domingo, 13 de dezembro de 2020

Os 10 jogadores com mais jogos pelo Mortágua no Campeonato de Portugal

Dez futebolistas que ficaram na história do Mortágua
Promovido ao Campeonato de Portugal por decisão da Federação Portuguesa de Futebol em virtude de se encontrar em primeiro lugar da Divisão de Honra da AF Viseu à data da suspensão dos campeonatos devido à pandemia, o Mortágua Futebol Clube regressou a um patamar no qual já tinha competido entre 2014 e 2018.

Fundado a 13 de dezembro de 1937, o emblema beirão passou grande parte da sua existência entre os campeonatos distritais e a antiga III Divisão, na qual participou 22 vezes.


Após a reformulação dos quadros competitivos em 2013, já participou por quatro vezes no terceiro escalão, conseguindo assegurar a permanência em três épocas consecutivas antes de nova queda nos distritais. Porém, está de volta em 2020-21.

Em cinco participações no Campeonato de Portugal, 70 futebolistas jogaram pelo Mortágua na prova. Vale por isso a pena recordar os dez que o fizeram por mais vezes.


10. Fábio Morais (75 jogos)

Fábio Morais
Médio defensivo natural da Mealhada e formado e despontado pelo clube da terra, mudou-se para o Mortágua, a cerca de 20 quilómetros de distância, no verão de 2011.
As três primeiras temporadas na Gandarada ficaram marcadas por duas subidas (2012 e 2014) e uma descida de divisão (2013), tendo depois competido no Campeonato de Portugal durante quatro anos, entre 2014 e 2018.
Nesse período disputou um total de 75 jogos (48 a titular) e apontou dois golos, ambos em 2014-15, frente a Pampilhosa e Sourense.
Em 2018 voltou à zona da Mealhada para representar o Antes, nos distritais da AF Aveiro.



9. Mauro Cunha (81 jogos)

Mauro Cunha
Defesa central possante (1,90 m), nascido em Coimbra, fez carreira em clubes de vários distritos da região centro, como Tourizense, Pampilhosa, Anadia, Tondela e, claro, Mortágua.
Mauro Cunha chegou ao Campo de Jogos da Gandarada em 2010 e por lá ficou até pendurar as botas, em 2017, à beira de completar 37 anos. A aventura no clube começou com duas promoções consecutivas, da II Divisão Distrital à III Divisão Nacional, às quais se seguiu uma despromoção aos distritais da AF Viseu e nova subida, desta feita ao Campeonato de Portugal.
Em três temporadas no então recém-reformulado terceiro escalão do futebol português disputou 81 encontros (80 a titular) e apontou cinco golos, frente a Oliveira do Hospital (dois) em 2014-15, Lusitano Vildemoinhos e Oliveira de Frades na época seguinte e Estarreja em 2016-17.
Entretanto tornou-se treinador e desde 2018-19 que é adjunto na equipa principal do Mortágua, tendo contribuído dessa forma para a promoção ao Campeonato de Portugal em 2020.



8. Pitéu (84 jogos)

Pitéu
Defesa central/médio defensivo natural de Pombal, foi chegou ao Mortágua no verão de 2015 depois de ter adquirido experiência no Campeonato de Portugal ao serviço de Sourense e Sp. Pombal.
Em três épocas na Gandarada disputou 84 jogos (82 a titular) e apontou quatro golos, dois ao Anadia em 2015-16 e outros tantos ao Cesarense na temporada seguinte.
Após a queda aos campeonatos distritais, em 2018, mudou-se para o Pampilhosa, dos distritais da AF Aveiro.



7. João Vasco (93 jogos)

João Vasco
Avançado móvel natural de Darque, concelho de Viana do Castelo, deixou o Alto Minho para se estrear no Campeonato de Portugal com a camisola do Mortágua no verão de 2014.
Em três temporadas no emblema do distrito de Viseu disputou um total de 93 jogos (69 a titular) e marcou 17 golos – melhor marcador de sempre do clube no CNS -, brilhando sobretudo em 2016-17, ao somar uma dúzia de remates certeiros, dando um salto para o Tondela no final dessa época.
Tourizense, Vitória de Sernache e Pampilhosa em 2014-15, Oliveira de Frades e Anadia na época seguinte e Académica SF, Nogueirense (três), Tourizense (dois), Pampilhosa (dois), Gouveia, Moimenta da Beira e Recreio de Águeda (dois) em 2016-17 foram as vítimas de João Vasco, que em 2020-21 voltou à zona de Viseu para representar o Académico.
“Quando veio para Mortágua, o João era um jogador muito diferente de agora: forte física e tecnicamente, mas jogava pouco para a equipa. Felizmente, isso é uma característica que o define: procura sempre evoluir e ouvir os conselhos do treinador e colegas. Hoje, é um jogador combativo, que faz jogar a equipa. Um lutador com garra e atitude, a juntar à técnica que já tinha”, contou ao Bancada o antigo companheiro de equipa Mauro Leal.
“No fim dos treinos, deslocávamo-nos para Mortágua de carrinha e tínhamos de estar sempre à espera dele. Era sempre o último a sair do balneário. Aquele cabelo dava muito trabalho”, acrescentou o ex-colega, corroborado por Diogo Rola: “É impensável pensar nele sem me lembrar do tempo que ele demorava a sair do balneário por causa dos cuidados que ele tem com o cabelo. Era sempre o último. Tínhamos de estar sempre a pressioná-lo para se despachar.”



