quarta-feira, 15 de novembro de 2023

As goleadas, a vitória sofrida e… aquele empate. Recorde os jogos oficiais entre Portugal e Liechtenstein

Figo tenta fugir a defesas do Liechtenstein em 1999
O histórico de confrontos entre Portugal e Liechtenstein é curto, até porque a seleção do Principado só se estreou em fases de qualificação no apuramento para o Euro 1996, mas é francamente favorável à equipa das quinas, que durante mais de duas décadas teve em goleadas a este adversário as vitórias mais volumosas de sempre.
 
Ao cabo de sete jogos oficiais (desde dezembro de 1994), a seleção portuguesa soma seis vitórias – cinco das quais goleadas – e um surpreendente empate, sempre em fases de qualificação para grandes torneios.
 
Vale por isso a pena recordar os cinco jogos oficiais entre Portugal e Liechtenstein.
 
 
18 de dezembro de 1994 – Fase de qualificação para o Euro 1996
Portugal 8-0 Liechtenstein
Até este jogo, a maior goleada da história da seleção nacional havia sido os 6-0 sobre o Luxemburgo em 1961, em Jamor, na qualificação para o Campeonato do Mundo do ano seguinte.
Numa altura em que Portugal, então comandado por António Oliveira, dividia a liderança do grupo de apuramento para o Euro 1996 com a República da Irlanda, a equipa das quinas aplicou chapa oito ao Liechtenstein.
Domingos Paciência (3 e 12 minutos), Oceano (45’), João Vieira Pinto (56’), Fernando Couto (73’), Folha (74’) e Paulo Alves (75’ e 79’) marcaram os golos lusos no Estádio da Luz. Rui Costa não marcou, mas assinou três assistências, ao passo que o guarda-redes visitante Martin Heeb defendeu um penálti de Oceano (63’).
 
 
 
15 de agosto de 1995 – Fase de qualificação para o Euro 1996
Liechtenstein 0-7 Portugal
Portugal foi para o jogo no Liechtenstein, na cidade de Eschen, na liderança do grupo de qualificação, com 15 pontos em seis jogos – mais um ponto do que a República da Irlanda (que tinha mais um jogo) e três do que Irlanda do Norte (mais um jogo) e Áustria. Já a seleção do Principado podia dar-se por contente por ter empatado a zero na receção à Irlanda.
Tal como oito meses antes na Luz, Portugal aproveitou a ocasião para golear. Domingos Paciência (25 minutos), Paulinho Santos (33’), Rui Costa (41’ e 70’ g.p.) e Paulo Alves (66’, 73’ e 90’) foram os autores dos golos.
 
 
 
31 de março de 1999 – Fase de qualificação para o Euro 2000
Liechtenstein 0-5 Portugal
Mais um jogo frente ao Liechtenstein, mais uma goleada, desta feita em Vaduz.
Na altura, a seleção nacional orientada por Humberto Coelho seguia na liderança do grupo de qualificação para o Euro 2000, com nove pontos, mas sem qualquer margem de conforto – Roménia tinha menos um ponto e Eslováquia e Hungria menos dois.
Rui Costa abriu o ativo na conversão de uma grande penalidade aos 16 minutos e, já na segunda parte, Luís Figo (49’), Paulo Madeira (54’ e 60’) e novamente Rui Costa (79’) construíram uma vitoria volumosa.
 
 
 
9 de junho de 1999 – Fase de qualificação para o Euro 2000
Portugal 8-0 Liechtenstein
Quatro anos e meio de ter estabelecido o novo recorde de maior vitória da sua história, Portugal igualou esse registo, precisamente frente ao mesmo adversário, o Liechtenstein.
Desta feita, foi no antigo Estádio Municipal de Coimbra, o mítico Calhabé, que se festejaram os oito golos sem resposta.
Para um encontro para o qual a equipa das quinas partiu com um ponto de vantagem sobre a Roménia e já com a Eslováquia e a Hungria mais distantes, Sá Pinto (29, 45 e 52 minutos) e João Vieira Pinto (40’, 59’ e 67’) apontaram hat tricks e Rui Costa bisou (80’ e 90’ g.p.).
 
 
 
9 de outubro de 2004 – Fase de qualificação para o Mundial 2006
Depois de quatro goleadas frente ao Liechtenstein, e numa altura em que Portugal era vice-campeão europeu e até tinha começado bem a qualificação para o Mundial 2006, com vitórias sobre Letónia e Estónia, esperava-se que a seleção orientada por Luiz Felipe Scolari vencesse confortavelmente em Vaduz. Mas o que se verificou foi um empate escandaloso.
As coisas até começaram a correr bem a Portugal. Aos 23 minutos, Pauleta rematou para o fundo das redes, através de um golpe de kung fu, uma bola cruzada por Cristiano Ronaldo a partir da esquerda e posteriormente desviada por um defesa. Aos 39’, o capitão do Liechtenstein, Daniel Hasler, marcou na própria baliza ao tentar desviar um cruzamento de Simão a partir da direita. No entanto, a seleção do Principado com pouco mais de 30 mil habitantes acabou por reduzir a desvantagem no começo da segunda parte, por intermédio de Franz Burgmeier, que aproveitou um corte incompleto de Paulo Ferreira para se isolar e bater Ricardo 48’). E, a um quarto hora do fim, o avançado Thomas apontou um livre à entrada do meio-campo português, à procura de um desvio, mas a verdade é que a bola não tocou em ninguém e acabou por entrar diretamente na baliza lusa, com Ricardo a ficar muito mal na fotografia.
 
 
 
8 de outubro de 2005 – Fase de qualificação para o Mundial 2006
Portugal 2-1 Liechtenstein
Depois de quatro goleadas e um empate, uma vitória sofrida para Portugal, num jogo disputado em Aveiro que até serviu para a equipa das quinas selar o apuramento para o Campeonato do Mundo da Alemanha.
Pouco depois da meia hora, Benjamin Fischer aproveitou um desentendimento entre Paulo Ferreira e Ricardo para ficar com a baliza escancarada e abrir o ativo para a seleção do Principado.
Só na segunda parte é que Portugal conseguiu reagir. Logo no início dos derradeiros 45 minutos, Cristiano Ronaldo cruzou de pé esquerdo para a área e encontrou Pauleta, que cabeceou para o fundo das redes (48’). Entretanto, Luís Figo desperdiçou uma grande penalidade. Mais perto do fim, Nuno Gomes cabeceou para o 2-1 na sequência de um canto de Figo e de um desvio ao segundo poste por parte de Nuno Valente (85’).
 
 
 
23 de março de 2023 – Fase de qualificação para o Euro 2024
Portugal 4-0 Liechtenstein
O jogo que marcou o início da fase de qualificação para o Euro 2024 e também o arranque da era Roberto Martínez à frente dos destinos da equipa das quinas.
João Cancelo inaugurou o marcador logo aos oito minutos, mas depois disso Portugal evidenciou algumas dificuldades para visar a baliza do Liechtenstein, que se limitou a defender. Só no segundo tempo surgiram os restantes três golos, da autoria de Bernardo Silva (47’) e Cristiano Ronaldo (50’ g.p. e 63’).
 




 


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