quinta-feira, 29 de maio de 2025

Neste dia em 1968, o Benfica disputou a sua quinta final da Taça dos Campeões. Recorde a caminhada até Wembley

Bobby Charlton e Coluna trocam galhardetes em Wembley
Depois do bicampeonato europeu (1960-61 e 1961-62) e de duas finais perdidas nos anos seguintes, às mãos de AC Milan (1962-63) e Inter de Milão (1964-65), o Benfica regressou à final da Taça dos Campeões Europeus em 1967-68 para disputar pela quinta vez o jogo de atribuição do troféu.
 
A caminhada até nova final em Wembley – onde os encarnados já haviam estado em 1963 – foi atribulada e contemplou a passagem de três treinadores pelo comando técnico ao longo da campanha: Fernando Riera, Fernando Cabrita e Otto Glória.
 
Ainda com o chileno ao leme, a 13 de setembro de 1967, as águias iniciaram a participação na competição em Belfast, na Irlanda do Norte, onde defrontaram o Glentoran, numa eliminatória onde o Benfica sentiu dificuldades inesperadas. O escocês John Colrain, que desempenhava a dupla missão de jogador e treinador, adiantou os britânicos aos 10 minutos, na conversão de uma grande penalidade. Só ao cair do pano é que os lisboetas conseguiram empatar, através de Eusébio (86’), que estabeleceu o resultado final.
 
Na segunda-mão, na Luz, um empate a zero assegurou a passagem do Benfica para a ronda seguinte.
 
 
 
Em novembro, o Benfica defrontou na segunda eliminatória um osso que teoricamente seria mais duro de roer, os franceses do Saint-Étienne, que tinham nas suas fileiras figuras históricas do clube como Bernard Bosquier, Robert Herbin, Georges Bereta, Jean-Michel Larqué, Rachid Mekhloufi e Hervé Revelli, mas até viveu 180 minutos mais tranquilos do que na primeira ronda. Na primeira-mão, na Luz, os encarnados venceram por 2-0, com golos de José Augusto (aos 29 minutos) e Eusébio (60’, de penálti).
 
 
No segundo jogo, em França, les verts venceram por 1-0, graças a um golo de Georges Bereta aos dez minutos, um resultado que permitiu aos encarnados seguir em frente na competição.
 
 
 
Nos quartos de final, já em março de 1968, o Benfica enfrentou os húngaros do Vasas. Sob a orientação de Fernando Cabrita, as águias saíram de Budapeste com um empate a zero.
 
Uma semana depois, na Luz, os encarnados triunfaram por 3-0, só com golos apontados na segunda parte: dois de Eusébio (47 e 68 minutos) e um de José Torres (76’).
 
 
 
Já em maio, o Benfica mediu forças com a Juventus nas meias-finais. Em Lisboa, venceu por 2-0, mais uma vez com José Torres (63’) e Eusébio (69’) como marcadores de serviço na segunda parte.
 
 
 
Uma semana depois, a 15 de maio, no Estádio Olímpico de Turim, o Benfica confirmou o apuramento para a final ao vencer por 1-0. Eusébio marcou o golo solitário da partida, aos 68 minutos. “Novamente finalista. A Juventus voltou a ser vencida (1-0) e o Benfica estará em Wembley. Um tiro de Eusébio confirmou a classificação do Benfica e encheu de pasmo milhões de europeus. À fúria e força dos italianos opôs-se a classe e a tranquilidade do Benfica”, podia ler-se na primeira página do Diário de Notícias.
 
 
Na final de Wembley, a 29 de maio de 1968, o Benfica defrontou o Manchester United

Na altura, nenhuma equipa inglesa havia ainda conquistado a Taça dos Campeões Europeus, mas esta equipa dos red devils, orientada pelo escocês Matt Busby, era composta por alguns campeões mundiais de 1966, como os médios Nobby Stiles e Bobby Charlton, e ainda pelo prodígio norte-irlandês George Best – outro dos jogadores mais importantes, o escocês Dennis Law, estava lesionado.
 
Bobby Charlton abriu o ativo aos 53 minutos, através de um cabeceamento certeiro, mas Jaime Graça restabeleceu a igualdade aos 79’, levando a decisão para prolongamento.
 
Contudo, o Manchester United surgiu mais forte no tempo extra e marcou três golos ainda na primeira parte, da autoria de Best (92’), Brian Kidd (94’) e novamente Bobby Charlton (99’).
 



 

 



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