Benfica
e FC
Porto vão entrar em 2020-21 com um problema semelhante no que concerne ao
lote de guarda-redes. Os jovens bastante promissores Mile Svilar e Diogo Costa,
que já estavam tapados por Vlachodimos e Marchesín, respetivamente, viram os
seus clubes contratarem mais um guardião: Hélton Leite (ex-Boavista)
no caso das águias
e Cláudio
Ramos (ex-Tondela) no dos dragões.
Ou seja, dificilmente terão oportunidade de jogar nas equipas principais.
Quando um jogador aparentemente
está sem espaço num plantel principal e já acumulou algumas dezenas de jogos na
equipa B, a primeira perspetiva é o empréstimo. Mas na posição específica de
guarda-redes o contexto poderá ser diferente.
O que será melhor? Ceder um jovem
guardião com o objetivo (mas sem a garantia…) de o ter a ganhar rodagem num
patamar competitivo mais elevado como a I
Liga ou um campeonato estrangeiro? Ou aperfeiçoá-lo em casa com métodos de
treino de um treinador de guarda-redes de qualidade superior, tê-lo a treinar
todos os dias com guarda-redes internacionais pelos seus países e gerir a sua
utilização no mesmo patamar competitivo em que já jogava (II Liga pela equipa B)?
Não é fácil…
Alguns dirão que, se Svilar e
Diogo Costa não tiverem qualidade para serem titulares numa equipa do meio da
tabela da I
Liga é porque não têm nível para no futuro serem os donos das balizas de Benfica
e FC
Porto. Porém, estamos a falar de guardiões que ainda não atingiram o nível
máximo de maturação e que estariam sujeitos à avaliação sempre subjetiva de um
treinador.
Por outro lado, o futebol está
recheado de exemplos de jogadores – entre os quais vários guarda-redes – que se
impuseram em clubes grandes depois de terem dificuldades em afirmar-se em emblemas
de menor dimensão. Basta recordar os casos de José Sá, que era suplente no
Marítimo e hoje é titular no Olympiacos;
de Bruno
Varela, que em pouco mais de um não passou de suplente do Valladolid na II Liga
espanhola para titular do Benfica; de Beto,
que ficou uma época a ver os outros jogar no Desp. Chaves e depois chegou ao FC
Porto, ao Sevilha e à seleção nacional; e de Oblak, que em pouco mais de três
anos passou de uma temporada em branco entre Beira-Mar e Olhanense
para dono da baliza do Benfica
e do Atlético
Madrid.
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