domingo, 3 de dezembro de 2023

Recorde todos os jogos entre Barreirense e Real SC

Nuno Curto tenta fugir a um defesa do Real em abril de 2007
O Futebol Clube Barreirense é um emblema centenário que soma mais de 20 presenças na I Divisão, enquanto o Real Sport Clube tem a designação atual e mais protagonismo no futebol desde que o Grupo Desportivo de Queluz e o Clube Desportivo e Recreativo de Massamá consumaram a fusão a 7 de agosto de 1995, mas já se defrontaram em sete ocasiões.
 
A competir pela quarta vez na mesma série de um campeonato, alvirrubros e realistas já se haviam cruzados na Série D da II Divisão B em 2006-07, na Série E da III Divisão em 2012-13 e na Série G do Campeonato de Portugal em 2016-17, tendo ainda jogado uma vez para a Taça de Portugal.
 
Apesar de ter menor tradição, o Real SC tem supremacia nos confrontos diretos frente ao Barreirense: quatro vitórias, dois empates e uma derrota. Curiosamente, o primeiro jogo foi há precisamente 17 anos: 3 de dezembro de 2006.
 
Vale por isso a pena recordar todos os jogos oficiais entre Barreirense e Real SC.
 
3 de dezembro de 2006 – II Divisão B – Série D (10.ª jornada)
Ainda a dar os primeiros passos na II Divisão B, enquanto do outro lado tinha um adversário vindo da II Liga, o Real SC de Jorge Paixão partiu para a receção ao Barreirense de Rui Fonseca com três pontos de vantagem e confirmou em campo o que a classificação mostrava, tendo vencido por 2-0 em Monte Abraão.
Nuno Gomes (23 minutos) e Bruno Costa na própria baliza (46’) marcaram os golos dos realistas.
“O Real SC conseguiu um difícil, mas justo triunfo sobre o Barreirense, em partida de muita luta. Nuno Gomes abriu o marcador logo aos 23 minutos e parecia controlar o jogo. No entanto, aos 43 minutos, o lateral esquerdo Miguel Gonçalves é expulso por acumulação de amarelos e põe o conjunto barreirense em superioridade numérica. A segunda metade não podia ter começado melhor para o Real SC, que marcou logo no primeiro minuto. A partir daí, a equipa liderada por Jorge Paixão remeteu-se á defesa, tentando por todos os meios manter os avançados visitantes longe da sua área. Rui Fonseca lançou mais três homens para a frente, mas os resultados práticos foram nulos. O conjunto anfitrião segurou o 2-0 até final, resultado que premeia a eficácia e capacidade de sofrimento que demonstrou durante toda a partida. Boa arbitragem, apesar de algum exagero nos cartões”, resumiu o Jornal de Notícias.



15 de abril de 2007 – II Divisão B – Série D (23.ª jornada)
Se à entrada para o jogo da primeira volta as equipas estavam relativamente próximas na tabela classificativa, para o segundo encontro da época o Real SC partiu na primeira posição, com um ponto de vantagem sobre os perseguidores Atlético e Louletano, enquanto o Barreirense estava afundado na zona de despromoção e necessitava urgentemente de ganhar.
No Estádio Dom Manuel de Mello, Tiago Santos adiantou os realistas aos 24 minutos. Porém, no início do segundo tempo os alvirrubros deram a volta, graças aos golos de António Alves (53’) e Nuno Curto (76’, g.p.). No entanto, no derradeiro suspiro do encontro Tiago Santos chegou ao bis (90+5’) e deixou tudo empatado.
“O jogo entre o Barreirense e o Real SC assumia contornos decisivos para ambas as equipas, embora com objetivos diferentes, daí se explique o equilíbrio verificado em campo. O Real SC colocou-se em vantagem à passagem do minuto 25, por intermédio de Tiago Santos, numa altura em que os dois conjuntos repartiam os lances de perigo. Porém, a formação de Monte Abraão deu a volta ao marcador, fruto do bom entendimento entre os jogadores mais adiantados. Valter Costa mexeu na equipa ao intervalo e fez entrar António Alves, tendo tirado logo proveito da alteração, já que, poucos minutos depois, seria o mesmo a restabelecer a igualdade, na marcação de um livre. A partir desse momento, o Barreirense assumiu as rédeas de jogo e logrou mesmo recolocar-se em vantagem, graças a uma grande penalidade apontada por Nuno Curto. A perder, Jorge Paixão tentou alterar o rumo dos acontecimentos com as substituições encetadas, mas o Barreirense continuou a controlar o adversário no centro do terreno. O empate surgiu já nos últimos segundos do tempo de compensação, num lance que gerou algumas dúvidas, por alegada falta de Tiago Santos sobre Hugo Alves antes de o mesmo enviar a bola para o fundo das redes”, escreveu o jornal O Jogo.
 
 
 
14 de outubro de 2012 – III Divisão – Série E (5.ª jornada da 1ª fase)
Seis épocas depois, Real SC e Barreirense voltaram a cruzar-se num campeonato, desta feita na III Divisão Nacional, já depois de os alvirrubros terem passado pelos distritais da AF Setúbal. Tal como no encontro anterior, houve um empate a dois, desta feita com todos os golos a serem marcados na segunda parte.
João Araújo (52 minutos) deu vantagem ao Real SC de João Silva no início da segunda parte, mas o Barreirense de Duka respondeu pouco depois da hora de jogo, por Amadeu (64’). Diogo Caramelo devolveu a vantagem aos realistas já na reta final (82’), mas os alvirrubros chegaram a nova igualdade ao cair do pano graças a um autogolo de João Araújo (90+1’).
“Jogo emotivo e de resultado incerto até ao final. Deu empate, mas qualquer das equipas podia ter saído com os três pontos, este foi o resumo de um desafio marcado pelo terreno pesado e pelo vento que se fez sentir”, escreveu o site não oficial do Barreirense.
“Pela forma como o jogo decorreu, parece que estava escrito algures que o Real SC não sairia vencedor. Apesar do jogo ter sido equilibrado, os melhores períodos foram protagonizados pelo Real SC que teve as melhores oportunidades de golo”, pode ler-se no blogue Fala Barata, que na altura publicava crónicas de jogos do Real SC.
 
