sábado, 25 de janeiro de 2020

A minha primeira memória de... um jogo entre Benfica e Paços de Ferreira

Guarda-redes Pinho imperial nas alturas na área dos pacenses
Tenho uma vaga ideia de o Paços de Ferreira ter ido ganhar à Luz por 3-2 em março de 2001, numa época marcado pelo regresso dos pacenses à I Liga e da pior classificação de sempre do Benfica, o sexto lugar, mas a primeira memória que eu tenho de um jogo entre as duas equipas é referente a dezembro do mesmo ano.


No Estádio da Mata Real, como era conhecido na altura a casa dos castores, defrontavam-se um Paços de Ferreira que, sob a orientação de José Mota, tinha arrancado em falso no campeonato, com apenas uma vitória nas primeiras duas jornadas de 2001-02, mas que estava em fase de recuperação, depois de triunfos sobre Marítimo e Varzim; e um Benfica, comandado por Toni, que ainda não tinha perdido para a I Liga (sete vitórias e seis empates à entrada para a 14.ª jornada) e que podia aproveitar a derrota do FC Porto em Guimarães para subir à liderança.

Os pacenses mantinham a espinha dorsal da equipa que alcançou o nono lugar na época anterior, fazendo alinhar nesse jogo dez jogadores (em 14 utilizados) que tinham transitado de 2000-01: como Pinho, João Armando, Zé Nando, Adalberto, Mário Sérgio, Zé Manuel, Beto e Leonardo. E os outros quatro, Paulo Sousa, Pedrinha, Mauro e Filó, tinham vindo todos do Penafiel.

Já o Benfica apresentou-se renovado, com os reforços Argel (ex-Palmeiras), Júlio César (ex-AC Milan), Pesaresi (emprestado pela Lazio) e João Manuel Pinto (ex-FC Porto) na defesa e Simão Sabrosa (ex-Barcelona), Drulovic (ex-FC Porto) e Mantorras (ex-Alverca) no ataque, com os sobreviventes Robert Enke, Fernando Meira, Ednilson e Rui Baião a completarem o onze.


Em meia hora o resultado ficou sentenciado, com o Paços de Ferreira a vencer por 2-1. Aos 11 minutos, o irrequieto e aguerrido extremo Zé Manuel aproveitou um mau alívio de Enke para ultrapassar Argel em velocidade, isolar-se, fintar o guarda-redes alemão e inaugurar o marcador.

Dois minutos depois, João Manuel Pinto empatou o encontro na recarga a um remate de Mantorras defendido por Pinho, na sequência de um livre cobrado pelo lado direito por Drulovic.

E aos 25', Leonardo apareceu ao segundo poste para cabecear para o 2-1 na resposta a um cruzamento de Zé Manuel pelo lado direito.

À passagem da hora de jogo, Fernando Meira ameaçou o empate com um remate à trave, mas o resultado não sofreu qualquer alteração. “Benfiquistas em marcha atrás. À 14.ª jornada a águia caiu. Na capital do móvel a turma de Toni sucumbiu perante um Paços de Ferreira em processo de recuperação e provou pela primeira vez o sabor da derrota na altura em que podia subir à liderança. Desta vez nem Mantorras valeu a uma equipa sem classe”, escreveu o Diário de Notícias no dia seguinte.

Infelizmente, não existem na Internet vídeos deste jogo.

Na segunda volta o Benfica goleou por 4-0, num encontro de que não me recordo, e na época seguinte esmagou os pacenses por 7-0 na Luz.



























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