sábado, 7 de março de 2020

A minha primeira memória de… um jogo entre Fabril e Amora

Fabrilista Pako procura ultrapassar um defesa amorense
Recordar as minhas primeiras memórias de um jogo entre Fabril do Barreiro (ex-CUF e Quimigal) e Amora é como recuar à infância e às muitas tardes de domingo que eu e o meu passávamos nas bancadas do Estádio Alfredo da Silva, mas também de outros recintos pelo distrito de Setúbal.

Possivelmente, o primeiro jogo que terei assistido entre as duas equipas remonta a 24 de fevereiro de 2001, num empate a um golo no Lavradio em partida da 21.ª jornada da III Divisão – Série F. Tenho presente que assisti a quase todos os jogos do Fabril – no primeiro ano com essa designação – em casa nessa temporada, mas não consigo garantir que tive presente nesse encontro. Curiosamente, no final da época o Amora venceu a série e o Fabril foi despromovido, embora tivesse somado 41 pontos em 34 jogos.

Entretanto, os dois emblemas voltaram a defrontar-se em 2003-04, mas na Taça de Portugal. O Fabril, então recém-promovido à III Divisão, deslocava-se à Medideira para defrontar o Amora que se estava a aguentar na II Divisão B. Recordo-me perfeitamente que assisti ao jogo de pé, no peão, nessa tarde de 28 de setembro de 2003.

Embora militasse num escalão inferior, o Fabril até nem se mal nesse encontro. É verdade que sofreu um golo logo aos 13 minutos, por Carlitos, mas recordo-me perfeitamente que no final da primeira parte viu o empate ser-lhe invalidado por fora de jogo. 

Equipa do Fabril perfilada na Medideira em setembro de 2003
Entretanto, também me recordo de o Amora ter lançado Cílio Souza na segunda parte. Na altura, Cílio Souza era um nome envolto em algum mediatismo, não por ter jogado na I Liga ao serviço do Beira-Mar, mas por na época anterior ter marcado o golo com que o Gondomar eliminou o Benfica em pleno Estádio da Luz. Curiosamente, foi precisamente o avançado brasileiro que marcou o segundo golo dos amorenses aos 72 minutos e estabeleceu o resultado final em 2-0.

Ainda assim, olhando para a ficha de jogo, encontramos outros nomes que dizem algo aos adeptos dos dois clubes e aos seguidores de futebol em geral. Pelo Amora atuaram Carlos Manuel, que chegou a jogar na I Liga ao serviço de Vitória de Setúbal e FC Porto; João Oliveira Pinto, antiga promessa do Sporting e campeão mundial de sub-20 em 1991; Eduardo Simões, defesa formado no Benfica que chegou a jogar pela equipa principal nos tempos de José Antonio Camacho; e Bruno Cruz, que posteriormente representou o Fabril durante cinco temporadas.

Pelo Fabril jogaram o malogrado central Tavares, que depois de cinco épocas como um dos esteios da defesa se tornou no massagista da equipa; o médio David Martins, que representou o clube até 2009 e ainda voltou em 2014-15 antes de pendurar as botas; e o lateral Alexandre, que estava na sexta época ao serviço do clube. 

Ficha de jogo
Quatro temporadas depois, os dois emblemas voltaram a encontrar-se no campeonato, mais uma vez na Série F da III Divisão. Não o posso garantir taxativamente, mas tenho uma vaga ideia de ter estado no jogo da primeira volta, em que os fabrilistas ganharam em casa por 2-0 com golos de Madeira e Capitão Mor, e quase a certeza absoluta em como estive no encontro da Medideira, com triunfo da formação do Lavradio por 0-1, com golo de Luís Costa.



















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