terça-feira, 20 de agosto de 2019

Pelé, o construtor, para o meio-campo do Reading de José Gomes

Pelé emprestado pelo Mónaco ao Reading até final da época
Valorizado pela ideia de jogo bastante atrativa do Rio Ave de Miguel Cardoso, o antigo internacional jovem português Pelé mostrou ao futebol como era capaz de se relacionar com a bola e terá efetuado uma das melhores épocas da carreira, se não mesmo a melhor.

À frente da defesa, integrado num duplo pivot geralmente formado com Tarantini, era o internacional guineense que tinha como missão baixar entre os centrais para iniciar a construção dos ataques, funcionando como um organizador de jogo a partir de zonas recuadas.


A partir do momento em que a bola lhe chegava aos pés, começava a mostrar as qualidades pelas quais o Mónaco despendeu 10 milhões de euros pelo seu passe em julho do ano passado, depois de se ter falado de possíveis transferências para Sp. Braga, Benfica ou Wolverhampton – curiosamente (ou não), todos clubes do círculo Jorge Mendes, tal como o Nottingham Forest, emblema que milita no Championship (II liga inglesa) ao qual o luso-guineense foi emprestado em janeiro, nos últimos dias dessa janela do mercado de transferências.

Dotado de visão de jogo periférica e de um porte físico bastante razoável (1,82 m), exibiu capacidade para sair a jogar e decidir bem mesmo em zonas e momentos de forte pressão dos adversários e, sobretudo, precisão de passe a curta, média e longa distância. Essa qualidade de passe dava ao Rio Ave a possibilidade de queimar linhas, virar rapidamente o centro do jogo ou explorar o espaço nas costas da defesa contrária – Guedes brilhou nesse aspeto -, assim como de reter a posse de bola e gerir o ritmo do encontro conforme a necessidade.

Também pelo aspeto defensivo revelou estar apto para algo mais do que uma formação que apenas lute pelas competições europeias em Portugal. Quase sempre bem posicionado, equilibrava a equipa através da ocupação dos espaços, mostrando-se agressivo no momento de morder os calcanhares aos adversários, mas ainda assim elegante, sem excessos.

Depois de 11 jogos pelo Mónaco na primeira metade da temporada, este frio e exímio executante de grandes penalidades ficou (ainda mais) tapado pela chegada de jogadores como Adrien Silva (emprestado pelo Leicester), Vainqueur (cedido pelo Antalyaspor) e Fàbregas (contratado pelo Chelsea).


A cedência ao Nottingham Forest fez-lhe bem, embora não tivesse feito muitos mais jogos: disputou nove, o primeiro dos quais com uma exibição que lhe valeu um lugar na equipa da semana do Championship. Agora, volta ao mesmo campeonato pela porta do Reading, orientado pelo português José Gomes e que tem na equipa os portugueses João Virgínia e Lucas João, novamente por empréstimo dos monegascos, até final da época.

Funções diferente na seleção





















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