João Alves trabalha na Federação Angola de Futebol desde 2019 |
João Alves começou a carreira de treinador ainda no terceiro ano na Faculdade de Motricidade Humana, num estágio efetuado nos sub-13 e nos sub-16 do Operário de Lisboa como treinador adjunto e em simultâneo na Escola Academia Telheiras. Em seguida, esteve na Associação Desportiva e Cultural da Encarnação e Olivais (ADCEO) como treinador principal dos sub-13 e como adjunto nos sub-17 e nos sub-19 do Mafra.
No início de 2018 integrou a equipa técnica do Sacavenense, naquele que foi o seu primeiro projeto numa equipa sénior, e em maio do ano passado recebeu um convite para fazer parte da equipa técnicaa da Seleção Angolana de sub-17, que disputaria o Mundial da categoria no Brasil. Depois de ter êxito no Campeonato do Mundo, ao alcançar os oitavos de final, foi convidado para integrar o projeto da seleção principal como um dos adjuntos de Pedro Gonçalves.
Como e onde começou o
seu gosto pelo futebol?
Comecei a jogar futebol
com cinco ou seis anos na Escola de Futebol da Madeira, mais
conhecida como ESFUMA. Dois anos mais tarde mudei-me para o
Marítimo e depois passei por Barreirense, Juventude Atlântico e
por último 1º de Maio, onde deixei o futebol no segundo ano de
júnior, para seguir a vida académica.
Enquanto jogador, em
que posição atuava?
Nas primeiras épocas
jogava como defesa central, mas assim que cheguei a juvenil o meu
treinador decidiu colocar-me a médio defensivo, e foi assim até o
final da época de juniores.
Foi fácil para deixar de jogar para seguir a formação académica?
Sim, porque o meu
objetivo era ser treinador de futebol. Claro que jogar é diferente
mas mantive-me sempre ativo, jogando por lazer com os amigos pelo
menos uma vez por mês.
Quais eram as suas
aspirações como aluno na Faculdade de Motricidade Humana?
As minhas aspirações
sempre foram atingir os feitos de Mourinho.
Aliás, seguir para a Faculdade de Motricidade Humana foi baseada nas
opções que Mourinho
seguiu enquanto treinador de futebol.
Jovem treinador em trabalho ao serviço dos Palancas Negras |
Sem dúvida que Mourinho
revolucionou e abriu portas aos treinadores portugueses pelo mundo e
que inspira e continuará a inspirar certamente mais jovens
treinadores. E, a meu ver, a sua maior virtude é a comunicação,
sendo apenas a comunicação exterior um fator influenciador para as
suas conquistas.
É um treinador muito
jovem. Alguma vez pensou que aos 25 anos faria parte do staff técnico
de uma seleção principal?
O meu sonho é atingir um
patamar maior que o de Mourinho,
mas o meu objetivo sempre foi ser treinador profissional.
Se há sete anos lhe
dissessem que em 2019 faria parte da equipa técnica de um Mundial
Sub-17, acreditaria?
O mister Óscar Tojo
perguntava a todos os alunos onde estaríamos daqui a cinco anos. E
eu tinha bem claro na minha mente que seria treinador profissional.
Qual é o seu maior
sonho?
Ganhar a Liga
dos Campeões europeus.
O que lhe passou pela
cabeça quando o mister Pedro Gonçalves o convidou para fazer parte
da equipa técnica dos Palancas
Negras?
Sem dúvida que foi uma
grande oportunidade, mas que só foi aceite mediante algumas
condições de cariz pessoal, nomeadamente pormenores relacionados
com a saúde e a segurança. Assegurado isso, o resto foi acessório.
E fui recebido de forma extraordinária pela comitiva e pelos
atletas.
O que falhou para os
Palancas
Negras perderem os dois primeiros jogos da corrida ao CAN e o que
está a ser feito para melhorar?
Falhámos nas duas
batalhas porque não vencemos. Mas isto é uma guerra que ainda
podemos vencer. O que está a ser feito é uma preparação
semelhante à anterior, contudo, com mais tempo para defrontarmos a
RD Congo no duplo confronto.
Podemos esperar
estreias na convocatória do jogo diante da RD Congo?
Sim. Poderá haver
novidades, mas não posso adiantar nomes porque tudo depende da
entrega dos atletas e da disponibilidade e vontade deles em adquirir a
documentação necessária e das burocracias.
Entrevista realizada
por Romilson Teixeira
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