de agosto e à qual chegou através da Taça Intertoto. Doze jogos depois de iniciar esta longa cruzada, a equipa está a um pequeno passo de repetir os oitavos. Esta noite, naquele que Jorge Jesus considerou o jogo mais difícil da prova depois do confronto com o AC Milan, a equipa portou-se de uma forma excelente, como é norma na Europa, e garantiu uma vantagem confortável. Não é completamente segura porque já deu para ver que o Standard Liège tem a força toda no ataque, mas é muito animadora”, escreveu o Maisfutebol.
 
 
 
Na segunda-mão, em Liège, o nulo persistiu durante quase 80 minutos. Mbokani inaugurou o marcador para os belgas aos 79’, o que ainda assim deixava a sua equipa à distância de dois golos do prolongamento, mas Luís Aguiar empatou a partida e sentenciou a eliminatória aos 88’.
 
“O Sp. Braga sofreu mais do que devia para carimbar o justo apuramento para os oitavos-de-final da Taça UEFA e confirmar a melhor performance europeia de sempre do clube. O resultado é enganador e não traduz as dificuldades sentidas para segurar o ímpeto belga. Uma fúria que durou 88 minutos e chegou a assustar. Mas não apagou a luz e o Sp. Braga estará em Paris para continuar a fazer história. Já lá vão 12 jogos europeus esta época, mas todos querem mais. Com um Sp. Braga organizado, como é timbre das equipas de Jorge Jesus, só uma equipa de mágicos poderia sonhar em virar uma eliminatória que ao intervalo marcava uma vantagem tão larga (3-0). Mas o Standard não é composto por mágicos. Artistas há poucos e nem esses conseguem roçar a capacidade técnica dos melhores suplentes do Sp. Braga. Por isso, apesar da intensidade que colocou sempre no jogo – enganou-se Jesus quando acreditou que seria só na primeira meia-hora – a eliminatória só esteve em risco quando os bracarenses tropeçaram nos próprios erros”, resumiu o jornal O Jogo.
 



 





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