 
 
 
27 de janeiro de 2013 – III Divisão – Série E (16.ª jornada da 1ª fase)
Quando o Barreirense recebeu o Real SC em Pinhal Novo, numa altura em que ainda não tinha o Campo da Verderena à disposição, as duas equipas estavam muito próximas na tabela classificativa: os realistas em sexto lugar com 22 pontos, os alvirrubros em sétimo com 21.
O conjunto do Barreiro teve um começo de jogo de sonho, com Nuno Dias (quatro minutos) e Vasco Firmino (9’) a darem uma vantagem de 2-0 ainda numa fase bastante inicial. Mas se ao minuto 10 havia 2-0, ao minuto 26 houve… 2-4. Bruno Costa na própria baliza (11’), Tomás Costa (17’), Cansado na própria baliza (19’) e Luís Mota (26’) marcaram os golos da reviravolta numa primeira meia hora a fazer lembrar um jogo de hóquei em patins.
“Que jogo mais bizarro. É o mínimo que se pode dizer um desafio que aos 26 minutos já registava seis golos. Após uma entrada de rompante da equipa barreirense com dois golos em 9 minutos (Nuno Dias e Vasco Firmino), respondeu o Real SC com quatro golos em 15 minutos, sendo o primeiro um autogolo de Bruno Costa, o segundo num mau alívio de Daniel Vital, o terceiro um autogolo André Cansado e o quarto um cruzamento/remate, ou seja, foi uma eficácia superior aos 100% já que, só pela parte do Real, conseguiu fazer quatro golos num remate e... meio”, escreveu o site não oficial do Barreirense.
“Que dizer de um jogo em que a equipa da casa vencia por 2-0 aos 10' e os visitantes por 4-2 aos 27'?”, questionou o blogue Fala Barata, que na altura publicava crónicas de jogos do Real SC.
 
 
 
 
30 de outubro de 2016 – Campeonato de Portugal – Série G (8.ª jornada da 1ª fase)
Depois do duplo confronto na época 2012-13, tanto o Barreirense como o Real SC mergulharam nos respetivos campeonatos distritais e voltaram a cruzar-se em 2016-17, desta feita no recém-criado Campeonato de Portugal.
O colombiano Manuel Palacios apontou o único golo do encontro à passagem da meia hora (29 minutos), reforçando assim a liderança do Real SC de Filipe Martins e afundando mais o Barreirense de Pedro Duarte nos últimos lugares da Série G.
“Pela terceira vez consecutiva o Barreirense perdeu por 0-1 no campeonato e pelo que apresentou no jogo frente ao Real SC, líder da série G, merecia muito mais do que os zero pontos alcançados nesta partida”, escreveu o site não oficial do Barreirense.


 
22 de janeiro de 2017 – Campeonato de Portugal – Série G (17.ª jornada da 1ª fase)
Se em 2012-13 o Real SC bateu fora o Barreirense numa época em que os alvirrubros subiram de divisão e os realistas desceram, em 2016-17 os papéis inverteram-se: o Barreirense bateu o Real SC em Monte Abraão, mas no final da época a equipa da margem sul desceu aos distritais enquanto a da Linha de Sintra conseguiu uma inédita promoção à II Liga.
Numa altura em que o Real SC já tinha garantido o apuramento para a fase de promoção e o Barreirense já sabia que iria iniciar a fase de manutenção num dos últimos lugares, os alvirrubros então comandados por Pedro Amora alcançaram uma surpreendente vitória por 2-0, graças a golos de Rúben Casimiro (43 minutos) e Nélson Torres (76’).
“O Barreirense venceu por 0-2, o Real Sport Clube, em Massamá, e mostrou a ele próprio que afinal também sabe ganhar neste campeonato. De fato, este pode ser o momento pelo qual a equipa ansiava e quando se ganha a uma equipa da qualidade deste Real SC isto quer dizer que ainda vamos a tempo de fazer coisas muito boas neste campeonato”, escreveu o site não oficial do Barreirense.



10 de setembro de 2021 – Taça de Portugal (1.ª eliminatória)
Pela primeira (e por enquanto única) vez na história, Real SC e Barreirense defrontaram-se para a Taça de Portugal, numa altura em que militavam em escalões diferentes: os realistas de Luís Loureiro na Liga 3, os alvirrubros de David Martins no Campeonato de Portugal.
O favoritismo da equipa da Linha de Sintra, até pelo fator casa, esfumou-se um pouco depois da expulsão precoce de Romário Carvalho, logo aos 18 minutos. No entanto, o Barreirense nunca conseguiu transformar a vantagem numérica numa vantagem no marcador. Acabou por ser o Real SC a chegar ao golo através de um lance de bola parada, com Rodrigo Monteiro a cabecear par o fundo das redes na sequência de um livre de Mika Borges, aos 71 minutos.
“O Barreirense foi eliminado da Taça de Portugal após perder, por 0-1, no recinto do Real SC mas deixou uma ótima imagem perante um adversário de um escalão superior”, pode ler-se na crónica do site não oficial do Barreirense.
 








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