Hoje faz anos o ucraniano campeão pelo Arsenal que chegou a treinar no Benfica. Quem se lembra de Luzhny?

Luzhny treinou no Benfica antes de quatro anos no Arsenal

Um dos protagonistas inusitados do Vietname do Benfica, o período negro de onze anos sem qualquer título nacional, mas com demasiadas peripécias, entre 1994 e 2005.

 
A 11 de dezembro de 1998, com Vale e Azevedo instalado na presidência, o experiente defesa direito Oleg Luzhny, de 30 anos e proveniente do Dínamo Kiev, chegou à Luz para assinar por três anos e meio. O jogador treinou-se mesmo com a equipa encarnada, então às ordens de Graeme Souness, e foi fotografado a exercitar-se de águia ao peito, mas a contratação foi cancelada. A justificação dada pelos responsáveis benfiquistas foi que o futebolista ucraniano era “fraco de mais” para jogar pelo Benfica.
 
Não aproveitou o Benfica, aproveitou o Arsenal, que o contratou no verão seguinte. Em Highbury, Luzhny, que também podia atuar como central, venceu um campeonato inglês (2001-02), duas Taças de Inglaterra (2001-02 e 2002-03) e uma Community Shield (1999) e disputou mais de 100 jogos pelos gunners em quatro temporadas. Foi ainda finalista vencido da Taça UEFA em 1999-00.
 

 

O tempo que passou em Londres foi o ponto alto de uma carreira que contemplou uma década de ligação ao Dínamo Kiev, clube pelo qual venceu sete campeonatos ucranianos consecutivos entre 1993 e 1999, tendo ainda feito parte da equipa que em 1997-98 goleou o Barcelona em Kiev (3-0) e na Catalunha (4-0) na fase de grupos da Liga dos Campeões e da que eliminou o Real Madrid nos quartos de final da Champions na temporada seguinte.
 

 

Em termos internacionais, representou as seleções da União Soviética (oito internacionalizações) e da Ucrânia (52). Esteve perto de participar no Mundial 1990, mas uma lesão impediu-o de representar a URSS em Itália. Já pela seleção ucraniana não participou em qualquer fase final.
 
Após pendurar as botas teve algumas experiências como treinador interino do Dínamo Kiev, mas tem trabalhado essencialmente como adjunto no emblema da capital.
 
Quando eclodiu a guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, passou a defender o país no… campo de batalha.