sábado, 24 de junho de 2023

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Lusitânia dos Açores no Campeonato de Portugal

Dez jogadores marcantes na história recente do Lusitânia
Fundado a 24 de junho de 1922 por um grupo de entusiastas reunidos na Recreio dos Artistas, o Sport Club Lusitânia ficou assim denominado em alusão ao nome do avião da travessia transatlântica de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, tendo-se tornado um dos mais emblemáticos clubes açorianos.
 
O emblema de Angra do Heroísmo foi o primeiro dos Açores a competir em campeonatos nacionais, em 1978-79, tendo desde então somado 21 presenças na III Divisão Nacional, duas na II Divisão Nacional, 10 na II Divisão B e duas no Campeonato de Portugal – em 2023-24 vai participar no anteriormente designado por Campeonato Nacional de Seniores pela terceira vez.
 
Ao longo desse período o conjunto da Ilha Terceira venceu a sua série da III Divisão Nacional em 1996-97, 1998-99, 2000-01, 2005-06 e 2011-12.
 
Vale por isso recordar os dez jogadores com mais jogos pelo Lusitânia no Campeonato de Portugal.
 
 

10. Cris Silveira (32 jogos)

Cris Silveira
Lateral-direito luso-norte-americano natural da Horta e que chegou a jogar nos juniores do Benfica ao lado de Sílvio e Tiago Gomes, passou pelos seniores de Praiense, Marítimo Velense, Marítimo Graciosa, Fayal e Vilanovense antes de representar pela primeira vez o Lusitânia entre 2009 e 2011, na altura para competir na III Divisão Nacional.
Entretanto vestiu novamente a camisola do Praiense em 2011-12 antes de voltar ao emblema de Angra do Heroísmo.
Depois de não conseguir impedir a despromoção aos campeonatos regionais dos Açores em 2012-13 e de conquistar o campeonato açoriano em 2015-16, somou 32 jogos (25 a titular) no Campeonato de Portugal entre 2016 e 2018, mostrando-se impotente para evitar a descida de divisão em 2017-18.
Após a despromoção, permaneceu no plantel até ao final da temporada 2019-20.
 
 

9. Pedro Melo (41 jogos)

Pedro Melo
Médio natural de Ponta Delgada que despontou no União Micaelense, representou ainda o Marítimo Graciosa antes de ingressar no Lusitânia no verão de 2016.
Nas duas épocas que passou em Angra do Heroísmo amealhou 41 partidas (23 a titular) e seis golos no Campeonato de Portugal, mostrando-se impotente para impedir a despromoção aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Após a descida de divisão mudou-se para o Vilanovense.
 
 
 

8. Diogo Medeiros (42 jogos)

Diogo Medeiros
Guarda-redes que fez quase toda a formação no Lusitânia, passou o último ano de júnior no Atlético antes de fazer uma pausa no futebol e regressar ao emblema de Angra do Heroísmo pela porta da equipa principal no verão de 2013.
Em 2015-16 sagrou-se campeão açoriano e nas duas épocas que se seguiram totalizou 42 encontros e 61 golos sofridos no Campeonato de Portugal, não conseguindo impedir a despromoção aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Após a descida de divisão permaneceu no clube durante mais três temporadas.
 
 


7. Miguel Ficher (45 jogos)

Miguel Ficher
Extremo natural de São Mateus, na ilha Terceira, foi atleta de futsal e de futebol nas camadas jovens do Lusitânia entre 2003 e 2005. Depois foi para o Angrense concluir a formação e iniciar o seu percurso como sénior, tendo ainda passado pelo Barreiro antes de voltar aos verde e brancos em 2015-16, época marcada pela conquista do título açoriano.
Nas duas temporadas que se seguiram somou 45 partidas (30 a titular) e oito remates certeiros no Campeonato de Portugal, mostrando-se impotente para impedir a descida de divisão aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, regressando depois ao Angrense. Contudo, haveria de regressar ao Lusitânia em 2022-23 para contribuir para a conquista de mais um título açoriano, já depois de uma passagem de dois anos pelo Boavista Ribeirinha.
 
 
 

6. Ricky Costa (47 jogos)

Ricky Costa
Médio natural da Praia da Vitória, na ilha Terceira, representou Barreiro, Vitória do Pico, Praiense, Angrense e Vilanovense antes de assinar pelo Lusitânia no verão de 2016.
Nas duas primeiras épocas ao serviço dos verde e brancos totalizou 47 jogos (37 a titular) e um golo no Campeonato de Portugal, não conseguindo impedir a despromoção aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Após a descida de divisão permaneceu mais três anos no clube, transferindo-se para o Boavista Ribeirinha no verão de 2021.
 
