sábado, 20 de novembro de 2021

A minha primeira memória de… um jogo entre FC Porto e Feirense

Cristian Rodríguez tenta fugir aos defesas fogaceiros
Em 2011-12, vi pela primeira vez o Feirense na I Liga. Há mais de 20 ausentes do primeiro escalão, os fogaceiros apresentaram-se com um plantel composto maioritariamente por jogadores sem provas dadas entre a elite do futebol português, apostando maioritariamente nos futebolistas e no treinador (Quim Machado) que contribuíram para a promoção. O extremo Miguel Pedro (82 jogos na I Liga), o médio Cris (77 jogos) e o guarda-redes Paulo Lopes (49 jogos) eram, de longe, os mais experientes. Por isso, eram naturais candidatos à descida de divisão, apesar de cinco pontos nas primeiras quatro jornadas não ser propriamente um mau arranque.
 
Já o FC Porto tinha conquistado campeonato (sem derrotas), Taça de Portugal, Liga Europa e Supertaça nos meses anteriores, mas perdido o treinador André Villas Boas para o Chelsea e o goleador Radamel Falcao para o Atlético Madrid. O novo homem do leme, Vítor Pereira, ia vencendo jogos, mas com exibições não muito convincentes, uma vez que o futebol praticado era demasiado pausado, sem vertigem, além de rodar muito a equipa de partida para partida. O eixo do ataque estava entregue a um avançado sem dimensão para a função, Kléber. Hulk ia marcando e assistindo, mas não ao ritmo da época anterior. João Moutinho parecia estar umas rotações abaixo do que tinha mostrado em 2010-11. James Rodríguez alternava entre a genialidade e a inconsequência. Álvaro Pereira demorou a entrar na equipa porque esteve com um pé fora. E o eixo defensivo e a posição 6 eram diferentes de encontro para encontro.
 
Com 12 pontos em 12 possíveis à partida para a visita ao Feirense em Aveiro, uma vez que o Estádio Marcolino de Castro se encontrava em obras para ficar dotado das condições necessárias para receber jogos da I Liga, o FC Porto era claro favorito para alcançar a vitória e chegar ao clássico com o Benfica, que se realizaria na jornada seguinte, na liderança isolada.


Mas o que eu recordo deste jogo, transmitido na TVI – que saudades de jogos da I Liga em sinal aberto! –, são as muitas dificuldades que o FC Porto sentiu para… segurar o empate (a zero). É verdade que também atacaram e remataram muito, mas os dragões tiveram por várias vezes a baliza em perigo.
 
“Vítor Pereira queria chegar ao clássico só com vitórias, só que mexeu em demasia na equipa e o FC Porto não foi igual a si próprio. Perdeu velocidade e agressividade ofensiva, ficou sem ideias e praticamente não existiu na primeira parte. Tentou reagir depois do intervalo, mas quase sempre mais com o coração do que com a razão. O resultado foi a perda de dois pontos com o consequente adeus à liderança isolada do campeonato. Se o clássico de sexta-feira já seria quente, agora vai ferver e, de certeza, que muito se vai escrever e dizer ao longo da semana sobre as opções de Vítor Pereira. Mas já lá vamos. O Feirense foi sempre uma equipa organizada, rápida nas transições e que ficou satisfeita com o empate, mas podia perfeitamente ter feito o que ninguém faz desde fevereiro de 2010: ganhar ao FC Porto para o campeonato”, escreveu o jornal O Jogo.
 
 
 
Relativamente ao encontro da segunda volta, confesso que não me recordo, mas o FC Porto venceu por 2-0 no Dragão, com golos de Maicon e James Rodríguez.
 








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