quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A minha primeira memória de... um jogo entre Portugal e Luxemburgo

Rui Costa serviu Nuno Gomes para o segundo golo português
Quando pensei na minha primeira memória de um jogo entre Portugal e Luxemburgo, tive de puxar pela cabeça. Tinha a certeza de que as duas seleções se tinham defrontado na fase de qualificação para o Mundial 2006, mas tinha também uma vaga ideia de que se tinham encontrado na preparação para o Euro 2004 e que a equipa das quinas tinha vencido – se não tivesse provavelmente lembrar-me-ia do jogo na perfeição... -, mas não me recordava do resultado, do local e aproxidamente a altura em que a partida decorreu.


Felizmente, a Internet pode elucidar-nos: 29 de maio de 2004, Estádio Municipal de Águeda, 3-0. Assim sim, já me vem à memória esse encontro, o penúltimo de preparação para o Campeonato da Europa, antes de uma goleada por 4-1 à Lituânia no Bonfim, e no qual os campeões europeus três dias antes pelo FC Porto tiveram direito a algum descanso.

Para contextualizar um pouco, o Luxemburgo tinha sido derrotado nos oito jogos de qualificação para o Euro 2004, tendo sofrido 21 golos e marcado... zero. E no seu grupo não tinha tubarões, apenas Dinamarca, Noruega, Roménia e Bósnia. E no apuramento anterior, para o Mundial 2002, também tinha saído derrotado nos 10 jogos, frente a Rússia, Eslovénia, Jugoslávia, Suíça e, imagine-se, Ilhas Faroé. Só para se ter a noção, o jogador mais conhecido era Jeff Strasser, defesa/médio dos alemães Borussia M´gladbach. O selecionador era o dinamarquês Allan Simonsen, antigo avançado de Borussia M´gladbach e Barcelona.


Mesmo sem os campeões europeus Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Costinha, Maniche e Deco de início, assim como Cristiano Ronaldo, Portugal rapidamente construiu uma vitória folgada. Luís Figo fez o primeiro de livre direto (14 minutos), Nuno Gomes marcou o segundo a passe de Rui Costa (28') e o próprio Rui Costa colocou o resultado em 3-0 através de um disparo de fora da área (36').

No segundo tempo, Luiz Felipe Scolari colocou Ronaldo e os cinco portistas em campo, mas o resultado não sofreu qualquer alteração.


“Um teste à pontaria. Os níveis físicos não são ainda os desejáveis, mas Portugal teve a paciência que precisava para chegar cedo ao primeiro logo, descontrair e fazer, depois, um jogo entretido. Não deu para deslumbrar, nem era possível. A semana de trabalho foi exigente e os jogadores não são máquinas. Na segunda parte, a equipa baixou um pouco de produção e Ronaldo não conseguiu desequilibrar”, podia ler-se na crónica do jornal O Jogo.

Na qualificação para o Mundial 2006, mais dois encontros, mas com resultados mais expressivos. 5-0 no Luxemburgo, 6-0 no Estádio Algarve.














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