 
 

5. Dário Simão (52 jogos)

Dário Simão
Ponta de lança natural de Angra do Heroísmo, ingressou nas escolinhas do Lusitânia em 2003-04, mas foi no Angrense que prosseguiu a formação e fez a estreia no futebol sénior. Seguiu-se uma passagem pelo Marítimo Graciosa antes de regressar aos verde e brancos no verão de 2016.
Nas primeiras duas temporadas no emblema de Angra de Heroísmo somou 52 encontros (41 a titular) e 12 remates certeiros no Campeonato de Portugal, mostrando-se impotente para evitar a descida de divisão aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Após a despromoção permaneceu mais um ano no clube, rumando depois ao Fontinhas. Contudo, haveria de voltar a representar o Lusitânia entre 2020 e 2022, antes de um regresso ao Angrense.
 
 
 

4. Duarte Cordeiro (52 jogos)

Duarte Cordeiro
Disputou o mesmo número de jogos de Dário Simão, mas amealhou mais 814 minutos em campo – 4521 contra 3707.
Lateral esquerdo de Angra do Heroísmo e com toda a formação feita no Lusitânia, mudou-se para o Barreiro quando transitou para o futebol sénior, mas voltou aos verde e brancos em 2015-16, época marcada pela conquista do título açoriano.
Nas duas temporadas que se seguiram amealhou 52 jogos (todos como titular) e um golo no Campeonato de Portugal, insuficiente para impedir a despromoção aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Apesar da despromoção, permaneceu no clube, contribuindo para nova conquista do título açoriano em 2022-23.
 
 
 

3. Ivo Tavares (57 jogos)

Ivo Tavares
Avançado natural de Porto Judeu, freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, concluiu a formação e iniciou-se no futebol sénior ao serviço do Angrense, tendo ainda passado pelo Barreiro antes de ingressar no Lusitânia no verão de 2016.
Nas duas primeiras temporadas ao serviço dos verde e brancos amealhou 57 partidas (56 a titular) e 16 remates certeiros no Campeonato de Portugal, registo que faz dele o melhor marcador de sempre do clube na competição, mas insuficiente para evitar a despromoção aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Apesar da despromoção, foi permanecendo no emblema da ilha Terceira, tendo tido apenas uma curtíssima passagem pelo Barreiro em 2019-20.
 
 
 

2. Diogo Picanço (57 jogos)

Diogo Picanço
Disputou o mesmo número de jogos de Ivo Tavares, mas amealhou mais 239 minutos em campo – 5110 contra 4871.
Extremo que ingressou nos iniciados do Lusitânia em 2002-03, concluiu a formação na Académica, mas quando transitou para o futebol sénior regressou ao emblema de Angra do Heroísmo.
Em 2011-12 foi campeão de série da III Divisão Nacional, na época seguinte mostrou-se impotente para impedir a despromoção aos campeonatos regionais dos Açores e em 2015-16 sagrou-se campeão açoriano.
Já entre 2016 e 2018 totalizou 57 encontros (todos como titular) e oito golos no Campeonato de Portugal, insuficiente para evitar a descida de divisão aos campeonatos regionais dos Açores em 2017-18.
Após a despromoção permaneceu no clube durante mais dois anos, apenas com uma curta passagem pelo Angrense pelo meio.
 
 
 

1. Alex Spencer (59 jogos)

Alex Spencer
Defesa central/médio defensivo luso-italiano de elevada estatura (1,86 m), fez quase toda a carreira no futebol açoriano, tendo representado pela primeira vez o Lusitânia entre 2001 e 2005, sempre na II Divisão B.
Seguiram-se passagens por União Micaelense e Sp. Covilhã antes de voltar a vestir de verde e branco entre 2007 e 2013, tendo vencido a sua série da III Divisão Nacional em 2011-12.
Depois de um regresso ao Praiense, regressou ao Lusitânia no verão de 2014. Em 2015-16 sagrou-se campeão dos Açores e nas duas épocas que se seguiram somou 59 partidas (todas como titular) e dois golos no Campeonato de Portugal, mostrando-se impotente para impedir a despromoção aos campeonatos regionais açorianos em 2017-18.
Nesta terceira passagem pelo emblema de Angra do Heroísmo partilhou o balneário com o irmão mais novo, Marco Spencer.
Apesar da descida de divisão, haveria de permanecer no clube até 2022, despedindo-se aos 43 anos.
“Sabemos que os clubes são as pessoas e as pessoas são os clubes, e, ao contrário do que acontece dentro das quatro linhas, face ao contexto natural do jogo, na vida não há substituições. As pessoas são únicas; ocupam um lugar e um papel sem igual na dinâmica familiar, social, cultural e desportiva de uma sociedade. E o Lusitânia tem a particularidade de congregar todas estas vertentes. Porque o Lusitânia é as pessoas. E uma dessas pessoas é o Alex Spencer – médio defensivo/ defesa central, capitão de equipa que fez da camisola número 30 a marca do seu trabalho, do seu suor, da sua técnica e do seu amor pela modalidade”, escreveu o Lusitânia no seu site oficial em novembro de 2022.
 
 







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