O central brasileiro que se impôs no Boavistão. Quem se lembra de Paulo Turra?
Paulo Turra representou o Boavista entre 2001 e 2004
Defesa central não muito alto
(1,84 m), mas com uma personalidade forte, foi formado no Caxias e esteve na
equipa principal do emblema grená entre 1994 e 2000 – com um curto empréstimo
ao Botafogo
pelo meio (1997) –, tendo feito parte da equipa que, às ordens de Tite, ganhou
o único Campeonato Gaúcho da sua história, em 2000.
Após essa improvável conquista de
um estadual que normalmente está reservado a Internacional
e Grêmio,
Paulo Turra despertou o interesse do Palmeiras,
então orientado por Luiz
Felipe Scolari. Também em 2000, ajudou o verdão
a vencer a Copa dos Campeões, um torneio que era disputado entre os melhores
classificados das taças regionais e apurava uma equipa para a Taça
Libertadores. No verão de 2001 transferiu-se
para o Boavista,
tendo sido o escolhido para substituir o capitão Litos, vendido ao Málaga
na ressaca da conquista do título nacional. “Um Boavista
muito forte, que era campeão, com uma estrutura muito boa. Era um clube que
pagava religiosamente no dia certo, bons salários, bons prémios de jogo. Era um
ambiente muito bacana”, recordou ao Maisfutebol
em fevereiro de 2023.
Apesar dos 28 anos, o central
brasileiro impôs-se com muita naturalidade no Bessa. Na primeira época foi
vice-campeão nacional e chegou à segunda fase de grupos da Liga
dos Campeões, tendo estado nos dois empates com o Liverpool,
nas vitórias caseiras sobre Dínamo Kiev, Borussia
Dortmund e Nantes, num nulo em casa com o Bayern
Munique e nas duas derrotas às mãos do Manchester
United.
Na temporada seguinte, de
2002-03, esteve no canto do cisne do Boavistão,
a caminhada até às meias-finais da Taça
UEFA, que incluiu as eliminações de Paris
Saint-Germain, Hertha
Berlim e Málaga
até à queda aos pés do Celtic
mesmo às portas da final. Já no campeonato os axadrezados
estiveram muitos furos abaixo do habitual, tendo fechado a época em 10.º lugar.
Viria a permanecer no Boavista
até meados de 2004, despedindo-se ao fim de 97 jogos e três golos. Porém,
continuou no futebol português ao serviço do Vitória
de Guimarães, ajudando os vimaranenses
a conseguir o apuramento para a Taça
UEFA naquela que foi a única época que passou no Dom Afonso Henriques, em
2004-05. Após quatro anos em Portugal
experimentou o futebol escocês e regressou ao Brasil para encerrar a carreira. Pouco depois de pendurar as botas
tornou-se treinador. Foi adjunto de Luiz
Felipe Scolari em vários clubes e já comandou as equipas principais de Athletico
Paranaense, Santos
e Vitória
de Guimarães, entre outros emblemas de menor dimensão.
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