6. Sérgio Alves (99 jogos)

Sérgio Alves
Defesa central canhoto e formado na Académica ao lado de Pedro Nuno, iniciou a sua experiência no futebol sénior precisamente ao serviço do Mortágua e no Campeonato de Portugal, em 2014-15.
Apesar da juventude, desde cedo se assumiu como titular indiscutível, tendo atuado em 99 encontros (98 a titular) e apontado dois golos no campeonato, frente ao Tourizense e ao Gafanha em 2016-17, durante os quatro anos que jogou pelo emblema da Gandarada no terceiro escalão do futebol português.
Após a despromoção em 2018 continuou no clube por mais uma época, nos distritais da AF Viseu, rumando depois ao Pampilhosa, dos distritais da AF Aveiro.



5. Rola (103 jogos)

Rola
Lateral esquerdo/médio formado na Académica ao lado de Flávio Ferreira, vinha a fazer carreira em clubes do distrito de Coimbra, como Tocha e Febres, mas no verão de 2014 mudou-se para Mortágua.
Em quatro temporadas na Gandarada atuou em 103 partidas (99 a titular) e apontou seis golos no Campeonato de Portugal, frente a Sourense e Sp. Pombal em 2014-15 e a Gafanha (dois), Lusitânia Lourosa e Cesarense na época seguinte.
Após a descida de divisão rumou ao Pampilhosa, dos distritais da AF Aveiro, tal como Pitéu e Miguel Gomes, reencontrando assim Maná, que o tinha orientado nos mortaguenses.



4. Mauro (103 jogos)

Mauro Leal
Disputou 103 jogos tal como Rola, mas amealhou mais 438 minutos em campo, até porque é guarda-redes – 9264 contra 8826.
Guardião com passagem pelas camadas jovens de Académica e Naval, tem feito toda a carreira na região centro, em clubes como Gândara, Pampilhosa, Sourense e Penelense.
Ao Mortágua chegou no verão de 2013, contribuindo para a promoção ao Campeonato de Portugal logo na época de estreia, apesar de os mortaguenses não terem ido além do segundo lugar na Divisão de Honra da AF Viseu, atrás do Moimenta da Beira.
Seguiram-se quatro temporadas na Gandarada no terceiro escalão do futebol português, nas quais disputou 103 encontros (todos a titular) e sofreu 137 golos.
Após a descida de divisão continuou no clube por mais uma época, em 2018-19, mas depois rumou ao Pampilhosa, juntando-se a Sérgio Alves, João Ramos, Rola e Pitéu. “Foram seis grandes épocas, muitas vitórias e frangos por essa caminhada, mas o que importa foram as grandes amizades que fiz, naquela que considero ser a minha segunda casa”, escreveu nas redes sociais, na hora da despedida.



3. Michael Araújo (106 jogos)

Michael Araújo
Médio brasileiro de características ofensivas há largos anos em Portugal, nomeadamente na região centro, trocou a Académica B pelo Mortágua em dezembro de 2014, já depois de ter jogado na II Divisão B ao serviço do Tocha e no Campeonato Nacional de Seniores com a camisola do Carapinheirense.
Embora tenha chegado a meio de uma época, rapidamente agarrou o seu lugar e, em três anos e meio atuou num total de 106 encontros (90 a titular) e 13 golos – Sourense e Naval em 2014-15, Bustelo, Oliveira de Frades (dois), Lusitânia Lourosa e Gafanha (dois) na temporada seguinte e Gafanha, Pampilhosa, Académica SF e Cesarense foram as vítimas de Michael Araújo.
Após a despromoção aos distritais, o centrocampista canarinho mudou-se para o Oleiros, continuando a competir no Campeonato de Portugal. Em 2020-21 está ao serviço do Carapinheirense.



2. Pirolo (108 jogos)

Pirolo
Jogador polivalente, capaz de fazer todo o corredor direito, ganhou experiência de II Divisão B ao serviço do Anadia antes de reforçar o Mortágua no verão de 2013, proveniente do Febres, contribuindo para a promoção ao Campeonato de Portugal logo na época de estreia.
Seguiram-se quatro temporadas ao serviço dos mortaguenses no terceiro escalão do futebol português, tendo atuado num total de 108 jogos (102 a titular) e apontou quatro golos, dois ao Tourizense em 2014-15 e um ao Anadia e outro ao Cesarense na época seguinte.
Após a despromoção aos distritais voltou ao Anadia, permanecendo no Campeonato de Portugal.



1. Tagui (111 jogos)

Tagui
Extremo natural de Mortágua, jogou pela primeira vez pelo clube da terra nos escalões de infantis e iniciados, entre 1995 e 1999. Depois prosseguiu a formação no Vale de Açores e no Tondela antes de voltar aos mortaguenses para iniciar a sua aventura no futebol sénior, na altura na II Divisão Distrital da AF Viseu, entre 2003 e 2005.
Entretanto passou por Santacombadense e Sampedrense, antes de voltar a Mortágua no verão de 2014 para jogar no Campeonato de Portugal. Em quatro temporadas na Gandarada no terceiro escalão do futebol português disputou um total de 104 encontros (86 a titular) e marcou 14 golos – Sp. Pombal, Oliveira do Hospital, Tourizense e Pampilhosa em 2014-15, Gafanha (dois), Lusitânia Lourosa, Oliveira de Frades e Lusitano Vildemoinhos na época seguinte e Recreio de Águeda (dois), Pampilhosa e Gouveia (dois) em 2016-17 foram as vítimas de Tagui.
Impotente para evitar a despromoção, continuou no clube e ajudou-o a subir ao Campeonato de Portugal em 2020. Já nesta temporada, participou em sete encontros (dois a titular) no campeonato.


















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