segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Do “sequestro” de Paulo Sousa ao Benfica sem dinheiro para “comer carapaus”. Quem se lembra de Manuel Barbosa?

O agente de jogadores Manuel Barbosa
Antes de José Veiga e Jorge Mendes, o primeiro agente de jogadores verdadeiramente mediático em Portugal foi Manuel Barbosa, um antigo emigrante com muitos contactos no futebol francês e que se foi aproximando do Benfica, seu clube do coração – nunca o escondeu.
 
Manuel Barbosa surgiu na ribalta na década de 1990 e acabou por ser uma das personagens mais relevantes do famoso verão quente de 1993, quando Pacheco e Paulo Sousa rescindiram com justa causa das águias, alegando salários em atraso, e assinaram pelo Sporting.
 
Este empresário representava o então jovem promissor médio, mas era contra a transferência para Alvalade. “Crime! O que me interessa é que me raptaram um filho desportivo. Posso apresentar queixa ao Ministério Público por rapto e sequestro. Ele está nesta situação contra a sua vontade e só me desmentirá se lhe apontaram uma pistola. Posso provar que o Paulo Sousa está sequestrado. Eu sei tudo o que se passa e ele vai tentar gritar ou fugir pela janela”, afirmou, dias antes de o centrocampista ser apresentado como reforço leonino.
 
Um ano depois, voltou a ser protagonista em mais duas saídas do Benfica, desta feita do treinador Toni para o Bordéus e do jogador Rui Costa para o Fiorentina.
 
Sobre o técnico, fez questão de sublinhar que Toni não ia dar um passo atrás na carreira: “O Bordéus possui condições de trabalho excecionais, é um clube muito estruturado, liderado por um presidente empenhado, responsável. É por ser tudo tão bom que o anterior presidente foi parar à cadeia”, assegurou.
 
Acerca do maestro do meio-campo encarnado, garantiu que lhe custava levar Rui Costa para longe da Luz, mas que as dificuldades financeiras do Benfica assim o exigiam: “Não se pode alimentar a caviar quem não tem dinheiro para comer carapaus.”





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